
Uma vez por ano milhares de pessoas em toda a América Latina se encontram em um mesmo propósito: colocar o corpo em movimento. Pode ser uma caminhada, uma aula de dança, uma partida de vôlei ou um torneio de peteca. O que importa é participar. Essa é a essência do Dia do Desafio, campanha internacional de promoção à atividade física que, há 30 anos, mobiliza comunidades em prol do bem-estar e da saúde.
Conforme nos contou Mário Augusto Silveira, assistente técnico da Gerência de Desenvolvimento Físico Esportivo do Sesc São Paulo, a força do projeto está na mobilização: “é uma atividade de um dia que mobiliza muita gente e que reverbera o quanto a gente acredita na atividade física como um potencial para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”.
A campanha teve início em 1983, no Canadá, quando um prefeito propôs à população que enfrentasse o frio com uma caminhada coletiva. A ideia simples se espalhou e se transformou num movimento continental. No Brasil, é coordenada pelo Sesc, que vem promovendo ações gratuitas, abertas e acessíveis, envolvendo prefeituras, escolas, centros culturais e as unidades da instituição. Mas, segundo Mário, o foco não está só no evento em si, e sim no que ele pode gerar: a criação de vínculos, o estímulo a novos hábitos e o uso mais significativo dos espaços públicos.
E é exatamente nos territórios que algumas das experiências mais potentes têm acontecido. Um dos exemplos citados por Mário foi a intervenção na Praça do Quadrado, em Itaquera (zona leste de São Paulo), que passou por um processo de revitalização com apoio do Sesc, da subprefeitura e da comunidade local. A partir do conceito de urbanismo tático, foi repensado o espaço e torná-lo mais acolhedor. “A comunidade começou a fazer parte desse movimento e hoje a praça está mais bonita porque ela está mais acessível para as pessoas.”, contou.
Ao longo dos anos, o Dia do Desafio também passou por transformações. Na primeira edição da campanha, por exemplo, houve a mobilização de seis mil pessoas unidas para atracar um imenso barco no porto de Santos. Em outros anos um modelo competitivo entre cidades, com sorteios que definiam os “adversários” por porte populacional, versões online durante a pandemia. Hoje, a proposta é que cada cidade se compare consigo mesma e buscar sua própria evolução.

O movimento, como lembra Mário, é também uma forma de resistência: “As tecnologias cada vez mais nos tiram a necessidade do movimento. Então, ações como essa são ações de resistência. Olhar para o movimento corporal, olhar para essa integração entre as pessoas, é algo que a gente precisa reforçar.”
A próxima edição do Dia do Desafio acontece em 28 de maio, com mais de 300 atividades gratuitas promovidas pelas unidades do Sesc em todo o Brasil, das 6h da manhã até a noite. Conheça a programação completa em www.sescsp.org.br/diadodesafio.
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