MAJ Mostra de Arte da Juventude 2024 – Artistas

Professor no ateliê e laboratório de práticas artísticas Cyano Estúdio, na cidade de São Paulo, e psicólogo pela Faculdade Metropolitana Unidas (FMU), Abner Sigemi utiliza materiais como tinta acrílica, cimento e tijolo moído para retratar ciclos finais e ritos de passagem. Materiais presentes também na obra que integra a 31ª MAJ. Interrupto surge da experiência do artista em trabalhos ao lado do pai pedreiro e promove reflexões profundas sobre recomeços. 

Mestre em arte, experiência e linguagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Amauri apresenta durante a 31ª MAJ a obra De mão em mão, um filme caseiro feito a partir de imagens em VHS dos anos 1990 sobre a construção da casa dos avós, migrantes nordestinos no Rio de Janeiro. 

Anna Lívia, 26 anos, cresceu em Petrópolis, RJ, inspirada pela natureza e suas transformações. Sua obra Ave em gestação explora metamorfoses e anatomia de aves, utilizando papel machê para criar uma fusão entre o técnico e o poético. 

Bárbara Savannah, 28 anos, dedica-se à arte experimental inspirada pela cultura regional amazônica, enfatizando a conexão com a natureza e a abstração. Sua obra A bandeira reflete um período de transição pessoal e artística, incorporando elementos como alumínio e cordas.

Bruno Benedicto, artista de Ribeirão Preto, utiliza desenhos rápidos e expressivos em vermelho e preto para explorar a vida periférica e o cotidiano urbano, sempre buscando “riscar” o que vive. Na MAJ, apresenta Cria do RV, uma série composta pelas obras Sobremesa I e Sobremesa II, que aborda as dificuldades e a identidade do bairro Ribeirão Verde.


Artista autodidata, foi por meio da fotografia que Cicero da Costa encontrou meios para expressar as duras memórias vividas em bairros como Bixiga, Baixada do Glicério e Brás. Em Sonhar ou sobreviver?, representa a dualidade entre o sonhar e o existir, assim como o desejo de que pode escolher manter expectativas e realidade em equilíbrio. 

Aos 28 anos, Cho, artista de São Paulo, utiliza papel termossensível para explorar o efêmero e o apagamento das culturas migratórias. Nascido em uma família de imigrantes coreanos e criado no bairro da Liberdade, atualmente está cursando artes visuais na Unesp e atua como pesquisador no Grupo de Pesquisa em Arte, Ciência e Tecnologia. Destaque na MAJ, a obra Perigo amarelo, que utiliza a própria silhueta do artista impressa no papel com álcool 70%, critica a tentativa de “higienização” e a invisibilidade da etnia amarela.

Diego Rocha começou a pesquisar sobre a interação em espaços artísticos ainda durante a graduação em artes visuais pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, dando origem à obra Coreografias da contemplação artística-institucional, da série Museum Sutra, exibida na 31ª MAJ, em que propõe novas maneiras de interação em espaços de arte. 

Letícia Diez, 24 anos, de Santos, SP, é uma artista indignada com o apagamento feminino no meio artístico. Por este motivo, desenvolveu a instalação Não separe a arte da artista como uma forma de questionar a desigualdade de tratamento entre artistas homens e mulheres.

Artista independente de Itaquera, São Paulo, Donatinho encontrou sua voz na mistura de funk, rap e pontilhismo. Iniciou sua jornada artística transformando um hobby em uma possível carreira, com obras como o quadro de ponto de vista Versatilidade, em que retrata os cantores MC Hariel e Sabotage. A obra integra a 31ª MAJ.

Estela Camillo, 24 anos, é estudante de arquitetura e urbanismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e se destaca no universo das artes visuais pela sua abordagem inovadora sobre a natureza-morta. A obra Papéis de bala explora a interseção entre a observação de objetos cotidianos e a arte, focando especialmente em elementos descartados e na deterioração de embalagens plásticas.

Artista plástico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Felipe Rezende registra em seu trabalho aspectos do cotidiano, combinando ficção e realidade para abordar questões sociais e o direito ao sonho. Traços presentes também em Das tripas nuvens, pintura e costura em lona de caminhão que registra uma tarde de pescaria em Angical, no oeste da Bahia.

Giovanna Camargo tem 23 anos e é formada em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes (Febasp), de São Paulo. Com formações específicas sobre arte e feminismo no currículo, explora a temática feminina em sua arte, focando na domesticidade e na construção de estereótipos de gênero. Sua obra Epítome da domesticidade para meninas é um livro-objeto interativo, que usa a metáfora de uma casa para refletir sobre essas questões.  

Gu da Cei, artista visual e curador, formado em comunicação organizacional e mestre em artes visuais pela Universidade de Brasília (UnB), explora temas como direito à cidade e à mobilidade urbana em sua obra Vai para Onde?, série de quatro fotografias lenticulares que integra a 31ª MAJ. 

Estudante de artes visuais pelo Centro Universitário Internacional (Uninter), Gustavo Ferreira começou a desenhar ainda jovem, após encontrar na arte uma forma de expressar sentimentos profundos e genuínos. Em Noite em lágrimas, em exposição na 31ª MAJ, retrata dias em que apenas o choro consegue aliviar o peso das dificuldades.

Hanatsuki, jovem artista influenciado por mangás e animes, explora temas sociais profundos, como capitalismo, religião, vícios em drogas e poluição ambiental em sua obra Sociedade pPerfeita, exibida na 31ª MAJ.  

Isabela Picheth, 29 anos, de Curitiba, é uma artista visual e professora apaixonada pela arte e pesquisa. Sua obra Sem título reflete sua exploração do corpo e das questões feministas. A peça utiliza moldes do próprio corpo e traz experimentações com silicone e pigmentos cor-de-rosa.

A artista paulista Isabella Motta, de 22 anos, é formada pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e possui licenciatura em artes visuais pela Faculdade de Educação Paulistana (Faep). Sua obra Me agarro ao pouco que ficou: memórias de um receptáculo une fotos de sua infância costuradas à mão, explorando memória e identidade.

Isabelle Baiocco, 26 anos, de Porto Alegre, explora a deterioração de imagens e a tentativa de eternizar memórias em sua obra Passeio (políptico). Formada em artes visuais pela UFRGS, ela busca recriar a textura e a luz de fotos deterioradas em fitas VHS da família. 

Estudante de artes visuais, com habilitação em desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ítalo Carajá, artista queer de ascendência indígena, encontrou na arte uma forma de expressão e conexão desde a infância. Em Forbidden fruit, obra em exposição na 31ª MAJ, nos convida a uma reflexão sobre certo e errado, desejo e transgressão.

Janaína Vieira, de 27 anos, moradora de Jacareí, São Paulo, usa sua arte para explorar temas sobre moradia, desigualdade social e pertencimento, inspirados por sua experiência de vida na periferia. Sua obra Com as próprias mãos reflete a construção comunitária e a autonomia como forma de enfrentar dificuldades. 

Com origens em Recife e atualmente morando em São Paulo, Juniara Albuquerque, artista não binárie de 29 anos, transforma ossos de animais em peças tridimensionais que misturam alquimia e elementos automotivos. Albuquerque é influenciade pelo pai, pintor de carros, e suas experiências na região nordeste. Na 31ª edição da MAJ, apresenta LOA, uma obra inspirada na tradição do maracatu pernambucano e nas expressões orais dos mestres locais.  

Kelly Pires tem 28 anos e reside em São Paulo. Formada em artes visuais pela Faculdade Santa Marcelina e técnica em audiovisual, enfrentou uma rotina de prazos apertados e acúmulo de funções antes de criar a obra Otimismo por influência. A peça, composta de quatro entalhes em madeira, reflete sua paixão por narrativas e seu estilo versátil. 

Kuenan Tikuna, 21 anos, é uma artista dedicada a dar voz à cultura indígena Tikuna através da arte. Nascida na Amazônia e residente em São Paulo, sua obra usa técnicas tradicionais – como pigmentos naturais e tela de tururi – para explorar a identidade e as visões cosmológicas de seu povo.  

Leid Ane, 27 anos, nascida e criada em Jacarepaguá, começou a pintar de forma profissional há dois anos, após um período de grandes mudanças pessoais. A obra Mãe: a força do mundo reflete sua experiência e a de sua irmã com o poder transformador da maternidade. 

Livia Kaori, 17 anos, é uma artista iniciante que explora a arte como hobby. Sua obra Um corvo de acordo com meu coração, criada com caneta preta, reflete seu recente interesse por pássaros e seu estilo baseado em tatuagens e nanquins.  

Nascido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Lorre Motta é um artista visual premiado em renomados festivais como Cannes, Rotterdam e Sundance. Na 31ª edição da MAJ, apresenta a videoperformance Um homem chamado cavalo é meu nome, que explora a masculinidade trans não binária e novas perspectivas sobre corpo e gênero. 

Lucas BRACO, artista visual não binária e arte-educadora de 22 anos, cria obras que unem desenho, fabulação, sentimento de pertencimento e memória. Nascida e criada na zona leste de São Paulo, BRACO se mudou para Campinas em 2020 para estudar artes visuais na Unicamp. Na 31ª edição da MAJ, apresenta Guarda, uma pintura em tinta acrílica sobre porta de madeira que simboliza proteção e conexão com o mundo e traz reflexões sobre continuidade e adaptação. 

Morador de Realengo, subúrbio do Rio de Janeiro, e estudante de pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucas Gusmão utiliza o Surrealismo para explorar a vida cotidiana em suas obras. Em Espetinho de frango, obra que está em exposição na 31ª edição da MAJ, traz importantes reflexões sobre o capitalismo e as lógicas de produção. 

Doutorando em estudos contemporâneos das artes no Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Lucas Soares explora em suas obras os fragmentos do tempo e da memória. Na 31ª edição da MAJ, sua fotoperformance Memento (Era Tudo Sobre Ontem) propõe uma contranarrativa histórica ao reunir familiares em uma praça pública para confrontar conceitos de monumento e memória.

Luiza Poeiras, de 26 anos e residente em Belo Horizonte, explora a relação entre corpo e espaço urbano em seu trabalho artístico. Formada em artes visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ela questiona, com a obra Sérgio, como diferentes corpos ocupam e são recebidos nas cidades. 

Aos 26 anos, Mar Yamanoi, artista visual nascide em Embu das Artes, traz em suas obras temas como a melancolia, o distanciamento com o presente e a reconexão com a cultura japonesa. Yamanoi atualmente mora na capital paulista e está cursando artes visuais na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Destaque nesta edição da MAJ, a obra Herdades, com palavras gravadas em grãos de arroz moti, evocando a escrita poética do haikai, reflete sobre herança, identidade e busca pelas raízes ancestrais.

Mariana Simões, 26 anos, de São Carlos, SP, encontrou na arte uma forma de transformar um período de frustração e infelicidade em uma poderosa ferramenta de expressão e autocura. Sua obra Todo dia a mesma coisa é uma tela que explora a exaustão física e mental gerada por um trabalho que consumia tanto seu tempo que não restava espaço para si mesma. 

MAVINUS tem 26 anos e é natural de Recife. Estudante de graduação em artes visuais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explora a identidade e a autoestima em seu trabalho. A obra Amar, cuidar e admirar usa a paixão da artista por autorretratos e bordados para afirmar e celebrar a identidade negra feminina e a amizade.

Nas mãos de Murillo Marques materiais de construção, elementos não convencionais e improvisados transformam-se em arte. Pintor profissional, o artista explora a interseção entre a pintura convencional e a atuação na construção civil. Na MAJ, expõe Lista de conexões (redux), uma obra criada a partir de madeira reutilizada de um trabalho de reforma, que foi modificada ao longo de um ano. 

Nat Rocha tem 24 anos e reside em São Paulo. Utiliza materiais coletados da rua para explorar a “poética do precário” em sua arte. Sua obra Viver é hmm-ma delícia! Ifood reflete sobre a desigualdade social e o cotidiano, inspirada por uma mochila vista de um trem. 

Níke Krepischi tem 23 anos e explora, em sua obra Travesti amada, a complexa questão da autodefesa da população trans em um contexto de alta violência. Com uma trajetória que abrange dança, artesanato e grafite, Níke é estudante de artes visuais na Escola de Comunicações e Arte da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e usa a arte como ferramenta de autodescoberta e debate político. 

Artista visual formado pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), O tal do Ale registra em seu trabalho a arte que nasce das ruas. Na série Olha o Kit!, utiliza esculturas em papelão para explorar a relação entre objetos de luxo e a cultura do funk, desafiando conceitos de arte e escultura.

Okarib tem 27 anos e é formada em design pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Nascida em São Paulo, explora a ancestralidade japonesa de sua família em seu trabalho artístico. Sua obra Rizomas A, B, C e D, de 2023, que utiliza pirografia sobre papel, reflete a importância do bambu na cultura japonesa. 

Descendente de imigrantes japoneses e nascido em Ribeirão Preto, Pedro Mishima explora a identidade híbrida entre Brasil e Japão na obra Ritual de nascimento do menino caranguejo I, em exposição na 31ª MAJ. Professor em oficinas de desenho, cerâmica e encadernação, o artista é graduando em artes visuais pela Unicamp.

A mineira Rayane Gomes usou sua experiência com a natureza para criar a gravura 23,5431585, -46,6597120, que narra a vida e morte de uma árvore podada em São Paulo. Estudantes de artes visuais na Faap, ela explora o paradoxo entre vida e morte e é conhecida por sua inovação com técnicas e materiais. 

Samuel Cunha descobriu seu potencial artístico durante a pandemia de covid-19, vendo vídeos de outros artistas no Youtube. Inspirado por movimentos como o Surrealismo, fala sobre importantes questões, como na obra Pensaram por nós, que integra a 31ª edição da MAJ. No quadro, o artista leva o espectador a uma profunda reflexão sobre política e sociedade.

A artista Sophia Zorzi, de 29 anos, explora tecelagem, tapeçaria, desenho e pintura, com foco na fusão entre essas mídias e temas cósmicos. Formada em moda pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ela desenvolveu a obra Colisões e fusões, inspirada no mito de Aracne e sua associação com a tecelagem.

Graduando em artes visuais pela Unicamp, Vitor Alves realiza pesquisa sobre o uso do papiro, material que utiliza também em suas obras. Em Comunhão, que está em exposição na 31ª edição da MAJ, reproduz vivências cotidianas ao lado de amigos em uma tarde de comemorações. 

Yan Nicolas, artista negro formado em artes visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fala em suas obras sobre temas como amor e afeto. Em A noite do meu bem, obra que integra a 31ª edição da MAJ, retrata a intimidade entre um casal de homens pretos que adormeceram lado a lado. 

A artista Yanaki Herrera, de 28 anos, explora a relação entre maternidade e sonhos em sua obra Maternar desde la rebeldía. Nascida em Cusco e residente em Belo Horizonte, Herrera usa a pintura para destacar o direito das mães ao lazer e descanso, obra inspirada em memórias de sua infância e na dedicação de sua mãe.


Utilizamos cookies essenciais para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando você concorda com estas condições, detalhadas na nossa Política de Cookies de acordo com a nossa Política de Privacidade.