
Filme Luiz Melodia – no Coração do Brasil
Em 2025, a OJU – Roda Sesc de Cinemas Negros chega à sua 4ª edição! De 3 a 11 de setembro, a mostra exibe longas e curtas-metragens, além da realização de apresentações, oficinas, sessões comentadas e bate-papos com profissionais do audiovisual brasileiro.
A programação acontece em unidades do Sesc da capital e da Grande São Paulo – Cinesesc, 24 de Maio, Belenzinho, Campo Limpo, CPF, Pompéia, Vila Mariana e Osasco –, unidades do interior e litoral – Araraquara, Bauru, Birigui, Campinas, Franca, Registro, Ribeirão Preto, Rio Preto, Santos, São Carlos e São José dos Campos – e no campus da Universidade Zumbi dos Palmares, na capital paulista.
A Roda Sesc de Cinemas Negros valoriza a diversidade e a força política do audiovisual negro. Com uma programação que reúne filmes, debates, oficinas, rodas de conversa e shows, a mostra multicultural é dedicada a evidenciar a diversidade de criadoras e criadores negros e a potência histórica do audiovisual brasileiro. A maior parte das atividades é gratuita e aberta a todos os públicos, ampliando o acesso e o diálogo com diferentes comunidades.
A abertura será no Cinesesc, no dia 3/09, quarta-feira, às 20h, com a pré-estreia do filme Suçuarana (BRA/MG, 2024, 83’), de Clarissa Campolina e Sérgio Borges. No enredo, uma mulher de espírito nômade busca seu espaço no mundo. Dora, a protagonista, vive há mais de 10 anos pelas estradas brasileiras em busca de Suçuarana, uma terra desconhecida e aparentemente misteriosa que sua falecida mãe mencionava. Por uma região mineradora, Dora vaga na procura desse espaço e de trabalho. Sua jornada se complica quando, após um acidente, a mulher reencontra um cachorro que havia abandonado. Entre as dificuldades e os riscos desse movimento constante, ele a guia até uma aldeia afastada de trabalhadores fabris onde Dora encontra abrigo e consolo temporário.

Entre os longas-metragens da programação, estão Brasiliana: o Musical Negro que Apresentou o Brasil, de Joel Zito Araújo, melhor projeto de documentário Brasil Cinemundi 2017; Os Afrosambas: O Brasil de Baden e Vinicius, de Emílio Domingos, documentário que aborda o processo de criação do álbum clássico de Vinicius de Moraes e Baden Powell; Milton Bituca Nascimento, de Flavia Moraes, documentário que acompanha a turnê de despedida do cantor; Malês, com direção de Antônio Pitanga e roteiro de Manuela Dias, baseado em fatos históricos e que retrata a Revolta dos Malês, a maior revolução da história do Brasil organizada por pessoas negras escravizadas na Bahia; Kasa Branca, de Luciano Vidigal, premiado no Festival Internacional de Cinema de Torino. A mostra apresenta ainda 10 curtas-metragens de diversos estados brasileiros, contemplando a produção audiovisual negra, pujante e descentralizada.

Estão previstos encontros para debates sobre as obras e o fazer cinematográfico, como as Rodas de Conversas, Representatividade, Subjetividades e Narrativas Negras, com Vivi Pistache, Rosane Borges e Joyce Prado, no Sesc 24 de maio, e Produção Independente no Cinema Negro Contemporâneo, com Fagner Bruno, Eddie Mansan e Thainara Pereira, no Sesc Bauru. Para traçar um panorama de festivais e mostras de cinema negro, a mesa Festivais e Mostras de Cinema Negro, com Joel Zito Araújo, Thais Scabio e Fernanda Lomba, acontece no Centro de Pesquisas e Formação do Sesc – CPF. No Cinesesc, serão exibidos 14 dos 25 filmes selecionados. Destaque para Luiz Melodia – no Coração do Brasil, dirigido por Alessandra Dorgan, sobre a vida e obra do cantor Luiz Melodia, indicado ao Prêmio Grande Otelo do Cinema Brasileiro.
Idealizada pelo Sesc São Paulo, a OJU – Roda Sesc de Cinemas Negros é um projeto que propõe destacar o protagonismo de pessoas e narrativas negras no audiovisual brasileiro, seja diante das câmeras ou nos bastidores da ampla trama que compreende a produção cinematográfica. Ao propor ações formativas, encontros e bate-papos, para além da exibição de filmes, a OJU amplia o debate acerca das questões raciais e viabiliza experiências mais democráticas e acessíveis a diversos públicos.
Abertura
Exibição | Suçuarana
(Dir.: Sérgio Borges, Clarissa Campolina. BRA, 2025, 85’)
Dora passou os últimos anos de sua vida na estrada em busca de uma terra perdida que ela e sua mãe tanto sonharam, um lugar mítico onde imagina que possa encontrar pertencimento. Em meio a encontros com outros viajantes e guiada por um misterioso cachorro, Dora atravessa um território em ruínas, devastado pela mineração, onde seu destino parece sempre um pouco mais distante. Após um acidente, ela encontra refúgio em uma fábrica abandonada.
Dia 3/9. Quarta, 20h
R$ 10,00. 12 anos
Exibição | Malês
(Dir.: Antônio Pitanga. BRA, 2024, 113’)
O longa é baseado em fatos históricos e retrata a Revolta dos Malês, a maior revolução da história do Brasil, organizada por pessoas negras escravizadas na Bahia, em Salvador. A insurreição mobilizou a população negra, escravizada e liberta pelas ruas da cidade contra a escravidão, em 1835.
Dia 4/9. Quinta, 20h
R$ 10,00. 16 anos
Exibição | Milton Bituca Nascimento
(Dir.: Flavia Moraes. BRA, 2025, 119’)
Documentário parte da turnê de despedida de Milton Nascimento para entender a complexidade simples de sua obra e os mistérios que carrega. O filme mostra a dimensão mundial de Milton e capta a comoção que o artista provoca nos fãs.
Dia 06 e 08/9. Sábado, 14h. Segunda, 20h.
R$ 10,00. Livre
Exibição | Os Afrosambas: O Brasil de Baden e Vinicius + Bate-papo com Emilio Domingos
(Dir.: Emílio Domingos. BRA, 2024, 93’)
Lançado em 1966 por Vinicius de Moraes e Baden Powell, o disco Os Afro-Sambas é um dos mais cultuados do Brasil. Participantes da gravação original, críticos, amigos e familiares dos músicos revivem a criação dessa obra-prima. Filmado entre Salvador e Rio de Janeiro, o documentário reúne imagens de arquivo e entrevistas exclusivas com Maria Bethânia, Dori Caymmi, Russo Passapusso e Nelson Motta. Uma homenagem a um clássico que transformou a música brasileira.
Dia 09/9. Terça, 20h
R$ 10,00. Livre
Oficina | Cinema Revelado
Com Chica Andrade
Cineasta conversa sobre o processo de criação de House of Hilton, filme biográfico que há 3 anos acompanha Erika Hilton, uma personagem polêmica que ocupa espaço no imaginário brasileiro. Nestes dois encontros, a autora propõe apresentar os processos, questionamentos e angústias que acompanham, bem como as estratégias adotadas ao longo do percurso para superar obstáculos.
Chica Andrade é diretora, produtora e roteirista. É showrunner do documentário Comida de Mentira; codiretora de Segura Essa Pose, série original Globoplay; documentarista latino-americana participante do American Film Showcase na universidade da Califórnia; palestrou no Marché du Film, durante o festival de Cannes 2025; é consultora em diversidade e inovação na Warner Bros Brasil e atualmente está finalizando o seu longa House Of Hilton.
Dias 04 e 05/09. Quinta e sexta, 14h às 16h
Grátis. 16 anos. Inscrições on-line
Oficina| O Processo de Construção do Documentário
Com Emílio Domingos
O diretor revela o processo de realização de alguns de seus documentários, partindo da ideia, passando pela pesquisa, argumento, roteiro e situações de filmagem.
Emílio Domingos é documentarista, antropólogo e roteirista. Membro da Academy of Motion Picture, Arts and Sciences. Dirigiu Anos 90 – A Explosão do Pagode, Afro-Sambas: O Brasil de Baden e Vinicius; Dores do Mundo – Hyldon, Black Rio! Black Power! e Chic Show, sobre o famoso baile black de São Paulo, além de Favela é Moda, Deixa na Régua e A Batalha do Passinho. É graduado em Ciências Sociais pela UFRJ, com ênfase em Antropologia Visual, Cultura Urbana e Juventude. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da UFF.
Dias 09 e 10/09. Terça e quarta, 14h às 16h
Grátis. 16 anos. Inscrições on-line
Exibição | Malês
(Dir.: Antônio Pitanga. BRA, 2024, 113’)
O longa é baseado em fatos históricos e retrata a Revolta dos Malês, a maior revolução da história do Brasil, organizada por pessoas negras escravizadas na Bahia, em Salvador. A insurreição mobilizou a população negra, escravizada e liberta pelas ruas da cidade contra a escravidão, em 1835.
Dia 11/9. Quinta, 19h
Grátis. 16 anos.
Bate-papo | Roda de Conversa: Representatividade, Subjetividades e Narrativas Negras
Com Vivi Pistache, Rosane Borges e Joyce Prado
Vivi Pistache, Rosane Borges e Joyce Prado discorrem sobre os caminhos possíveis da representatividade negra nas artes, na mídia e na sociedade. A partir de suas trajetórias e vivências, discutem como as subjetividades negras podem ser construídas e ressignificadas e como as histórias contadas nas telas têm sido fundamentais para ampliar horizontes de identidade, pertencimento e transformação.
Dia 11/9. Quinta, 20h
Grátis. 12 anos.
Exibição | Laços: Sessão de Curtas
O Céu Não Sabe meu Nome
(Dir.: Carol AÓ. BRA, 2024, 20’)
A história de uma neta que, ao lidar com a morte de sua avó, Preta, ressignifica suas memórias e experiências compartilhadas.
Fenda
(Dir.: Lis Paim. BRA, 2024, 24’)
Marta é uma cientista botânica que vive apartada de suas raízes quando aceita receber a visita de Diná, uma velha senhora doce e enxerida que tenta desesperadamente penetrar na sua intimidade.
Baobab
(Dir.: Bea Gerolin. BRA, 2024, 10’)
Sem conseguir terminar sua árvore genealógica para uma tarefa da escola por falta de informações, Zola vai aprender com Cícera, sua avó, que suas raízes são mais profundas do que ela imagina.
Dia 05/9. Sábado, 19h
Grátis. Livre
Bate-papo | Festivais e Mostras de Cinema Negro
Com Joel Zito de Araújo, Thais Scabio e Fernanda Lomba. Mediação: Priscila Souza de Oliveira
Panorama de festivais e mostras de cinema negro no Brasil, destacando o protagonismo de realizadores, curadores e gestores na construção de espaços de visibilidade, resistência e afirmação cultural.
Dia 04/9. Quinta, 19h
Grátis. 16 anos. Inscrições on-line
Exibição | Salão de Baile: This is Ballroom
(Dir.: Juru, Vitã. BRA, 2024, 92’)
Documentário mergulha no universo da comunidade preta LGBTQIAPN+ do Rio de Janeiro a partir da influência da cultura ballroom, nascida na década de 1960 em Nova York.
Dia 09/9. Terça, 16h
Grátis. 14 anos
Bate-Papo | Transformar para o Palco o Que É da Rua
Com Com Joel Zito, Trailblazer Rothyer Juicy Couture e Thais Matos. Mediação: Viviane Ferreira.
Investigação de aspectos comuns entre a cultura ballroom e a companhia de teatro de revista Brasiliana.
Dia 09/9. Terça, 19h30
Grátis. 14 anos
Exibição | Jackson na Batida do Pandeiro
(Dir.: Marcus Villar, Cacá Teixeira. BRA, 2019, 100’)
A história de vida e carreira do cantor e percussionista Jackson do Pandeiro, cuja originalidade e qualidade rítmica incomum influenciaram diversos artistas da música popular brasileira. Com depoimentos inéditos de colegas de profissão e familiares.
Dia 04/9. Quinta, 20h
Grátis. Livre
Exibição | Brasiliana: o Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo
(Dir.: Joel Zito Araújo. BRA, 2024, 83’)
O filme resgata a história da companhia de teatro de revista Brasiliana. Ao longo de 25 anos de atividade, o grupo se apresentou em 90 países, levando o samba, o maracatu e outras expressões da cultura brasileira aos maiores palcos do mundo. Após a exibição, bate-papo com o diretor Joel Zito e o ator Nelson Lima, com mediação de Itamar Dantas.
Dia 11/9. Quinta, 19h
Grátis. Livre
Oficina | Animação e Projeção Urbana
Com André Catoto
Oficina com um dos diretores do elogiado Tito e os Pássaros. Técnicas de animação e projeção mapeada para a criação de obras que interagem com a cidade. Uma experiência coletiva que transforma o espaço urbano em tela de expressão artística.
De 04 a 18/9. Quintas, 17h30
Grátis. 12 anos. Inscrições on-line
Bate-papo | Roda de Conversa: Produção Independente no Cinema Negro Contemporâneo
Com Fagner Bruno, Eddie Mansan, e Thainara Pereira
Debate sobre narrativas autorais, financiamento, produção, distribuição e representatividade no audiovisual brasileiro, destacando vozes que reinventam a linguagem cinematográfica a partir das perspectivas negras.
Dia 09/09. Terça, 19h30
Grátis. 16 anos. Senhas 30 min. antes
Bate-papo | Do Estereótipo ao Protagonismo: Representações de Personagens Negras no Cinema Brasileiro
Com Brendon de Alcantara Diogo
Uma reflexão crítica sobre a representação de personagens negras no cinema brasileiro. Serão analisados estereótipos, silenciamentos e resistências, com base em trechos de filmes, teoria e exercícios criativos.
Dias 06 e 07/9. Sábado e domingo, 14h
Grátis. Livre. Senhas 30 min. antes
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