Baile Charme do Viaduto de Madureira | Bienal Sesc de Dança

02/09/2025

Compartilhe:
Foto: @luizjrofficial

🇧🇷 🇺🇸

Entrevista com DJ Michell

O Baile Charme de Madureira nasceu no início dos anos 1990, no auge do hip-hop carioca. De lá pra cá, o que mudou e o que permanece no evento?
De lá pra cá, mudaram as músicas, que passaram a misturar outros ritmos do movimento black com o charme (R&B), e os looks, mas a essência do baile permanece intacta: um local de paz e segurança, onde jovens negros periféricos se reúnem toda semana para curtir um bom baile charme.

Dançar é libertador, é inclusivo: é viver muito além do que somente estar vivo e respirar

Foto: @luizjrofficial

O Baile acontece há mais de três décadas no Viaduto Negrão de Lima. De que maneira ele se modifica quando é levado para outros espaços?
Só não conseguimos levar as estruturas do Viaduto… (risos). Mas a alegria, a energia, as músicas, tudo isso levamos quando nossos DJs estão no evento junto com os dançarinos que frequentam o baile: com isso, fica tudo mais fácil.

Como você enxerga o papel da dança na sociedade atual e o que ela pode mobilizar ou revelar sobre nossos tempos?
A dança tem um poder muito grande, que vai desde a melhoria da coordenação motora até a oportunidade de tratar questões de saúde mental e física, ou seja, dançar é libertador, é inclusivo: é viver muito além do que somente estar vivo e respirar.

Baile Charme do Viaduto de Madureira. Foto: @luizjrofficial
Foto: @luizjrofficial

Sinopse

Baile Charme do Viaduto de Madureira

Criado no início dos anos 1990, o Baile Charme do Viaduto de Madureira foi a solução que um grupo de amigos encontrou para democratizar o acesso à cultura e à dança. Realizado há 35 anos sob o Viaduto Negrão de Lima, no Rio de Janeiro, o evento, considerado patrimônio imaterial e cultural da capital carioca, celebra a música negra e a dança charme num ambiente acessível e popular. Ali, a batida mais cadenciada, com forte presença de graves, marca os passos de uma coreografia dançada coletivamente, com movimentos sincronizados e deslocamentos suaves e contínuos. Na Bienal, os DJs e bailarinos do Baile se apresentam e dançam junto com o público: mesmo quem não conhece o gênero tem a chance de se enturmar, afiar o passo e, ao final, sentir como se estivesse, toda semana, dançando em Madureira.


🇧🇷 🇺🇸

Interview with DJ Michell

Charme Dance of the Madureira Viaduct was born in the early 1990s, at the height of Rio’s hip-hop scene. Since then, what has changed and what has remained thesame at the event?
Since then, the music has evolved, mixing other rhythms from the Black movement with charme (R&B), and so have the outfits. But the essence of the baile remains intact: a place of peace and safety, where young Black people from the outskirts gather every week to enjoy a good charme dance.

Dancing is liberating, it is inclusive: it is living far beyond simply being alive and breathing.

Baile Charme do Viaduto de Madureira. Foto: Renata Leal
Foto: Renata Leal

The Baile has been held for more than three decades under the Negrão de Lima Viaduct. How does it change when taken to other venues? 
We just can’t bring the Viaduct’s structures with us… (laughs). But the joy, the energy, the music — all of that comes along when our DJs are joined by the dancers who frequent the Baile. That makes everything easier. 

How do you see the role of dance in today’s society, and what can it mobilize or reveal about our times? 
Dance has enormous power, from improving motor coordination to helping address issues of physical and mental health. Dancing is liberating, it is inclusive:  it is living far beyond simply being alive and breathing. 

Synopsis

Charme Dance of the Madureira Viaduct

Created in the early 1990s, the Charme Dance of the Madureira Viaduct was the solution a group of friends found to democratize access to culture and dance. For 35 years, it has been held under the Negrão de Lima Viaduct in Rio de Janeiro. Today, the event — considered an intangible cultural heritage of the city — celebrates Black music and charme dance in an accessible, popular environment. There, the slower beat, with its heavy bass lines, guides the choreography danced collectively, with synchronized movements and smooth, continuous shifts. At the Biennale, the Baile’s DJs and dancers perform alongside the audience: even those unfamiliar with the genre have the chance to join in, refine their steps, and, by the end, feel as if they were dancing in Madureira every week. 

Conteúdo relacionado

Utilizamos cookies essenciais para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando você concorda com estas condições, detalhadas na nossa Política de Cookies de acordo com a nossa Política de Privacidade.