
A série audiovisual Efêmeros, lançada pelo Selo Sesc, leva artistas brasileiros para se apresentar em diferentes espaços das unidades do Sesc São Paulo. O público que que frequenta esses lugares já conhece seus espaços de cor: comedorias, teatros, ginásios, áreas de convivência, piscinas, espaços expositivos, bibliotecas, cafés, entre outros. Cotidianamente ocupados por pessoas que circulam e usufruem desses locais, eles agora estão à disposição das performances musicais de nomes importantes da nossa arte.
O lago e a área de convivência do Sesc Interlagos recebem a voz e o violão de Vanessa Moreno no terceiro episódio da série audiovisual Efêmeros, do Selo Sesc. Em meio à natureza da unidade, a artista transita entre espaços, ora sentada em um banco, ora em movimento, explorando de forma corporal o encontro entre música e ambiente.
No repertório, Vanessa interpreta A Luz de Tieta e Esotérico, de Caetano Veloso e Gilberto Gil, respectivamente, além de De Frente pro Mar, Nós e Solar, composições próprias em parceria com Sophia Ardessore e Luã.
“Eu nunca tinha cantado uma música minha estando em movimento. Quando a gente canta as mesmas músicas em situações inesperadas, somos capazes de revisitar o sentido daquelas canções. Quando muda o lugar, a gente também muda e pode olhar a canção sob outra ótica. Eu gosto do movimento, gosto dos desafios e isso foi muito precioso”, reflete Vanessa Moreno.
Cantar flutuando em uma piscina é certamente uma experiência inédita para muitos artistas. Ana Frango Elétrico pôde relaxar nesse espaço do Sesc Santana enquanto cantava uma de suas canções, assim como tocar no centro do ginásio da unidade rodeada por sua banda. No repertório estão as canções Electric Fish, Camelo Azul, Insista em Mim, Dela e Nuvem Vermelha. As canções compõem o último álbum da artista, Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua, lançado em 2023.
No primeiro episódio, o compositor e instrumentista Amaro Freitas toca no Sesc Pompeia. O espaço escolhido para a performance de Amaro Freitas foi a área de convivência. Cortado por um espelho d’água bastante singular, lembrando o curso de um rio, o galpão que frequentemente abriga as exposições dessa unidade recebe o piano preparado de Amaro, junto dos demais elementos que ele utiliza em suas composições, como cascas e sementes, além de outros instrumentos como mbira, flauta e a própria voz do artista. Iluminado por leds verticais, criou-se uma atmosfera minimalista que se contrapõe harmonicamente ao repertório do artista, que integra elementos musicais bastante diversos. O artista performa as faixas Uiara, Viva Naná, Dança dos Martelos, Sonho Ancestral e Y’Y, sendo esta última homônima ao premiado álbum que comporta todo o repertório executado no episódio.
“Quando eu estou num ambiente como esse, muito grande, muito solitário, é como se eu estivesse no encontro comigo mesmo. E naquele momento sou eu, o piano e eu novamente. E aquela música que em outros ambientes eu toco para tocar as pessoas que vieram assistir ao meu show, naquele momento, ela volta para mim. Então eu estou sendo um espelho de mim mesmo assim. Só que é como se fosse uma outra versão minha, escoando através dos meus dedos e refletindo sobre mim mesmo. Isso é uma sensação muito louca e bonita”, reflete Amaro Freitas.
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