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Editorial

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O Idoso e a Ecologia

A preservação ambiental é um tema que nas últimas décadas tem assumido contornos de uma verdadeira luta pela sobrevivência humana e de muitas espécies da fauna e da flora da Terra. Em diversas partes do mundo, conferências e encontros discutem a urgência das nações em adotar estratégias para a redução da emissão de poluentes atmosféricos e controle das condições climáticas e ambientais do planeta. Por outro lado e infelizmente, também aguardamos, em compasso de espera, a decisão da ratificação do Tratado de Kyoto, por parte daqueles países que negam transformar a racionalidade e conveniência econômica em nome do futuro.

Afortunadamente, a consciência ecológica vem se multiplican do entre comunidades, classes sociais e gerações em todas as partes do mundo. Nesse sentido, os jovens formam um segmento social importante na defesa do meio ambiente, muitos deles militando em ONGs voltadas para essa questão.

Mas os idosos, podem e devem exercer um decisivo papel conscientizador, testemunhas que são de uma época em que os níveis de poluentes no solo, nas águas e na atmosfera eram bem inferiores aos atuais. Os velhos paulistanos podem, por exemplo, entre outras histórias, nos contar como era nadar e navegar pelo rio Tietê, algo inimaginável quando hoje o vemos como um esgoto a céu aberto.Assim agindo a Terceira Idade desempenha uma preciosa função social: a de agente de preservação da memória social na área da ecologia. Ao trazer para o presente uma realidade ambiental limpa e, portanto, saudável, os idosos lançam a todos nós o desafio premente de frear o quanto antes o processo de degradação da natureza que, estarrecidos, temos assistido.

Essa problemática é abordada nesta edição pelo artigo de Elói Martins Senhoras, professor da Unicamp, ao refletir sobre o papel do idoso na defesa do meio ambiente. Ainda nesta edição temos outras importantes contribuições, como o incentivo a atividades produtivas na Terceira Idade, no estudo de Ofélia Gomes Machado e Francisco Pereira Fialho. A importância da atividade física para a elevação da qualidade de vida dos idosos é tematizada por Frances Geralda Rosa, Magali Geraldo e Melina Bueno Gomes de Ávila. A situação do idoso asilado na visão de seus próprios familiares é estudada por Lílian Alves Martins. Nossa entrevistada é a atriz Cleyde Yaconis, ícone do teatro brasileiro.

Com esta revista, o SESC SP prossegue divulgando pesquisas e reflexões acerca do envelhecimento e da qualidade de vida dos idosos e aposentados brasileiros. Buscamos assim colaborar para o de senvolvimento profissional daqueles que atendem a esse público e, é claro, para a inclusão social dos cidadãos da Terceira Idade.

Danilo Santos de Miranda - Diretor Regional do Sesc São Paulo