Lutas da Terra, da Comunidade e da Autonomia na Bolívia, Peru e Equador - Foto: Divulgação
Lutas da Terra, da Comunidade e da Autonomia na Bolívia, Peru e Equador - Foto: Divulgação

Lutas da Terra, da Comunidade e da Autonomia na Bolívia, Peru e Equador

Com Marcela Quisbert de Magueño (BOL), Zenaida Anabel Yasacama Gayas (EQU), Jorge Calcina Huaman (PER), mediação Marina Ghirotto e Salvador Schavelzon

Avenida Paulista

18

atividade presencial

Grátis

Local: Tecnologias e Artes (4° andar)

Vagas limitadas. Retirada de ingressos 30 minutos antes, no local.

Data e horário

De 18/05 a 18/05

Sábado

Das 15h30 às 17h30

 Lutas da Terra, da Comunidade e da Autonomia na Bolívia, Peru e Equador - Foto: Divulgação
Lutas da Terra, da Comunidade e da Autonomia na Bolívia, Peru e Equador - Foto: Divulgação

A partir do encontro entre ativistas indígenas e camponeses do Perú, Equador e Bolívia, este bate-papo busca compartilhar a realidade dos países andinos-amazônicos, as lutas contemporâneas dos povos indígenas e camponeses e seus olhares sobre o mundo e formas de vida.
A defesa da comunidade contra o avanço extrativista, a concepção cosmopolítica do território e a construção de Autonomia; formas de justiça originária, autodefesa, mobilização e participação na política nacional e internacional das organizações indígenas são algumas das experiências que as participantes irão compartilhar.

Marcela Quisbert de Magueño é dirigente Indígena e Autoridade Jurídica Comunitária em Zongo, Bolívia. Autoridade Originária, defensora legal e perita indígena do povo Aymara, foi a primeira mulher secretária executiva da federação sindical de trabalhadores camponeses Tupac Katari da província Murillo (La Paz, Bolívia). Também exerceu cargos de secretária geral, de organização e de justiça na comunidade de Cañaviri, assim como a posição de Juíza Indígena na Comissão de Justiça do Setor Zongo. Marcela é especialista em medicina natural e parteira, reconhecida como Amauta em sanação, cura e medicina natural, tecedora de mantas e saias. Junto com a sua comunidade participou de lutas contra uma mineradora pela defesa do território e a vida, contra a contaminação e o saque de recursos naturais.

Zenaida Yasacama é do povo Kichwa de Pakayaku, Amazônia Equatoriana. Estudou Economia na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Camagüey, em Cuba. Foi dirigente de Pakayaku em três ocasiões consecutivas, tendo desenvolvido programas de fomento à economia feminina e às alternativas ao desenvolvimento extrativista petroleiro. Sua trajetória profissional e o trabalho em sua região com o Pachakutik, “partido político” indígena, contribuíram para sua eleição como vicepresidente da mais importante organização indígena do país, a CONAIE, em meados de 2021. Isto constitui um marco histórico para o país e para o movimento indígena, pois é a primeira vez que cinco dos dez líderes da organização são mulheres.

Jorge Calcina Huaman é dirigente das rondas camponesas em Macusani, na região de Puno. Junto dos demais ronderos e ronderas, Calcina vêm trabalhando pelo acesso à justiça e segurança comunitária em sintonia com os modos de vida ancestrais. Eles defendem seus territórios enquanto buscam afirmar o pluralismo jurídico, o bem viver, o autogoverno e o direito dos povos originários. As rondas camponesas do Peru são formas autônomas de autodefesa das comunidades camponesas. Na atualidade, as rondas do sul do país têm se constituído como uma das principais formas de mobilização social na conjuntura política nacional.

Marina Ghirotto Santos é doutora em Antropologia Social pela USP e Mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP. Tem experiência de trabalho de campo com povos indígenas e populações tradicionais na Amazônia equatoriana e brasileira. Seus temas de pesquisa são autonomias, políticas e cosmopolíticas; gênero e feminismos; ecologia política, conservação e conflitos socioambientais.

Salvador Schavelzon é antropólogo, professor e pesquisador na UNIFESP e Credenciado como professor pleno no Programa de Pós Graduação em Integração daAmérica Latina (PROLAM) da USP. É Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ e Mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ (2006), com atuação como professor visitante e pesquisador na Universidade de Califórnia (Davis-2012). Atualmente pesquisa sobre política Latino-americana, capitalismo digital e de plataforma, autonomia indígena e Teoria Antropológica. Tem publicações sobre Cosmopolítica Indígena, Antropologia do Estado, Processos Constituintes, Plurinacionalidade, Bem Viver. Realizou pesquisa e escreveu sobre processos políticos no Brasil, Espanha, Bolívia, Equador, Chile e Argentina.

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