Arte, liberdade e movimento: a história de Amir Haddad

25/11/2025

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As Edições Sesc São Paulo apresentam Amir Haddad: a utopia representada, biografia escrita por Thiago Sogayar Bechara que revisita a trajetória de um dos diretores fundamentais do teatro brasileiro. A partir de entrevistas, pesquisas e documentos inéditos, o livro recompõe a voz e a experiência de Amir em primeira pessoa, aproximando o leitor de sua maneira singular de pensar a arte e de construir, ao longo de décadas, uma obra que atravessa palcos, ruas e gerações.

Resultado de entrevistas, pesquisas em periódicos, documentos inéditos e encontros prolongados entre autor e biografado, o livro reúne também depoimentos de artistas como Ney Matogrosso, Renata Sorrah, Andréa Beltrão e Clarice Niskier, além de um prefácio de Fernanda Montenegro. A organização em atos acompanha, de forma cronológica, desde a infância em Guaxupé, sul de Minas, as memórias de sua infância e juventude ao lado de sua numerosa família de origem síria, o primeiro contato com o teatro, até a vinda para São Paulo e sua participação na formação no Teatro Oficina, ao lado de José Celso Martinez, além de suas vivências como professor, diretor, ator e fundador do Grupo Tá na Rua no Rio de Janeiro — coletivo que, há mais de quatro décadas, leva o teatro para os espaços públicos como gesto de liberdade, pesquisa e democratização cultural.

Entre vida pessoal e obra, emerge um artista que fez do palco — e da rua — uma plataforma de experimentação estética e cidadã. Para Amir, a “utopia” que dá título à obra é como um farol: não precisa ser alcançada, mas orienta os movimentos de transformação. Sua prática cênica, marcada pela horizontalidade e pelo encontro direto com o público, traduz essa busca contínua por formas de convivência e expressão mais livres.

Ao reconstruir essa trajetória, Thiago Bechara oferece um panorama abrangente e sensível da contribuição de Amir Haddad para o teatro contemporâneo, sem perder de vista a inquietação e a vitalidade que sempre moveram o diretor.

Amir Haddad: a utopia representada é, ao mesmo tempo, documento e celebração — um convite para revisitar a história de um criador que continua a desafiar limites, reinventar formas e afirmar o teatro como lugar essencial de encontro e imaginação coletiva.

Veja também: 

:: trecho do livro 

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