Há um lugar onde as palavras são produzidas em uma grande fábrica e há de se pagar por elas. Se você não tem dinheiro, pode usar as que sobram e vão para o lixo. Em PALAVRAS S.A, a Cia Avoa apresenta um olhar crítico sobre a fala que não diz, o dito que não fala, o silenciamento.
Há um lugar onde as palavras são produzidas em uma grande fábrica e há de se pagar por elas. Se você não tem dinheiro, pode usar as que sobram e vão para o lixo. Em PALAVRAS S.A, a Cia Avoa apresenta um olhar crítico sobre a fala que não diz, o dito que não fala, o silenciamento.

Partindo do diálogo entre teatro, circo, música e literatura, PALAVRAS S.A. desenvolve um espetáculo infantojuvenil inspirado no livro A Grande Fábrica de Palavras, de Agnès de Lestrade. A história se passa em um país onde os moradores precisam comprar palavras para inseri-las em seu vocabulário. Aqueles com maior poder aquisitivo adquirem as palavras mais bonitas, enquanto os menos favorecidos só têm acesso às sobras, com pouco ou quase nenhum sentido. 

O espetáculo aborda dois pontos centrais: a centralização do conhecimento e da comunicação por classes privilegiadas e a potência das relações humanas quando atravessadas por ações empáticas. Na fábrica de palavras, os colaboradores trabalham exaustivamente, sem pensar ou falar, apenas produzindo. Ainda assim, o ser humano encontra formas de ressignificar as palavras ou a falta delas, permitindo que gestos e ações deem espaço à fala e à subjetividade. 

Ficha Técnica: 

Produção Executiva e Direção Artística: Thayse Guedes
Dramaturgia: Vanessa Maranha e Cia AVOA
Elenco: Vitória Canali, João Baratto, Douglas Nalini e Pablo Tolosa
Trilha sonora: Eduardo Machado e Marquinho Sabino