Territórios em comum
O que nos une e o que nos separa? A cultura e as distâncias territoriais sempre atuaram na percepção sobre o que está perto e o que está longe, ainda mais agora, quando as novas tecnologias tratam de aspirar tudo para dentro da tela. Mas será que as relações humanas podem ser enquadradas? Percebendo o valor dos novos meios de comunicação, mas ao mesmo tempo, apostando que nada substitui o encontro entre as pessoas, o Sesc em junho propõe um reconhecimento do território com o objetivo de encurtar distâncias a aproximar culturas.
Em uma ação em rede, o projeto Território do Comum traz ação que fortalece a existência da Vila África. Em diálogo por uma “Cidade que queremos”, realiza a Rota Vila África, percurso que resgata a memória e o legado africano em Piracicaba, além de sarau, vivência de grafite, feira preta e encontro para falar do conhecimento ancestral de anciãs da Vila África sobre as plantas, que curam, encantam e alimentam. Outro roteiro gratuito que abre inscrições em junho, ilumina os passos de Manuel Rodrigues Lourenço e Olegário José Godoy, ou melhor, Mandy & Sorocabinha, considerada uma das primeiras duplas caipiras do Brasil, integrante da Turma do Cornélio Pires, responsável pelo lançamento do primeiro disco do gênero no país, em 1929.
A banda brasileira de rock psicodélico, Boogarins, formada no ano de 2012, em Goiânia, que já se apresentou no Rock in Rio Lisboa, Coachella Festival e Lollapalooza, traz para Piracicaba seu quinto álbum, “Bacuri”, trabalho que marca um retorno às raízes criativas; a atriz, Christiane Tricerri e o Teatro do Ornitorrinco, encena a peça Frida Kahlo – Viva La Vida, sobre um jantar oferecido para vivos e mortos, onde relembra as personalidades que passaram por sua vida, como Diego Rivera, Trotsky, Rockfeller e André Breton. O ator Antonio Pitanga realiza leitura dramática, que propõe reflexões sobre os aspectos do envelhecimento da população negra no Brasil e a palhaça Mafalda Mafalda, dentro do projeto Mulheres em Cena, conta sua história, uma artista de cabaré banida pelo seu público após uma apresentação malsucedida.
A Sala Sesc de Cinema trata de aproximar a cultura americana, com a exibição de Stop Making Sense, filme concerto aclamado pela crítica, que captura a energia visceral da banda americana Talking Heads; mas também a cultura iraniana, com A semente do fruto sagrado, que conta a história de um recém-promovido juiz de instrução, Iman, que se vê pressionado, quando sua arma some e ele é tomado por uma paranoia, desconfiando até mesmo da família. O filme ganhou o Prêmio Especial do Júri em Cannes.
A exposição Karingana – Presenças Negras no Livro para as Infâncias segue oferecendo ao público uma imersão no universo lúdico infantil, celebrando as culturas afro-brasileiras e da diversidade na infância, e o curso Introdução à pintura aquarela introduz você em 4 técnicas diferentes. Em junho, aproxime-se do Sesc.
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