Quando a acessibilidade se funde com a linguagem artística

03/12/2021

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Peça Operetinha do Sapato Falador com Cia D’alma, no Sesc Pinheiros, em 2017, com interprete de Libras à esquerda da imagem – Foto: Lúcio Érico 

Uma das formas de se trabalhar a acessibilidade em peças teatrais é mais evidente pela presença da(o) intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) em algum canto do palco, realizando a interpretação das falas dos atores, por exemplo. 
 
Entretanto, nos últimos anos, a acessibilidade na arte tem apresentando novas perspectivas, com o protagonismo da pessoa com deficiência, e a incorporação dos recursos assistivos como uma forma de expressão artística, e não apenas como uma ferramenta de mediação. Segundo Ligia Zamaro, assistente no Sesc São Paulo para acessibilidade, “a criação poética na deficiência comporta novos repertórios expressivos. São corpos que trazem outras lógicas, a partir da variação de códigos, temporalidades e modos de deslocamento. Trata-se de um campo de pesquisa amplo e muito pertinente à inovação nas linguagens artísticas, com novos referenciais estéticos “. 
 

FEIO com Coletivo Grão, no Sesc Jundiaí, que apresenta peças que utilizam diversas formasde acessibilidade como componentes artiticos. Essa peça recebeu, em 2016, o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na categoria melhor espetáculo de inclusão e acessibilidade  – Foto: Lúcio Érico

FEIO com Coletivo Grão, no Sesc Jundiaí, que apresenta peças que utilizam diversas formasde acessibilidade como componentes artiticos. Essa peça recebeu, em 2016, o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na categoria melhor espetáculo de inclusão e acessibilidade  – Foto: Lúcio Érico


Para falar sobre o assunto, entrevistamos Thereza Piffer, atriz e diretora do Grupo Sensus, que, por meio do espetáculo Alice no Escuro, reinterpreta a obra Alice no País das Maravilhas, utilizando recursos sensoriais para propor uma vivência diferente no espetáculo, tornando-o acessível para as mais diversas.
 


Já o protagonismo da pessoa com deficiência é tratado na conversa com Luciano Mallmann, ator e diretor, criador do monólogo  Ícaro, que apresenta, por meio dos relatos, as experiências e percepções das vidas das pessoas em cadeira de rodas. A peça recebeu, em 2017, o Prêmio Açoriano Melhor Dramaturgia (Prefeitura Municipal de Porto Alegre). 
 


Se você se interessou em teatro, você poderá ver a o monólogo no Sesc Sorocaba, no dia 29/1, sábado, das 18h às 19h.

A acessibilidade é tema de diversas ações do Sesc São Paulo durante todo o ano, com o objetivo de gerar a reflexão e ação à respeito da inclusão e da participação social das pessoas com deficiência. Isso se relaciona a toda uma cadeia de medidas, tais como a oferta de acessibilidade arquitetônica nas Unidades, disponibilização de comunicação acessível, treinamentos para atendimentos e receptivos, entre outras ações, visando potencializar os esforços na diminuição das barreiras sociais. 

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Esta matéria foi inspirada em diferentes atividades da programação da Semana Modos de Acessar, ação em rede do Sesc São Paulo, que promove diversas propostas artísticas, esportivas e formativas para estimular a participação social das pessoas com e sem deficiência. 

Saiba mais em: www.sescsp.org.br/modosdeacessar

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