
A fixação do conceito de cinema como espetáculo no Brasil e sua relação com as vanguardas artísticas do início do século XX são abordadas nesta edição revista e ampliada do clássico de Ismail Xavier
O livro Sétima arte: um culto moderno – o idealismo estético e o cinema, de Ismail Xavier, um dos mais importantes teóricos e professores de crítica e história do cinema brasileiro, desenvolve uma visão analítica do cinema baseada em um amplo conhecimento histórico, social e cultural do Brasil. Esta edição, revista e ampliada, conta com uma nova introdução do autor, além de comentários atuais à luz da evolução do cinema e da crítica, que se somam à versão integral do estudo pioneiro publicado em 1978. Nele são abordadas a consolidação do cinema como forma de arte e de que forma a estética cinematográfica se transformou em uma linguagem artística fundamentalmente moderna.
Escrito a partir da dissertação de mestrado de Ismail, o livro analisa o período em que o cinema deixou de ser compreendido como mera diversão popular e alcançou o status de “sétima arte”, apresentando um debate que ultrapassa questões técnicas e abrange uma ampla visão da história e da cultura brasileiras, bem como da história do cinema mundial. Buscando desvendar a origem da expressão “sétima arte”, Ismail apresenta um panorama das vanguardas artísticas desde 1911, quando o italiano Ricciotto Canudo escreveu o Manifesto das Sete Artes.
O caminho percorrido pelo livro inclui comentário à estética de Ricciotto Canudo como um momento expressivo que pode ser associado à primeira grande forma da cinefilia, e passa também pelos “jovens rebeldes” da crítica francesa nas décadas de 1940 e 1950, que conduziram a definição de um autor cinematográfico por meio da forma original com que ele compunha as cenas e articulava as montagens. A pesquisa histórica e o debate avançam no contexto teórico da década de 1970, época em que a primeira edição do livro foi desenvolvida.
Como o próprio Ismail Xavier explica na “Nota do autor à segunda edição”, “o critério assumido nesta nova edição foi o de não alterar o texto, preservar na íntegra a exposição do meu pensamento na forma como se definiu. (…) Quando julguei necessário, acrescentei notas atuais, destacadas nas margens em vermelho, que trazem breves comentários e referências mais concentradas no campo da crítica francesa e da teoria do cinema, terrenos que meus trabalhos posteriores e minha atividade docente retrabalharam ao longo dos anos”.
Veja também:
:: trecho do livro
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