Editorial

Mistura fina

É sempre um desafio pensar em uma programação que seja interessante para o público frequentador do Sesc. Seus técnicos são estimulados a programar atividades que contenham abordagens transversais, como por exemplo, um teatro, que fale sobre os direitos humanos ou show que una diferentes gêneros musicais. Em resumo, programem atividades que contribuam para o enriquecimento intelectual e cognitivo das pessoas, educando-as para uma compreensão crítica do mundo. Misturas finas, que consigam entreter, divertir e ensinar a todos sobre a diversidade da vida.

Em maio, tem show do Diego Estevam quarteto, um cara que está fazendo jazz na periferia de São Paulo; da Nina Neder y los Peregrinos, cantora piracicabana entoando seus boleros preferidos, e do Blues Etílicos, trazendo o gênero musical americano com um sotaque bem brasileiro, através da gaita de Flávio Guimarães.

O projeto Mulheres em Cena apresenta a peça Pequeno Manual Antirracista, monólogo com Luana Xavier, baseado no livro de Djamila Ribeiro sobre uma professora de ensino médio, que vê sua aula interrompida quando um protesto misterioso irrompe à frente da escola. A exposição KARINGANA – Presenças Negras no Livro para as Infâncias, com abertura marcada para o dia 29, potencializa a celebração das culturas afro-brasileiras e da diversidade na infância, com a promoção de reflexões sobre negritude, ancestralidade, pertencimento e antirracismo. A Cia Cisne Negro dança as canções de um dos maiores ícones da música mundial, David Bowie, artista eclético, inovador, inquieto, muito à frente de seu tempo e o Cineclube apresenta o filme O Camaleão, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Sundance de 1990. 

As misturas continuam com a oficina Doces Brasileiros – Tradição na confeitaria com Talita Próspero, que pretende ensinar duas delícias da confeitaria nacional, o quindim e o pé de moça, e com a vivência Os Escolhidos, voltada para a terceira idade, com grupo reconhecido pela ACNUR (Auto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), composto por jovens imigrantes congoleses e angolanas, que cantam diferentes gêneros musicais de seu país de origem, como Rumba Congolesa, Acapela e Zouk, em dialetos africanos. 

Para as crianças, tem o Ateliê Arte para crianças: Sombras, carimbos e impressões, a Praça do lazer para famílias, que integra a programação da Semana Mundial do Brincar e a peça O Pequerrucho Príncipe, com o Grupo Lugar de Ser Qualquer. Para os jovens, a programação do Sesc prevê encontros sobre o clima, que potencializam o protagonismo juvenil nos processos de pensar e agir sobre o território, e para todos se misturarem, praticando por 15 minutos uma atividade física, tem o Dia do Desafio, na última quarta-feira do mês. Em maio, misture-se no Sesc.