A partir do dia 27 de novembro, o Sesc Campinas apresenta uma grande exposição que explora as conexões entre inteligência artificial (IA) e arte.

O Mundo Segundo a IA é uma exposição vinda da França em parceria com o Jeu de Paume, que reúne uma seleção de obras de artistas que, nos últimos dez anos, têm dialogado criticamente com a IA nos campos da arte, fotografia, cinema, escultura, literatura e música. A mostra apresenta criações — muitas delas produzidas especialmente para esta ocasião — de artistas franceses e internacionais.

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Da chamada “IA analítica”, que analisa e organiza grandes quantidades de dados, à “IA generativa”, capaz de produzir dados (imagens, textos, sons) após ter sido treinada com volumes massivos de informações, a exposição investiga como essas tecnologias estão transformando profundamente os processos criativos, ao mesmo tempo em que questiona suas múltiplas implicações sociais, políticas e ambientais.

Além de qualquer fascínio tecnófilo ou rejeição tecnofóbica, a exposição do Jeu de Paume propõe uma reflexão sobre como a IA está transformando nossa relação visual e sensorial com o mundo — e também com nossas sociedades.

“Inteligência artificial”, conceito introduzido pela primeira vez em 1955, refere-se hoje a um conjunto de tecnologias de aprendizado de máquina que estão transformando todas as áreas da sociedade, com aplicações amplas que incluem a análise e classificação de grandes quantidades de dados, a tomada automatizada de decisões, além da geração e transformação de conteúdos textuais e visuais.

Essas tecnologias levantam uma série de questões éticas, econômicas, políticas e sociais — por exemplo, no que diz respeito à proteção da privacidade e à discriminação racial ou de gênero —, ao mesmo tempo em que transformam nossa relação com imagens e textos.

No campo da arte, a IA está atualmente redefinindo os processos de produção, circulação e recepção, desafiando noções tradicionais de criatividade, originalidade e direitos autorais.

Os artistas presentes na exposição trabalham com essas tecnologias para questionar suas consequências para a arte e a sociedade, além de explorar possíveis novas formas de expressão.