Apresentado pelo Sesc Pompeia, Contorno da Canção: Violão Popular propõe uma escuta atenta ao violão como instrumento fundamental na criação das harmonias e ritmos que estruturam a canção brasileira. Por meio de encontros musicais, a série de encontros inéditos evidencia a diversidade de estilos e técnicas desenvolvidos em torno do instrumento ao longo das décadas, e sua centralidade na música popular brasileira.
Walmir Borges abre a programação com um animado baile de samba-rock, celebrando a obra de Jorge Ben Jor, um dos artistas que transformaram a estética do violão ao criar uma linguagem dançante para o samba. Para essa festa, convida Rappin’ Hood – rapper, compositor e ativista de destaque no cenário nacional – e Fernanda Abreu, referência pioneira da música pop dançante no Brasil desde os anos 1990.
O segundo show na Comedoria traz Paulão 7 Cordas, um dos mais importantes violonistas do samba brasileiro, com trajetória marcada por parcerias com Zeca Pagodinho, João Nogueira e Cristina Buarque. Ele convida Áurea Martins, cantora consagrada desde os anos 1970 e vencedora do Prêmio da Música Brasileira, e Teresa Cristina, voz fundamental do samba contemporâneo, conhecida por sua atuação na revitalização musical da Lapa e pelas lives que emocionaram o público durante a pandemia.
Encerrando as apresentações na Comedoria, Chico César interpreta na íntegra o disco Aos vivos, que completa 30 anos em 2025. Lançado em 1995, o álbum – apenas voz e violão – apresentou ao Brasil a poesia crítica, o lirismo e a força melódica do compositor paraibano, cuja obra já foi gravada por nomes como Maria Bethânia, Elba Ramalho e Daniela Mercury.
No teatro, o projeto promove encontros inéditos. O primeiro deles junta Jards Macalé – cantor e compositor carioca que mescla MPB, rock e música experimental desde os anos 1970 – e Kiko Dinucci, artista paulistano conhecido por seu violão percussivo e pela atuação em projetos como Metá Metá e Passo Torto. Juntos, propõem um diálogo entre dois estilos singulares de criação musical.
O projeto segue com o encontro entre Josyara e Roberto Mendes, músicos que partem do samba chula baiano para construir suas trajetórias. Josyara, cantora, compositora e violonista baiana, vem se destacando por sua sonoridade híbrida e poética; Roberto Mendes, compositor e pesquisador de Santo Amaro (BA), é autor de obras gravadas por Gal Costa, Maria Bethânia e Zezé Motta, e referência na valorização do samba de roda.
Na sequência, Nilze Carvalho apresenta seu show “Eu e Meu Violão”, trazendo como participação especial a artista Joyce Moreno. Neste show, apresentam um repertório que bebe do violão carioca e da música brasileira de tradição. Nilze, artista prodígio que começou no choro aos 11 anos. Além de cantora e instrumentista, Nilze é compositora e bacharel em música pela UNI-RIO, compositora e foi apresentadora do programa Cena Musical, pela TV Brasil. Nilze já cantou e tocou ao lado de grandes nomes da música popular brasileira e internacional, como Dona Ivone Lara, Nei Lopes, Zeca Pagodinho, Wilson Moreira, Moacyr Luz, Zélia Duncan, Jair Rodrigues, Zé da Velha e Silvério Pontes, Mart’nália, Olívia Hime, Cristina Buarque, Monarco, Nelson Sargento, Áurea Martins, Roberto Silva, Elton Medeiros, Hermínio Bello de Carvalho, Dudu Nobre, Fátima Guedes, Zé Menezes, Roberta Sá, Teresa Cristina, Sadao Watanabe, Stefano Bollani, Nicolas Krassik, Hamilton de Holanda entre outros.
Encerrando o projeto, João Camarero, violonista de destaque da música instrumental brasileira, junta-se à cantora e compositora Assucena para interpretar o álbum À Flor da Pele, lançado em 1991 por Ney Matogrosso e Raphael Rabello. Camarero, integrante do Época de Ouro e do Regional Imperial, homenageia Rabello, mestre do violão de sete cordas, ao lado de Assucena, artista que iniciou carreira no grupo As Baías e que, desde 2023, vem construindo trajetória solo com forte identidade autoral.
28 e 29/5, às 21h – Comedoria
Com participações de Rappin’ Hood (28/5) e Fernanda Abreu (29/5)
No show Na Simpatia do Ben, Walmir Borges – um dos grandes nomes do samba-rock em São Paulo – apresenta um animado baile com sucessos do repertório de Jorge Ben Jor. Para completar a festa, convida os cantores Rappin’ Hood e Fernanda Abreu.
Walmir Borges
Cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista com mais de 30 anos de carreira, tem quatro discos lançados e já colaborou com nomes como Paula Lima, Seu Jorge, Almir Guineto e Jair Oliveira. Atualmente, assina a direção musical da turnê Soweto 30 anos, além de outros projetos como o Belo in Concert.
Rappin’ Hood
Rapper, compositor e ativista, lançou seu primeiro álbum solo, Sujeito Homem, em 2001, com participações de KL Jay, Xis e Black Alien. Suas faixas se tornaram emblemáticas no rap nacional e foram destaque na MTV.
Fernanda Abreu
Cantora, compositora e bailarina, é pioneira da música pop dançante no Brasil. Desde os anos 1990, mistura coreografias, samplers e elementos eletrônicos, consolidando um estilo próprio e inovador.
30 e 31/5, às 21h – Comedoria
O violonista Paulão 7 Cordas recebe Áurea Martins e Teresa Cristina para um show que celebra o samba e a música brasileira por meio das canções que marcaram sua trajetória.
Paulão 7 Cordas
Violonista, arranjador e diretor musical, iniciou a carreira com Nelson Cavaquinho e acompanhou nomes como Zeca Pagodinho, João Nogueira e Cristina Buarque. Atuou com o violão de seis e sete cordas, deixando sua marca em shows e gravações emblemáticas da MPB.Áurea Martins
Cantora carioca premiada, venceu o concurso A Grande Chance em 1969 e lançou o disco O amor em paz em 1972. Voltou à cena com força com Até sangrar (2008), e em 2022 gravou Senhoras das folhas, com direção musical de Lui Coimbra.
Teresa Cristina
Cantora e compositora, tornou-se uma das principais representantes do samba contemporâneo a partir de suas apresentações no Bar Semente. Lançou nove discos, comandou lives durante a pandemia e foi reconhecida como “Artista do Ano” pela APCA em 2020.
29 e 30/5, às 20h – Teatro
Encontro entre dois estilos marcantes de tocar violão: o som torto e inventivo de Jards Macalé e a pulsação percussiva de Kiko Dinucci se unem em um diálogo musical potente.
Jards Macalé
Cantor, compositor e instrumentista carioca, foi destaque nos anos 1970 ao mesclar MPB, rock e experimentalismo. É autor de clássicos como “Vapor barato” e colaborador de nomes como Capinam, Waly Salomão, Glauber Rocha e Itamar Assumpção.
Kiko Dinucci
Cantor, compositor e violonista paulistano, Dinucci fundou os grupos Metá Metá e Passo Torto. Transita entre o samba, o punk e o experimental, sendo uma das vozes mais criativas da música atual.
31/5 e 1/6 – Sábado, às 20h; domingo, às 18h – Teatro
Um encontro marcado pelo violão do samba chula, Josyara e Roberto Mendes apresentam a sonoridade baiana das cordas pinçadas e melodias circulares.
Josyara
Cantora, compositora e violonista baiana, lançou os discos Mansa Fúria (2018), Estreite (2020) e ÀdeusdarÁ (2022). Em 2025, apresentou seu mais novo álbum, Avia.
Roberto Mendes
Compositor e pesquisador de Santo Amaro (BA), teve músicas gravadas por Maria Bethânia, Gal Costa e Zezé Motta. Parceiro frequente de Jorge Portugal e Ana Basbaum, é referência na preservação do samba de roda baiano.
5, 6 e 7/6, às 21h – Comedoria
Trinta anos após o lançamento de Aos Vivos, Chico César revive na íntegra o disco que o revelou nacionalmente, com canções apresentadas apenas com voz e violão.
Chico César
Compositor paraibano, mistura crítica social, lirismo e humor em composições influenciadas pelo folclore nordestino. Suas músicas foram gravadas por artistas como Elba Ramalho, Maria Bethânia e Pedro Aznar.
Show Eu e Meu Violão, com participação de Joyce Moreno
5 e 6/6, às 20h – Teatro
Duas grandes representantes do violão e da música carioca, Nilze Carvalho e Joyce Moreno homenageiam Rosinha de Valença e apresentam repertórios que dialogam com o samba e a MPB.
Nilze Carvalho
Cantora e instrumentista prodígio, iniciou a carreira aos 11 anos com Choro de Menina. Viveu no exterior e, nos anos 2000, formou o grupo Sururu na Roda, consolidando sua presença na música brasileira.
Joyce Moreno
Compositora e violonista autodidata, Joyce é uma das grandes damas da MPB. Influenciada pela bossa nova, criou um estilo próprio, elogiado por sua precisão melódica e presença marcante na cena nacional e internacional.
7 e 8/6 – Sábado, às 20h; domingo, às 18h – Teatro
Inspirados no álbum À Flor da Pele (1991), João Camarero e Assucena retomam a formação original de voz e violão em homenagem à obra de Ney Matogrosso e Raphael Rabello.
João Camarero
Violonista reconhecido na música instrumental brasileira, já atuou com Altamiro Carrilho, Maria Bethânia e Yamandu Costa. Integra os grupos Época de Ouro e Regional Imperial.
Assucena
Cantora e compositora, iniciou a carreira com o grupo As Baías. Em 2023, lançou seu primeiro álbum solo, Lusco-Fusco, e vem se destacando por suas interpretações potentes e autorais.
Utilizamos cookies essenciais para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando você concorda com estas condições, detalhadas na nossa Política de Cookies de acordo com a nossa Política de Privacidade.