Realizado anualmente, desde 2020, na cidade de Arles (França) e em outros países como Colômbia, Japão e Camarões, o festival Agir Pelo o que Vive” (Agir pour le Vivant) promove encontros que abordam uma constelação de temas relacionados aos complexos desafios sociais e ambientais enfrentados atualmente.

O evento é movido pela convicção da necessidade de se criar espaços de diálogo aberto e espontâneo e de que é preciso descentralizar a produção do pensamento ecológico e político.

Entre os dias 17 e 20 de setembro de 2025, acontece a primeira edição do Agir pelo que Vive no Brasil, como parte da programação do Sesc São Paulo na temporada França-Brasil 2025.

As unidades Sesc 14 Bis e o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo recebem profissionais como a jornalista Eliane Brum, a ativista francesa Fatima Ouassak, o músico camaronês Blick Bassy, a liderança indígena Jerá Guarani, os pensadores e escritores Edson Kayapó e Aline Ngrenhtabare Lopes Kayapó, e a artista visual Maya Mihindou.

Esses nomes compõem com outras pessoas uma série de ações propositivas inspiradas no tema da “ecologia da libertação” que promove reflexões sobre o direito à terra e à cidade, memória e saberes ancestrais como formas de leitura da crise ecológica, internacionalismo solidário, emancipação de corpos e territórios, eco feminismo e agricultura comunitária.

Programação:

17/9 – Quarta-feira
19h – Por um arquipélago de territórios em resistência Manifesto por um internacionalismo baseado na solidariedade
Com Blick Bassy, Jean d’Amérique, Eliane Brum e Txai Suruí e Jerá Guarani.
Retirada de ingressos on-line.
Local: Teatro Raul Cortez – Sesc 14 Bis

18/9 – Quinta-feira
14h –Por uma ecologia pirata: E a liberdade será nossa
Com Fatima Ouassak.
Inscrições Abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

15h às 18h – Realejo do cultivo.
Com Casa Flor’Esta.
Local: Sesc 14 Bis.

15h30 às 17h30 – Emancipação pela terra: a terra como espaço de subsistência e dignidade
Com Fatima Ouassak, Jera Guarani e Jocilene Araújo Santana.
Inscrições Abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

19h30 às 21h – Direito à terra, direito à cidade: agricultura comunitária, estratégias de resistência e autonomia urbana
Com Jurandir Djekupé e Carmen Silva.
Mediação: Claudia Visoni.
Inscrições Abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

19/9 – Sexta-feira
11h às 13h – O poder das mães – Repensando a figura materna nas lutas ecológicas e sociais
Com Fatima Ouassak, Cristine Takuά.
Mediação: Ane Rocha.
Inscrições Abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

14h às 15h – “Pequenaude”: escrevendo a partir de ruralidades feridas
Com Juliette Rousseau.
Inscrições Abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

15h30 às 17h30 – Re-habitar o Corpo-Território como Feministas: Perspectivas Feministas e Ecofeministas sobre a Reexistência Territorial
Com Juliette Rousseau e Vilma Martins
Mediação: Juliane Sousa.
Inscrições Abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

18h – A Última Árvore: Narrativas para Adiar o Fim do Mundo
Com Edson Kayapó e Aline Panhonka Kayapó.
Local: Sesc 14 Bis

19h30 – Oficina de escuta: Música como Arquivo e Memória de Luta
Com Blick Bassy.
Local: Sesc 14 Bis

20.09 – Sábado
11h às 13h – Experiência imersiva: expedição ao Sítio Arqueológico Saracura Vai-Vai. Com Movimento Saracura Vai Vai
Inscrições Abertas
Unidade responsável: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

11h às 13h – Alimento é Memória: Baião de Dois Vegano
Com Cícero Umbelino da Silva.
Retirada de senhas com 30 minutos de antecedência.
Local: Sesc 14 Bis

13h30 às 15h30 – Costuras de Resistência: O Rio que o Asfalto Esconde
Com Horta Comunitária do Bixiga.
Retirada de senhas com 30 minutos de antecedência.
Local: Sesc 14 Bis

14h às 15h – Conferência-performance: Memória da Terra, por uma retomada decolonial da memória ecológica
Com Maya Mihindou.
Inscrições Abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

15h às 17h – Por uma memória dos lugares destruídos pela catástrofe climática: rituais coletivos de luto ecossistêmico.
Com Sophie Gosselin.
Inscrições Abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

17h30 às 18h30 – Histórias africanas e realidades ecológicas: algumas perspectivas
Com Elgas e Blick Bassy.
Inscrições abertas
Local: Centro de Pesquisa e Formação

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O “Agir Pelo o que Vive” foi criado em 2020 com o objetivo de promover encontros e reflexões críticas sobre os impactos da ação humana sobre a vida no planeta, buscando alternativas que respeitem todos os seres vivos.

Ele ocorre anualmente em Arles, na França, e em países como Colômbia, Camarões, Japão e Brasil. Reunindo pensadores, artistas e lideranças de diferentes áreas, o evento propõe debates sobre temas como justiça ambiental e social, economia regenerativa, democracia, saberes tradicionais e solidariedade.

A proposta é descentralizar a produção de pensamento ecológico e político, conectando diferentes territórios e vozes, especialmente as marginalizadas.

O festival integra a “Temporada França – Brasil 2025“, que acontece de agosto a dezembro em celebração aos 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

São mais de 300 eventos pelo Brasil, que seguem três eixos temáticos principais: “Democracia e globalização justa”, “Diversidade e diálogo com a África” e “Clima e transição ecológica”.

O Sesc São Paulo, como parceiro da Embaixada da França no Brasil, do Consulado Geral da França em São Paulo e do Institut Français, integra a programação em diversas unidades na capital e interior paulista com mais de 30 atividades, promovendo encontros de culturas brasileiras, francesas e africanas por meio de música, exposições, residência artística, cinema, circo, teatro, dança, literatura, ações para sustentabilidade e direitos humanos.

Para saber mais sobre a Temporada no Sesc São Paulo é só clicar: Temporada França Brasil

As unidades oferecem transporte gratuito para os participantes das atividades, do prédio localizado na Rua Dr. Plínio Barreto 285 ao Terminal Bandeira (desembarque na rua Santo Antônio), de terça a sexta das 18h10 às 22h40 com intervalos de 30 minutos.