Para o ano de 2026, o projeto AterrAr nasce da necessidade de reconectar o ser humano com a natureza por meio do corpo, entendendo que este corpo é a própria natureza.

Em um mundo em que as pessoas estão cada vez mais conectadas aos ambientes digitais, a aceleração do tempo frente às rotinas e o aumento de demandas fazem com que se note um distanciamento do ritmo humano, simbolizado por um relógio interno que orienta as funções biológicas, psíquicas e perceptivas, conectadas a essa natureza (dia e noite, ciclos lunares, ciclos das marés, entre outros movimentos da natureza), que também são identificados simbolicamente e fisicamente em nós.

Essas mudanças nas estruturas externas (alterações nas densidades das matas, aumento da poluição, aumento do tempo exposto a luzes artificiais…) geram também alterações nas estruturas internas, trazendo um descompasso entre as relações de ser, estar e sentir.

Assim, as práticas corporais orientadas aos ciclos da natureza oferecem um caminho de retorno à presença, ao reconhecimento do próprio corpo, das condições apresentadas, das sensações e da lapidação das percepções nas experiências e após elas.

Orientado, então, pelos seis elementos da natureza — Terra, Água, Ar, Fogo, Madeira e Éter — que explicam a composição do mundo na esfera macroscópica, este projeto propõe vivências corporais que integram esses elementos ao ser humano na esfera microscópica, promovendo experiências que possibilitam o equilíbrio físico, emocional e energético de uma maneira criativa e integradora.