
A economia circular é um modelo de produção e consumo que busca minimizar o desperdício e maximizar o uso dos recursos, prolongando o ciclo de vida dos materiais. A ideia é simples: reutilizar produtos sempre que possível — seja doando, trocando, consertando, dando um novo significado ou transformando-os em algo diferente.
Esse modelo identifica desafios e propõe soluções com base em inovação e tecnologia. A reciclagem é apenas uma das práticas possíveis, mas existem muitas outras estratégias que surgem da reflexão sobre questões ambientais, sociais e econômicas.
Segundo a definição do termo, “sustentabilidade” é: 1. – A qualidade ou condição do que é sustentável. 2. – Um sistema que tem condições para se manter ou conservar.
Na prática, significa suprir as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras. Mas será que isso é realmente possível?
A resposta é: sim, mas com desafios. Precisamos lembrar que os recursos são finitos — água, solo, minerais — e nosso consumo atual é maior do que a capacidade de regeneração do planeta. Esse desequilíbrio é medido pelo Dia da Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day), que ocorre cada vez mais cedo a cada ano.

Além disso, dois fatores dificultam ainda mais a busca pelo equilíbrio sustentável:
A sustentabilidade pode ser possível se considerarmos os avanços da tecnologia e da inovação: Energias renováveis, economia circular, agricultura regenerativa e captura de carbono são avanços que reduzem impactos. Mudanças de comportamentos culturais e socais também colaboram com o tema, pois com a mudanças de hábitos (menos desperdício, mais reutilização, consumo consciente), o consumo de recursos diminui diretamente. Além disso os governos têm um papel fundamental ao pensar e desenvolver políticas globais de respeito ao meio ambiente, das quais a cooperação internacional é fundamental.
Mas há um ponto importante: sustentabilidade absoluta (impacto zero) é quase impossível no mundo atual. A busca é por uma sustentabilidade relativa, ou seja, reduzir impactos ao mínimo e manter equilíbrio entre necessidades humanas e a saúde do planeta.
Brechós são aliados poderosos da economia circular. Eles prolongam a vida útil dos produtos, reduzem o impacto ambiental da indústria da moda e diminuem a necessidade de produzir novos itens, conservando recursos naturais. E quando se fala de uma segunda vida de produtos, é possível estender esse entendimento para muitos outros itens como livros, objetos de decoração, móveis, equipamentos esportivos, itens de cozinha, louças e tantos outros.

No caso dos brechós que oferecem vestuário, isso é tão importante porque a indústria da moda está entre as mais poluentes do mundo, atrás apenas da indústria química/petróleo e da agricultura. Algumas estimativas chegam a colocá-la como a segunda maior poluidora global.

A moda não deve ser encarada como uma grande vilã, ela também é um campo de criatividade e de inovação, que incentiva a pesquisa de novos materiais e tecnologias, colocando todo processo de produção em um papel crucial do desenvolvimento sustentável.
Então, a moda pode ser um agente de mudança? Sim, pois ela é um fenômeno social que também reflete os desafios atuais. Consumidores mais conscientes, e participantes, ajudam a engajar os atributos sustentáveis na moda. É possível citar os bons exemplos da moda do design de baixo impacto, o “zero waste” ou aquele que valoriza a biodiversidade, que também torna-se um agente de transformação socioambiental. Ou ainda a moda “ageless”, sem definição e preconceito etário, sem rótulos ou restrições etárias…São todos reflexos de mudanças de comportamento.
De todos os dados e desafios apresentados, fica a reflexão dos problemas que ainda enfrentamos, principalmente o de comportamento social desenfreado ao consumo, como se isso fosse um parâmetro de felicidade e de qualidade de vida, que por sua vez incentiva a superprodução. Repensar nossos hábitos de consumo e de como impactamos o planeta é portanto fundamental e urgente para nossa própria sobrevivência.
Quer começar com um pequeno passo possível em busca de um futuro mais sustentável? Antes de consumir produtos novos, dê uma chance à economia circular! Procure avaliar suas necessidades reais de consumo nesse final de ano e buque seus produtos da 2ª Edição – Feira de brechós e sebos de livros e discos
SERVIÇO
MEIO AMBIENTE. Programação do grupo gestor da unidade do “Lixo: Menos é Mais”
Dia 11/12, quinta, das 17h às 21h. Para todos os públicos. Grátis
Sesc Rio Preto. Local: Comedoria – Área Externa
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