A atividade convida pessoas de todas as idades a participar de uma vivência de tiro com arco conduzida por instrutores do projeto Arquearia Indígena. Será uma oportunidade de experimentar como são as técnicas dessa prática milenar, aprendendo na prática os fundamentos do uso do arco e da flecha a partir da perspectiva dos povos originários.

As culturas indígenas são a base da identidade amazônica. Primeiros habitantes e guardiões da terra, os povos da região dominam técnicas, artes e conhecimentos milenares, que seguem amplamente desqualificados e ignorados pela sociedade. Cuidar da Amazônia e de sua biodiversidade passa por conhecer, valorizar e aprender com os saberes e fazeres ancestrais que permanecem atuais e ajudam a conservar a floresta em pé.

Há 16 anos, a FAS desenvolve e apoia projetos que reforçam os valores culturais dos povos originários. Criado pela instituição, o Projeto Arquearia Indígena treina jovens em comunidades e Terras Indígenas (TIs) da região a exercitar o arco e flecha como uma modalidade esportiva. O esporte é um caminho para as atuais gerações se reconectarem ou se aprofundarem em uma tradição e uma fonte de autoestima e orgulho, na contramão do esquecimento.

Grazi Yaci:
Indígena Karapãna, primeira mulher indígena a representar o Brasil na Seleção Brasileira de Tiro com Arco.

Natural do Amazonas, nascida e crescida na Aldeia Kuanã, na região do Rio Cuieiras, afluente do Rio Negro, a 5 horas de barco de Manaus.

Conheceu o esporte em 2013, por meio do projeto social de Arquearia Indígena, idealizado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que buscava jovens indígenas para torná-los atletas olímpicos e inspiração para os povos indígenas do Brasil.

Conquistou medalhas em campeonatos brasileiros de base e adulto, além de competições internacionais. Realizou seletivas para as Olimpíadas Rio 2016 e alcançou a Seleção Brasileira em 2018, sendo a primeira mulher indígena a representar o Brasil na Seleção Brasileira de Tiro com Arco.