O calendário brasileiro de 2025 não tem Copa do Mundo, eleições nem Olimpíadas: tem COP, a primeira sediada no Brasil, a primeira realizada na Amazônia, maior floresta tropical do mundo. Por trás da sigla curta e sonora, está o nome em inglês para a Conferência das Partes, realizada anualmente pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, também na sigla em inglês).

Desde 1995 os países se reúnem anualmente para discutir o tema e propor ações de contenção do aquecimento global, para não deixar a Terra se torne um planeta inóspito para diversas formas de vida, inclusive a humana. Antes disso, em 1992, o Brasil já acolhera uma iniciativa pioneira, a Cúpula da Terra (conhecida como ECO-92), marco fundador das COPs.

Entretanto, ano após ano a ciência tem registrado temperaturas médias recordes.

Torna-se cada vez mais consensual que já fracassamos na meta, estabelecida no Acordo de Paris (2015), de manter o aquecimento em até 1,5ºC acima da média da era pré-industrial. E as emissões de gases de efeito estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento da atmosfera, continuam a crescer.

Desse fenômeno resultam as seis situações extremas que caracterizam a mudança climática, todas elas ora em curso: chuvas concentradas, secas prolongadas, aumento do nível do mar, ondas de frio e de calor, vendavais e incêndios frequentes.

É neste cenário que o Em Debate, nos meses de julho e agosto, apresenta um conjunto de atividades focadas no tema Meio Ambiente, Clima e Cultura, com o objetivo de aquecer um diálogo que visa desaquecer o planeta. O programa congrega teoria e prática para promover ações de consciência e regeneração ambiental, sem esquecer o fator humano, no campo e na cidade.

É preciso regenerar. Reflorestar. Plantar essa eficientíssima máquina de reter gás carbônico — e produzir chuva, e limpar o ar, e fornecer sombra, e gerar vida, além de um grande etcétera — chamada árvore.

Nesta edição do “Em Debate”, preparamos, para os meses de Julho e Agosto, um conjunto de atividades focadas em processos de Meio ambiente, clima e cultura.

Confira as atividades da programação de Julho e garanta sua vaga!

Edgar Morin: Um Humanista Planetário
5/7
Sábado, 10h30 às 18h30
R$50,00, R$25,00 e R$15,00.
Espaço de diálogo voltado ao aprofundamento da compreensão do Pensamento Complexo, presente na obra do pensador francês Edgar Morin. No mês de seu aniversário de 104 anos, discutiremos sua concepção de mundo transdisciplinar marcado por crises ambientais, sociais, políticas e humanitárias.
Curadoria: Izabel Petraglia

Permacultura na Cidade – Módulo 4
5/7
Sábado, 10h30 às 18h30
R$50,00, R$25,00 e R$15,00.
Este é o quarto módulo do ciclo formativo em permacultura urbana oferecido pela rede Permacultores Urbanos no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, entre abril e novembro.
Com Vinicius de Souza, doutorando com pesquisa em Permacultura Urbana (FMUSP), especialista em Educação para Sustentabilidade (Unifal, 2022) e em Permacultura (UFSC, 2023) e músico. Forma educadores e estudantes permacultores e implementa iniciativas de transformação em rede.
Com Marcio Lozano, educador e permacultor com vinte anos de experiência no desenvolvimento de estratégias e recursos didáticos, implementa projetos de educação ambiental e culturas tradicionais em escolas públicas e comunidades de São Paulo.

Cine debate: Morada
18/7
Sexta, 15h às 18h
Grátis
O documentário musical “Morada” (80 min.) acompanha o processo criativo do violeiro e cantador João Arruda, abordando a agroecologia e a influência positiva da arte sobre as pessoas e outras formas de vida. A exibição é seguida de debate.
Com Déa Trancoso, cantora e compositora, João Arruda, músico e produtor agroecológico, Rafael Furtado, agricultor, e Mário de Almeida, diretor do filme.

Naturezas Periféricas: Parelheiros e Marsilac (zona Sul)
23/7 a 24/7
Quarta, 15h às 17h
Quinta, 8h30 às 17h
R$60,00, R$30,00 e R$18,00.
A série Naturezas Periféricas aborda os contextos naturais e sociais das áreas protegidas e sua biodiversidade, nas regiões periféricas da maior capital da América Latina. Nesta primeira atividade da série, as pessoas participantes visitam os distritos paulistanos de Parelheiros e Marsilac.
Com Luccas Longo, biólogo, educador, ilustrador e mestre em conservação da natureza.

Agroflorestas urbanas em pequenos espaços
30/7 a 1/8
Quarta e quinta, 14h às 17h30
Sexta, 13h às 19h
R$60,00, R$30,00 e R$18,00
Oficina de sistema agroflorestal urbano (SAFu) em três dias: 1. a teoria da agricultura sintrópica; 2. desenho de consórcios agroflorestais pela turma; 3. implementação dos desenhos em atividade de campo.
Com Iuri Timoner, fundador e responsável pela empresa Dois Rios Agrofloresta, e Loren Belei, coordenadora de projetos da Dois Rios Agrofloresta.