
Nesta biografia, Emmanuelle Loyer narra a história de um dos antropólogos mais influentes do seu tempo, um pensador que enxergava na diversidade cultural um dos maiores bens da humanidade
Acaba de chegar no Brasil a mais completa obra sobre o intelectual que revolucionou os estudos antropológicos e influenciou gerações de pesquisadores das ciências humanas. Na biografia Lévi-Strauss, a historiadora francesa Emmanuelle Loyer perpassa os 100 anos de vida do pensador belga, período que coincide com os grandes eventos ocorridos durante século XX até a virada para o século XXI.
A obra propõe um mergulho profundo na trajetória de Claude Lévi-Strauss (1908 – 2009). Para tanto, Emmanuelle baseou sua pesquisa em depoimentos, documentos reunidos no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, e também nas fichas do acervo pessoal do antropólogo. A partir dessas fontes, pôde concluir que “Lévi-Strauss foi um não conformista clássico, um anticonservador e, ao mesmo tempo, um moralista próximo de Montainge, reivindicando o seu distanciamento observador e colocando sobre a nossa época um olhar subversivo”.
A história de Lévi-Strauss passa ainda por uma experiência íntima com o desenvolvimento das ciências sociais no Brasil e da interpretação de culturas autóctones (povos e nações que mantiveram uma continuidade histórica distinta das sociedades colonialistas). Um dos momentos mais importantes de sua carreira, ainda nos anos 1930, foi marcado pelas expedições em busca de povos indígenas da Amazônia e também pela participação na criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, junto a outros intelectuais franceses e brasileiros, entre os quais sua esposa à época, Dina Dreyfus. Faz parte dessa história, ainda, a amizade estabelecida entre o casal e o escritor Mário de Andrade.
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