O curso foi pensado para pessoas idosas e apresenta o balé de um jeito acessível e agradável. Com uma metodologia adaptada, a prática começa com o foco no corpo, permitindo que cada um participe no seu ritmo e jeito, respeitando seus limites.

Mais do que ensinar passos, o curso valoriza a expressão pessoal e os benefícios físicos e emocionais da dança, como alongamento, postura, equilíbrio, atenção e bem-estar. O ambiente é acolhedor, e o objetivo é que cada pessoa possa se reconectar com o próprio corpo e encontrar novas formas de se movimentar, usando a dança como espaço de prazer, autonomia e expressão.

O curso que aconteceu de 10/6 até 8/7/2025. fez parte das ações do Dia Mundial de Prevenção de Quedas de Pessoas Idosas.

Na semana do dia 24 de junho, quando se celebra esse dia, o Sesc São Paulo oferece atividades gratuitas voltadas para informar e prevenir quedas em pessoas idosas. A ideia é reforçar a importância dos cuidados básicos e contínuos com a saúde.

O programa segue as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a década do envelhecimento saudável (2021–2030). Faz parte do Trabalho Social com Pessoas Idosas do Sesc São Paulo, que há mais de 60 anos atua para valorizar o envelhecimento e a participação ativa das pessoas idosas na sociedade, enfrentando preconceitos e estereótipos.

Quedas em Pessoas Idosas

De acordo com o IBGE (2023), 15,6% da população brasileira tem 60 anos ou mais. Segundo o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos, 25% das pessoas idosas que vivem em áreas urbanas já sofreram quedas.

Essas quedas podem causar fraturas, machucados, internações e até cirurgias. Isso pode levar a mais dependência, necessidade de cuidados em instituições e até à morte é a terceira maior causa de morte em pessoas com mais de 65 anos no Brasil.

Além das consequências físicas, o medo de cair pode causar ansiedade, depressão e insegurança. A pessoa idosa pode parar de fazer certas atividades por medo de cair, o que afeta sua mobilidade e a deixa mais vulnerável. Ansiedade e tensão no corpo também atrapalham o equilíbrio.

O excesso de medo de cair pode levar à perda de autonomia, redução da força, menos convívio social e piora na qualidade de vida.

Por isso, é essencial incentivar um envelhecimento ativo e saudável, em que a pessoa idosa participe com segurança da vida em comunidade e preserve ao máximo sua autonomia, funcionalidade e independência.

Suzana Bayona

Educadora do movimento, bailarina e psicóloga. Graduada em dança, em psicologia e mestre em artes da cena. Possui formação em balé clássico, dança moderna e contemporânea. Sua atuação profissional se caracteriza por aliar a movimento, educação somática e o cuidado de si. Já foi docente da graduação de dança da Universidade Anhembi Morumbi. Atualmente é instrutora do método GYROTONIC® e GYROKINESIS®, diretora-geral do Espaço CorporeSer, voltado para maturidade e autora da metodologia Sempre é tempo – balé e longevidade.