Qualidade de vida no cotidiano – desacelerar é possível

11/04/2023

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Por Alexandre Coimbra Amaral

Resumo

A tecnologia, como o smartphone, trouxe para o cotidiano uma revolução de hábitos, reduzindo drasticamente a tolerância à espera e transformando as relações. O tempo passou a ser preenchido por mensagens, vídeos, podcasts e, a cada novo conteúdo, mais lembretes do que devemos ser ou fazer, levando à exaustão. Esta palestra trata dos efeitos da cultura deste século nas organizações. Que desafios os RHs têm tido? Que tipos de adoecimentos estão aparecendo no mundo do trabalho? Como ter mais saúde e melhor qualidade de vida no trabalho?


Estamos diante de um funcionamento acelerado, não como uma exceção, mas como regra social e cultural. 

O século XXI aponta, já em seus primórdios, com elementos como o smartphone, que transformaram a comunicação humana e a forma como os laços sociais estão sendo construídos e sustentados. 

É um exemplo de como a tecnologia trouxe para o cotidiano uma revolução de hábitos, reduzindo drasticamente o tempo das interações, mas, sobretudo, o tempo da espera entre a pergunta e a resposta. O hábito de esperar passou a frustrar com muito mais rapidez e ênfase. O processo de desenvolvimento das relações humanas vem sendo, assim, metamorfoseado sucessivamente.

O tempo passou a ser preenchido por tudo: mensagens, vídeos, podcasts. De repente, passamos a estar disponíveis para uma infinidade de conteúdos e de funções. A cada novo conteúdo, mais lembretes do que devemos ser ou fazer. Obviamente, esta disponibilidade é sobre-humana e, mais ainda, a espiral de tarefas a que somos convidados a partir deles. 

Entramos no funcionamento mais produtivista da sociedade até hoje: precisamos, ao mesmo tempo, performar no trabalho, na família, nas amizades, manter um corpo saudável, comer orgânicos, reciclar o lixo e cultivar hábitos de gratidão à vida. A exaustão se anuncia a cada esquina, como parte da imensa e intensa aventura de viver.

Esta palestra quer conversar com os participantes sobre os efeitos da cultura deste século nas organizações. Que desafios os RHs das empresas têm tido? Que tipos de adoecimentos estão aparecendo no mundo do trabalho, como fruto desse tipo de organização social? O que pode ser feito como medida de transformação das culturas, visando mais saúde e melhor qualidade de vida no trabalho?


Alexandre Coimbra Amaral
Psicólogo, Mestre em Psicologia pela PUC do Chile. Consultor em Saúde Mental Organizacional. É colunista do Jornal Valor Econômico e da Revista Crescer (Rede Globo) e do Portal Lunetas do Instituto Alana. Terapeuta familiar de casais e grupos há mais de vinte anos. Escritor best seller, autor de “Cartas de um terapeuta para seus momentos de crise”, “A Exaustão no topo da montanha” – livro que dialoga com as questões da saúde mental nas empresas -, e “De mãos dadas” – sobre luto, em coautoria com Cláudio Thebas. Trabalhou quatro anos e meio como psicólogo do programa televisivo “Encontro com Fátima Bernardes”, da Rede Globo, com participações quinzenais.

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