
Registro de uma intervenção artística coletiva que percorreu 17 cidades no mundo, livro de Fabiana de Barros reinterpreta e atualiza uma obra aberta à participação tanto de artistas quanto do público
Registro de uma intervenção artística coletiva que percorreu 17 cidades no mundo, o livro Aberto [Open]: Fiteiro cultural, de Fabiana de Barros, em edição revista e ampliada, reinterpreta e atualiza uma obra que, nas palavras da própria artista, “conta com a comunidade do local onde está instalada para poder existir”.
Fabiana de Barros formou-se em artes plásticas na Fundação Armando Alvares Penteado em São Paulo (FAAP), em 1983. Entre 1988 e 1991, fez pós-graduação em multimídia na École Supérieure d’Art Visuel de Genebra, Suíça, cidade onde mora atualmente. Desde 1989, dirige o arquivo fotográfico de Geraldo de Barros e organizou importantes exposições dedicadas ao artista no Ludwig Museum, na Alemanha, no Sesc Pompeia e Pinheiros, em São Paulo, no Musée de l’Elysée, na Suíça e no MoMA, em Nova York.
No ano de 1998, em João Pessoa, durante um intercâmbio artístico entre Suíça, Brasil e França, Fabiana de Barros criou o Fiteiro cultural, um projeto inspirado nos quiosques de comércio popular da capital paraibana – conhecidos como fiteiros -, reconfigurando sua vocação conforme era utilizado pela artista. Com o intuito de ser um espaço ideal, capaz de se transformar em ateliê, palco, espaço de exposições ou local propício para descanso, leitura e reflexão, o que originalmente havia sido pensado para ser um espaço individual de ateliê e leitura durante a residência artística, aos poucos se tornou uma obra aberta à participação, ocupação e interação: tanto de artistas quanto do público.
Um ano após a experiência na Paraíba, Fabiana de Barros foi convidada pela artista grega Maria Papadimitriou a levar o Fiteiro cultural para a periferia de Atenas, na Grécia, onde ela realizava um projeto com a população de ciganos. Desde então, o projeto percorreu cidades na Alemanha, Armênia, Cuba, Estados Unidos, França, Itália, Palestina, Portugal e Suíça, assumindo sua postura intervenção artística coletiva.
Em edição bilíngue (português/inglês), o livro apresenta um mapa da instalação do Fiteiro Cultural ao longo dos 18 anos de existência do projeto. Cada país contemplado conta com seu próprio capítulo, ricamente ilustrado com fotos, desenhos e imagens. Os diversos textos descritivos e reflexivos são assinados por 25 autores que participaram diretamente ou se encantaram com a obra sobre a qual discorrem, e há ainda uma entrevista com Fabiana de Barros realizada pelo jornalista e editor Alcino Leite Neto.
Veja também:
:: Trecho do livro
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