Foto: divulgação
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Tecnologia ancestrais e as práticas do nosso povo

Iyá Adriana de Nanã, Iyá Marta de Ogun, Baba Jimi e Ermi Panzo. Mediação: Marabu

Pompeia

Duração: 90 minutos

L

atividade presencial

Grátis

Local: Área de Convivência

Data e horário

De 20/12 a 20/12

20/12 • Sábado • 16h30
Foto: divulgação
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Nesta troca aberta e coletiva, participantes e convidados irão explorar como técnicas, rituais, modos de organização, comunicação, cultivo, cuidado e criação constituem verdadeiras tecnologias desenvolvidas por nossos ancestrais ao longo de séculos. Essas tecnologias revelam filosofias, formas de resistência e estratégias de preservação cultural que seguem influenciando o presente. A conversa busca destacar a profundidade desses conhecimentos, mostrando como eles continuam atuais, potentes e essenciais para pensar novas maneiras de existir, cuidar do território, fortalecer vínculos e reinventar o futuro a partir da sabedoria do passado.

Ermi Panzo, angolano residente no Brasil, é escritor, consultor, curador, estrategista institucional e articulador internacional de arte e cultura africana diaspórica. Multiartista, palestrante e roteirista de cinema e televisão, desenvolve projetos voltados à ancestralidade africana por meio de artigos, contação de histórias, performances, palestras e outras ações literárias. Idealizador do Movimento Cultural Afrikanse, reúne ao longo de sua trajetória reconhecimentos como o título de Doutor Honoris Causa (2022), o título de Embaixador Honorífico da Paz (2022) e prêmios como o Spoken Word Kussinguila e o Pan-Africano (2013), além da Caneta de Ouro e do Prêmio Benfeitor Cultural da Humanidade (2018). Também é autor de ÓPIO – El consuelo de los débiles, Até a Próxima Vez e Desassossego – Lamúrias e outros vestígios de lágrimas.

Iyá Adriana de Nanã é Iyalorixá, fundadora e diretora do Instituto de Estudos e Pesquisas Ilê Axé Omó Nanã. Liderança espiritual e política, atua como educadora, ativista dos direitos humanos e articuladora social, com trajetória dedicada ao enfrentamento do racismo religioso, à valorização das culturas de matriz africana e à incidência em políticas públicas voltadas para juventudes e territórios periféricos. É coordenadora do Projeto Cabaça: Culturas de Matriz Africana e Economia Solidária, extensão vinculada à UNIFESP, e membra do Conselho Político da Ocupação Cultural Jeholu, além da Frente Inter-religiosa Dom Evaristo Arns por Justiça e Paz. Também é artista plástica e pesquisadora das intersecções entre espiritualidade, cultura e ancestralidade afro-brasileira.

Iyá Marta Celestino do Ogun, nascida e criada em São Paulo, é Iyalorixá do culto de Ogun e iniciada em Ifá, com mais de 20 anos de dedicação aos saberes de matriz africana. Sua trajetória combina espiritualidade, ancestralidade e compromisso comunitário, orientando pessoas por meio de consultas oraculares, rituais e aconselhamentos. Contribui também para a administração e articulação do Ilê Axé Omó Nanã, promovendo cuidado, coletividade e a difusão da cultura de matriz africana e diaspórica. Paralelamente à sua liderança espiritual, Iyá Marta é educadora, empresária e intelectual. Como CEO da Ebony English, escola afrocentrada de ensino de inglês, consolida práticas inovadoras que valorizam a identidade negra e ampliam o acesso ao conhecimento.

Oba Ogboni Adekunle Aderonmu, nascido na Nigéria em uma família real e conhecido como Baba Jimi, cresceu imerso nas tradições do Ifá e nas práticas religiosas africanas. Em São Paulo, fundou o Centro Cultural Africano, promovendo iniciativas que fortalecem a visibilidade e o respeito às tradições africanas e afro-brasileiras. Além de sua atuação espiritual, é empreendedor cultural e educacional, liderando a Ifá Editora e a Ifá Import, que difundem saberes relacionados à cultura e à filosofia africana. Reconhecido internacionalmente como palestrante, escritor e embaixador da paz, participa de conferências e projetos que conectam Brasil e África, promovendo a valorização da ancestralidade como ferramenta de transformação comunitária. Baba Jimi também promove eventos de articulação das culturas africanas e afro-brasileiras, como o Dia Nacional do Orisá e o Prêmio Ilê Asé Isesé, realizado em suas últimas edições na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).

Marabu é MC, compositor e pesquisador. Cresceu e vive no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, e seu trabalho é dedicado às manifestações culturais afro-diaspóricas e à música brasileira. Seu primeiro disco, FUNDAMENTO (2020), une funk e samba em uma proposta musical inovadora, sendo considerado pela crítica um dos melhores álbuns daquele ano. Marabu foi o primeiro artista a integrar a Nebulosa Selo — gravadora independente da zona sul — e vem propondo novas possibilidades de narrativa e musicalidade para a cena contemporânea.

Essa ação integra a Feira Africanidades: Práticas do Nosso Povo.

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