13/08/2023
Uma geração que já nasceu conectada, a juventude tem um olhar próprio para a tecnologia e a cultura.👁️🤳🎯
E a galera do programa Juventudes do Sesc Ribeirão Preto cola na Feira Internacional do Livro para compartilhar olhares, reflexões e perspectivas para temas como diversidade, gênero e raça. 📚💙🗣️🧠
Mais do que uma cobertura da Feira, essa galera chega junto com uma visão crítica, consciente e, acima de tudo, jovem! 😎
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Deixe-me Desenhar Sua História
Monalisa Machado, idealizadora do projeto “Cartomante Literária”, conversou com a equipe JUVTDS sobre a idealização do projeto. Monalisa relata que sua ideia surgiu no início da pandemia, um período desafiador para todos, especialmente para os artistas. Como atriz e amante da literatura, ela enxergou na “Cartomante Literária” uma maneira de unir suas paixões. No projeto, Monalisa oferece “consultas literárias” onde cada carta do baralho representa uma figura feminina da literatura brasileira, africana ou latina. Através deste projeto, ela busca incentivar a leitura ao apresentar e discutir personagens e histórias literárias.
A Feira do Livro de Ribeirão foi o palco de estreia deste projeto, um local que Monalisa tem grande carinho, pois acompanha desde suas primeiras edições. Ela destaca a importância de tal iniciativa em um evento literário e reitera que, apesar do nome “cartomante”, seu foco não é adivinhação, mas sim a promoção da literatura. Ela vê grande potencial no projeto, especialmente na forma como pode impactar a juventude, oferecendo a eles novas perspectivas e ampliando seus horizontes.
Monalisa compartilhou também suas experiências com livros durante sua infância, destacando a influência de seu pai, um leitor voraz, e sua mãe, que a introduziu ao mundo das artes. A conversa se aprofunda sobre os desafios de encontrar tempo para leitura e o prazer de descobrir novos livros através de recomendações. Ao final, a equipe agradece a Monalisa pela entrevista, destacando a riqueza e profundidade do projeto “Cartomante Literária”.
Mediações de Leituras Imersivas
A concepção tradicional de que uma biblioteca é apenas um espaço de silêncio e prateleiras cheias de livros foi desafiada durante um evento no dia 12/08 na biblioteca do Sesc. A colaboração com o Fiat Lux Studio Criativo apresentou ao público uma viagem inovadora pelo metaverso da mitologia.
Com uma abordagem dinâmica e sensorial, o evento narrou histórias inspiradas em lendas renomadas, tanto brasileiras quanto internacionais. Referências icônicas, como a sereia Iara, Oxum, Iemanjá, Poseidon, Ogum e Afrodite, emergiram em meio a efeitos visuais impressionantes. Mais do que apenas um espetáculo visual, a contação de histórias proporcionou uma mensagem profunda: a importância de não ser extremista em nossas vivências e evitar agir por impulsos emocionais.
Ainda que o evento tenha sido desenhado com um olhar voltado ao público infantil, as reflexões propostas são relevantes para todas as idades. Para aqueles que perderam a apresentação, uma nova chance surge: no dia 13/08/2023, haverá uma nova sessão. Uma oportunidade imperdível de se perder e se encontrar em meio a uma aventura aquática mitológica.
Em entrevista para o JUVENTUDES os organizadores envolvidos na Batalha da Arte lançaram luz sobre a origem do projeto, sua missão e impacto na sociedade contemporânea. Os desafios enfrentados pelas mulheres e pela comunidade negra também são abordados na entrevista.
Segundo organizadores, a ideia da “Batalha da Arte” nasceu do desejo de conhecer o outro, de promover a conexão humana e de motivar a movimentação na sociedade. “O hip hop é nossa forma de existência”, diz um dos entrevistados, destacando a intensidade e paixão que alimenta o projeto.
A “Batalha da Arte” visa quebrar os preconceitos e normas convencionais, permitindo que mulheres e outros grupos marginalizados encontrem sua voz e espaço. “Mulher não tem que entrar na área convencional dos homens, mas sim quebrar esse preconceito”, destaca um dos oradores. A Batalha é sobre ocupação, afirmação e transformação. Ela é uma resposta à necessidade da comunidade de se expressar, de afirmar sua identidade e de fazer a diferença no mundo através da arte.
O Centro Cultural Palace exibe na FIL o resultado de uma oficina de capoeira voltada para a comunidade LGBTQIAP+ e simpatizantes. Uma expressão da rica cultura afro-descendente, as aulas têm como objetivo mostrar os benefícios de se integrar a esta arte marcial que carrega em si toda uma tradição de resistência e luta.
Francismaria, coordenadora do Centro Cultural Palace, nos conta mais sobre a iniciativa: “Vocês estão acompanhando agora uma aula de capoeira, essa aula é uma capoeira aberta à comunidade LGBTQIAP+ e simpatizantes. Essa capoeira está fazendo parte da programação da Feira, mas é uma programação permanente do Centro Cultural, ela acontece todos os sábados às dez horas da manhã.”
Realizadas sempre aos sábados, das 10h às 11h30, as aulas gratuitas oferecem uma rica oportunidade de integração social entre seus praticantes. A história da capoeira, que nasceu no contexto da exploração escravocrata, a torna um símbolo de resistência social, moral e ética. A prática não apenas estimula o corpo, mas também aguça a curiosidade sobre a história afro-brasileira.
Além de ser uma luta, a capoeira oferece uma melhoria na qualidade de vida tanto no campo esportivo quanto intelectual. Através de suas várias dimensões, os alunos são incentivados a desenvolver um pensamento ético e moral, refletindo sobre conteúdos relacionados à vida e contribuindo para sua formação integral como cidadãos.
Ao ser questionada sobre a edição atual da Feira Internacional do Livro, Fran expressa otimismo: “Olha, está bem interessante, tá bem bacana. Inclusive, acredito que veio com essa pulsão nova, pós-pandemia. Tá todo mundo querendo fazer uma atividade interessante e bacana.”
Na vastidão de experiências e eventos presentes na Feira Internacional de Livros (FIL), um projeto peculiar chamou atenção: “Deixe-me Desenhar Sua História”. Criado pelo grupo Badaya Artes, esta intervenção artística possui uma abordagem única: capturar as histórias faladas dos participantes e traduzi-las em desenhos marcantes. O cenário deste projeto foi a vibrante tenda do SESC, um espaço conhecido por sua constante promoção de atividades culturais.
Neste dia específico, o projeto deu um passo além, ressaltando o poder inclusivo da arte. O espaço recebeu a visita de um participante surdo. Para garantir a comunicação plena e a participação ativa deste convidado, foi introduzido um intérprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Esse momento foi mais do que uma simples troca artística; representou a confluência de culturas, de experiências e, principalmente, a reafirmação da importância da inclusão.
Destaque da programação 22ª Feira Internacional do Livro, Gilsons, o trio musical formado por fenômenos da MPB, José, João e Francisco Gil, todos parentes da lenda da música popular brasileira, Gilberto Gil. O Sesc, em parceria com a Fundação do Livro e Leitura, presenteou o público com um show lotado no Theatro Pedro II, e ainda, os que não garantiram seu ingresso, tiveram a oportunidade de ver o show em um telão localizado na esplanada do Theatro.
Nossa equipe conseguiu uma entrevista com o trio que segue logo abaixo.
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O JUVTDS na FIL conversou com Mari, uma representante do projeto de arquitetura da faculdade Unaerp.
Mari descreveu o projeto como uma colaboração entre todos os alunos de arquitetura da Unaerp. O foco é destacar os pontos positivos da arquitetura da cidade, enquanto a parte contrária do mural evidencia áreas que necessitam de melhorias. Mais do que um simples display, a iniciativa incorpora um aspecto interativo, onde os visitantes podem deixar frases inspiradoras, palavras de esperança para a cidade e sugestões de melhorias.
Questionada sobre a relevância de tais projetos na Feira do Livro, Mari foi enfática ao expressar que a intenção é desmistificar a arquitetura e torná-la acessível para todos. Com a feira tendo um caráter internacional, o projeto busca educar e informar visitantes de diferentes origens sobre a cidade.
Mari disse que acredita que o envolvimento dos jovens é crucial, já que são eles que moldam o futuro da cidade, ao verem que a arquitetura não é um “bicho de sete cabeças”, eles podem se sentirem inspirados a pensar soluções para os desafios urbanos.
FILIPE CATTO
“Catto celebrou a obra de Gal Costa em apresentação no Theatro Pedro II”
Foi uma noite de homenagens no Theatro Pedro II! O palco da Sala Principal foi tomado pelas canções que marcaram a carreira da inesquecível Gal Costa (1945-2022). Intitulado “Catto canta Gal: Belezas são coisas acesas por dentro”, o show foi fruto da parceria entre Filipe Catto, Ismael Caneppele e Cris Lisbôa, que assinaram o roteiro.
RACISMOS EM PAUTA
A Central Única das Favelas (Cufa) promoveu na feira uma profunda roda de conversa intitulada “Racismo em Pauta”. O evento contou com a participação de Adria Maria, Bezerra Ferreira, Everton Luiz, Patrícia Cardoso e Sílvia Diogo, que discutiram as diversas faces do racismo e seus impactos diretos na vida da população preta. Esta importante discussão teve início às 18h no Espaço Favela da Cufa, localizado no coreto da Praça XV.
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