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Crianças e velhos: A imagem do outro

Foto: Gal Oppido
Foto: Gal Oppido

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MÔNICA TODARO (1)
GENI DE ARAÚJO COSTA (2)

RESUMO:

Na vida em sociedade, costuma-se aceitar certos tipos de imagens que facilitem a compreensão do processo civilizatório em que nos situamos. Trata-se de uma questão cultural que se pode constatar no simples manuseio de livros didáticos ou de literatura infantil e também na mídia eletrônica.

A velhice apresentada através da imagem da vovó gorda, sempre calma, sentada numa cadeira de balanço, com os óculos dependurados no nariz, internaliza em nós a imagem do velho benevolente e alienado.

Já as crianças são mostradas nestes meios como seres saudáveis, alegres, que estão sempre brincando, o que nos remete à infância como a melhor fase de nossas vidas. Sobre essa temática, Nogueira (1992) demonstrou, através de estudos sistematizados, que a literatura infantil é um veículo de transmissão de atitudes que apresenta imagens multifacetadas sobre a velhice.

Ao confrontarmos tais imagens, perguntamos: são a velhice e a infância momomentos opostos que nada têm em comum? Ou são espelhos que refletem imagens idênticas? Segundo Gusmão (no prelo), a Antropologia é uma ciência que está habilitada a tratar as múltiplas e diversas formas de ser.

Neste caso, ser velho ou ser novo e, portanto, a velhice e a infância, fazem parte do que se pode chamar de categorias criadas e construídas socialmente com o intuito de revelar interesses, exploração e dominação sobre estes dois grupos etários. Ciente dessas construções sociais e em sintonia com as questões mais específicas do estudo, farei a seguir uma revisão teórica atualizada e abrangente, buscando dessa forma uma fundamentação mais aprofundada sobre o tema.

Palavras-chave: intergeração; experiência; criança

(1) Pedagoga, mestre em gerontologia e doutoranda em educação pela UNICAMP, coordenadora pedagógica da prefeitura de Atibaia/SP, docente da Universidade São Francisco de Bragança Paulista/SP, vice-presidente do Conselho Municipal de Idosos de Atibaia/SP.
(2) Professora de educação física, mestre e doutora em educação pela PUC de São Paulo, coordenadora do Projeto de Atividades Físicas e Recreativas para a Terceira Idade da Universidade Federal de Uberlândia.