
A Bailarina Fantasma. Foto: Noelia Najera
Na Bienal Sesc de Dança 2025, o movimento segue em (e para) todos os sentidos. Com espetáculos, performances e formativas realizadas entre os dias 25 de setembro e 5 de outubro, a Bienal contará com atividades dotadas de recursos de acessibilidade, ampliando o acesso de pessoas com deficiência às atrações do festival.

Inspirado na luta diária de uma companhia profissional para continuar existindo, o espetáculo do Balé Folclórico da Bahia lança luz aos bastidores e a aspectos desconhecidos do balé. Em cena, o grupo se arrisca em novas linguagens, passeando pelo tradicional e pelo contemporâneo, mas sem abrir mão de sua raiz afro-baiana.
Sesc Campinas – Espaço Multiuso
25/9, quinta, às 19h30
26/9, sexta, às 21h
Acessibilidade: Libras, audiodescrição e recursos táteis.

Inspirado num movimento de resistência surgido no período colonial congolês, o espetáculo de Ziza Patrick, em parceria com Ricardo Januário, apresenta um manifesto sobre identidade, ancestralidade e empoderamento. Em cena, um grupo de performers se alterna em coreografias, falas e interações com a plateia, realçando suas singularidades – as apresentações daqui contarão com intérpretes locais, selecionados para uma residência com os artistas ruandense e brasileiro. Nesse cortejo, desafiam normas de gênero e abrem espaço para a alegria e a resistência.
Praça Bento Quirino
26/9, sexta, às 16h30
27/9, sábado, às 17h
Acessibilidade: Tradução simultânea e legendas.

Criada a partir da icônica e polêmica escultura A Bailarina de 14 Anos, do pintor e escultor francês Edgar Degas (1834-1917), em fricção com os relatos autobiográficos da bailarina brasileira Verônica Santos, o espetáculo revela um corpo fraturado por violências físicas e simbólicas e também por tentativas de apagamento da visibilidade de uma bailarina clássica negra. A montagem propõe uma espacialidade imersiva e tece uma articulação simbólica e material entre bronze, cera e carne. Expondo os abismos entre imagem e história, a performer e a dramaturga ritualizam de forma íntima, diante do público, um plano de vingança subjetivo e poético contra o colonialismo.
CIS Guanabara – Armazém 2
26 e 27/9, sexta e sábado, às 21h
Acessibilidade: Libras

O artista libanês Bassam Abou Diab parte de sua própria experiência, como testemunha de sucessivas guerras em seu país, para construir o espetáculo. Dirigindo-se ao público em tom de conversa, ele apresenta uma série de “técnicas” de sobrevivência, coreografias criadas por ele como formas de se proteger em conflitos. Neste seu ato de resistência, Bassam busca na ironia uma maneira de desafiar as máquinas de guerra e procura, na experiência coletiva e permeada de humor, lidar com sentimentos de medo e desalento.
29/9, segunda, às 16h – Espaço Arena
30/9, terça, às 17h – Unicamp | Sala AD01 – DACO (Grátis)
Acessibilidade: Libras

Homenagem ao escritor colombiano Manuel Zapata Olivella e à sua obra mais célebre – o romance Changó, el Gran Putas – o espetáculo recria a saga da diáspora africana no continente americano, centrando-se na experiência de escravização, sobrevivência e luta pela liberdade desses povos. Partindo da literatura para acercar-se da vivência de corpos afrodescendentes, a apresentação detém-se nos traços que perduram, celebrando a força vital de um povo.
Teatro Castro Mendes
30/9, terça, às 19h
1/10, quarta, às 15h
Acessibilidade: Audiodescrição, recursos táteis, tradução simultânea e legendas.

A performance de Estela Lapponi se apoia na ideia da antropofagia modernista para colocar em evidência corpos “fora da norma”. Tendo como base suas investigações sobre o Corpo Intruso – pesquisa em torno do pensamento performativo de corpos lidos como dissidentes, como o seu, com deficiência –, ela propõe engolir e digerir uma única frase: “¡La asimetría es más rica!” (a assimetria é mais gostosa).
CIS Guanabara – Armazém 2
3 e 4/10, sexta e sábado, às 18h
Acessibilidade: Audiodescrição

O espetáculo se constrói a partir de um gesto de escuta e evocação de Stella do Patrocínio (1941-1992), poeta negra que viveu por quase três décadas em um manicômio. Suas poesias revelam as agruras de um corpo preto em cárcere, e são essas palavras que permeiam a montagem, segunda obra da Trilogia em Dança-Tragédia, criada pelo Coletivo CIDA. A peça propõe uma discussão sobre o que pode – ou não – ser considerado dança ou teatro, além de questionar a estigmatização, a desumanização, o extermínio e a invisibilidade de diversos grupos sociais historicamente marginalizados.
Sesc Campinas – Teatro
4 e 5/10, sábado e domingo, às 17h
Acessibilidade: Libras e audiodescrição

Referência na cena ballroom e na construção de espaços culturais para corpos dissidentes, a Casa de Odara apresenta uma ball temática e imersiva. Nessa grande encenação coletiva, cada performance é um ato político e poético que amplia as fronteiras da cena ballroom e a conecta a outras formas de celebração.
Sesc Campinas – Galpão
4/10, sábado, às 17h
Acessibilidade: Libras

A multiplicidade de universos criados pela cultura ballroom guia esta instalação, que conta com a curadoria de Diego Pereira e Flip Couto. Dos extravagantes bailes às famílias escolhidas, passando por um ecossistema vibrante que entrelaça arte e sociabilidade numa trama complexa, a Ballroom possui códigos próprios e, apresentando um novo recorte, almeja compor um universo possível da cena brasileira, com exposição e programação compostas por artistas de diferentes houses, dando continuidade ao seu legado.
Sesc Campinas –Espaço Expositivo – Galpão 2
De 26/9 a 5/10.
Acessibilidade: Audiodescrição e visita tátil
Além dos espetáculos, cinco ações formativas, que integram o conjunto de Conferências Dançadas do Festival serão realizadas com acessibilidade em Libras. São elas:
Conheça detalhes sobre os espetáculos e saiba mais sobre a programação em sescsp.org.br/bienaldedanca
Confira a entrevista com com DJ Michell.
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