Na floresta com os Yawanawá

15/12/2022

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Por Simon Plestenjak

No meio da floresta amazônica, a pajé Hushahu, do povo indígena Yawanawá, lidera a vida spiritual na aldeia Mutum. A força feminina dela não só mudou as regras milenares do povo — segundo as quais o papel do pajé foi reservado exclusivamente para os homens — mas também começou a renovação do povo, quase extinto, numa inteligente mistura de preservação da floresta, da vida tradicional e do seu mundo espiritual com a existência num contexto de mundo do comércio liderado por brancos.

Os Yawanawá são um povo indígena que habita uma área de 187 mil hectares no oeste do estado do Acre. São pouco mais de mil pessoas que moram em oito aldeias: Nova Esperança, Mutum, Escondido, Tibúrcio, Amparo, Matrinchã, Sete Estrelas e Yawarani. Conseguiram resgatar sua cultura e sabedoria ancestral e preservar seu estilo de vida no meio da floresta. Lidam com a vida ancestral, marcada por uma dinâmica entre mundo espiritual e natureza. Ao mesmo tempo, suas portas são abertas para receber o mundo de fora, e assim eles conseguem comercializar sua sabedoria e espalhar sua mensagem. Além dessa missão, ser visto e, ao mesmo tempo, ganhar recursos significa segurança na situação frágil
que os primeiros povos têm nas Américas.

A série “Xamânica” é composta por três fotos, feitas com dupla exposição. Não se trata de manipulação digital, mas de duas fotografias expostas uma sobre a outra — uma técnica que antigamente se usava sem avançar o filme. A ideia foi trazer em forma visual a sensação de tríade “homem–natureza–espiritualidade” que permeia a vida dos povos originários. Temos nas fotos a grande pajé Hushahu, o líder espiritual Rasu e o caçador Matsini durante um ritual xamânico.

Para conferir o ensaio completo, é só baixar o arquivo:

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