Curso de português para Pessoas em Situação de Refúgio

16/06/2020

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Desde 1995, o Sesc e parceiros oferecem o Curso de Português para Refugiados | Foto: Karla Priscila

A última década aponta um crescimento histórico de fluxos migratórios forçados, que supera os índices registrados na Segunda Grande Guerra. De acordo com o relatório do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), órgão ligado ao Ministério da Justiça, as solicitações de refúgio no Brasil cresceram 2.868% entre 2010 e 2015.  Até então, a maioria desses solicitantes eram homens, dos quais a metade jovens entre 18 e 29 anos, principalmente por suas condições de enfrentar os riscos desses deslocamentos, conseguir trabalho remunerado e enviar dinheiro para suas famílias que permanecem em territórios de conflito.

O relatório global da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) de 2019 registrou 70,8 milhões de pessoas em deslocamento forçado, dentre as quais aproximadamente 30 milhões são refugiadas ou solicitaram a condição de refúgio. No Brasil, os estados com mais solicitações segundo esse relatório mais recente são Roraima (50.770), Amazonas (10.500) e São Paulo (9.977), dentre esses, 11.231 tiveram seus pedidos deferidos. E, considerando a gravidade e duração desses conflitos, os perfis passam a ser diversificados: já não predominam os homens jovens. Há variância em termos de gênero e faixas etárias, incluindo crianças e idosos, por exemplo, que chegam em solo brasileiro em busca de proteção, acolhimento e condições de sobrevivência.

Comprometido com ações sociais e educativas, e respeitando cada pessoa como sujeito de direitos e deveres, o Sesc São Paulo diversifica a presença desse público e do tema do refúgio em atividades culturais e socioeducativas em toda a rede, reforçando a ideia de que os equipamentos do Sesc são espaços de convivência nos quais as pessoas em situação de refúgio são bem-vindas.

Há 25 anos o Sesc oferece o Curso de Português para Refugiados em parceria com o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo – nesse caso, por iniciativa de Dom Paulo Evaristo Arns. Além das noções básicas da Língua Portuguesa, o curso aborda hábitos e costumes da cultura brasileira para pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio.

Nos últimos dois anos, já foram atendidas mais de 18 mil pessoas, com o intuito de minimizar as dificuldades ligadas à migração forçada; colaborar para a integração de diferentes grupos de refugiados; educar as comunidades que recebem esses migrantes para a convivência e para o acolhimento, e contribuir com para outras instituições que atuam nesse âmbito.

O curso é oferecido gratuitamente, tem a duração de 2 meses e é realizado ao longo do ano em 7 unidades do estado: Vila Mariana, Consolação, Carmo, Bom Retiro, Pompeia, 24 de Maio, Osasco e Campinas e embora atenda prioritariamente pessoas em situação de refúgio, tem atendido algumas demandas de curso para migrantes em geral.

>> As inscrições para o Curso de Português são realizadas mediante encaminhamento da Cáritas São Paulo.

Para conhecer mais do trabalho do Sesc nesse âmbito, clique aqui, ou acesse: sescsp.org.br/culturas_emtransito

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