
A partir do ponto de vista filosófico, Francis Wolff procura definir o mais contraditório e universal dos sentimentos: o amor
Vencedor do importante prêmio literário francês Bristol des Lumières logo após seu lançamento, em 2016, Não existe amor perfeito, de Francis Wolff, trata do amor sob o olhar da filosofia, numa tentativa de compreender esse sentimento tão universal e ao mesmo tempo tão instável, complexo e heterogêneo.
Ao questionar-se sobre o intrínseco caráter indefinível do amor, Wolff aponta que um caminho inicial para explicá-lo é sua segmentação em três componentes: amizade, desejo e paixão, que, por sua vez, geram classificações como o amor amical, o amor desejante e o amor passional. O triângulo gerado por essas classificações se desdobra em amores como o amor ciumento, o amor do apaixonado e o amor maternal.
Porém, por mais que inicialmente o autor qualifique o amor como um sentimento que une “o desejo de fazer o bem ao amado e a alegria experimentada em sua presença”, ele termina por aceitar que nenhuma definição exata, sem exceções ou contaminações, é capaz de abranger a totalidade de variáveis em torno desse sentimento tão inconstante quanto arrebatador.
Francis Wolff é professor de filosofia na École Normale Supérieure, em Paris. É autor de artigos e livros dedicados à filosofia antiga, à filosofia da linguagem e à metafísica contemporânea. Pelas Edições Sesc publicou ensaios em vários livros da coleção “Mutações”, como A condição humana, A experiência do pensamento, Elogio à preguiça, O futuro não é mais o que era, O silêncio e a prosa do mundo e O novo espírito utópico.
Veja também:
:: Vídeo
:: Trecho do livro
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