Sonora Brasil leva shows e bate-papo gratuitos a unidades do Sesc

22/11/2023

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Esta edição do projeto Sonora Brasil traz como tema Culturas Bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas e destaca a contribuição dos povos de línguas bantu para a música brasileira. A programação traz expoentes da música em quatro unidades do Sesc: Guarulhos, Jundiaí, Piracicaba e São Carlos. Os shows e roda de conversa são gratuitos com retirada de ingresso com 1h de antecedência.

Programação

Show Malungo IXI – Música, tempo e afeto

Foto: reprodução

O show que proporcionou o encontro real da sonoridade tradicional e contemporânea da Bahia. Em uma experiência que dialoga com a cultura afro-bantu ancestral e afro-futurista. Tem pesquisa, concepção e direção de Ênio Nogueira em parceria com Fabrício Mota, unindo no palco artistas de grande relevância da música brasileira como Gabi Guedes, Mateus Aleluia Filho, Aiace, Sued Nunes, Dedê Fatuma, Gleisson, Marcos Santos. Traz na construção sonora e do repertório as referências do Universo Percussivo Baiano, criado por Letieres Leite, os ritmos afro diaspóricos como o afrobeat, samba até a sonoridade afro pop baiana. Grátis. Retirada de ingresso com 1h de antecedência.

Sesc Guarulhos: 23/11 | Teatro, 20h
Sesc Piracicaba: 24/11 | Teatro, 19h
Sesc São Carlos 25/11 | Teatro, 16h
Sesc Jundiaí: 26/11 | Teatro, 18h

Show Marissol Mwaba, François Muleka e Myriam Mwewa

foto Luis Tutu

Mwewa, François e Marissol se juntam em uma apresentação inédita, onde cantam e contam em linha do tempo, canções que marcaram os cruzamentos de suas histórias enquanto família congolesa no Brasil. O repertório intercalado por falas convida o olhar à perspectiva de Congo-Brasilidade, à pluralidade de existências negras no Brasil hoje e ao quão enriquecedoras essas presenças são aos desenvolvimentos cultural e econômico do país. Grátis. Retirada de ingresso com 1h de antecedência.

Sesc Piracicaba: 23/11 | Teatro, 20h
Sesc Guarulhos: 24/11 | Teatro, 20h
Sesc Jundiaí: 25/11 | Teatro, 19h
Sesc São Carlos 26/11 | Teatro, 16h

RODA DE CONVERSA

Linguagem Híbrida Afro Contemporânea da Música: do toque do tambor ancestral a utilização da tecnologia como ferramenta para construção de narrativas artísticas  

Com Enio e Dedê Fatuma

Foto: Reprodução

Nesta roda de conversa Enio e Dedê Fatuma abordam pontos sobre a linguagem híbrida da construção de narrativas artísticas em que a música afro contemporânea é o resultado das misturas, influências das trocas culturais da diáspora em seus territórios, sendo estas tecnologias de inovação na criação sonora e identitária. Grátis.

Sesc Guarulhos: 23/11 | Sala 4 – Auditório, 18h
Sesc Piracicaba: 24/11 | Teatro, 19h
Sesc São Carlos 25/11 | Sala de Atividades Corporais, 14h
Sesc Jundiaí: 26/11 | Sala Multiplo Uso 1, 15h

O que é Bantu?

O termo abrasileirado, banto, diz respeito à unidade linguístico-cultural de diversos povos da África negra, e engloba cerca de 400 subgrupos étnicos. Aproximadamente 75% dos escravizados africanos trazidos para o Brasil pertenciam a povos de línguas bantu, especialmente vindos da África Central, e a sua influência foi fundamental para o desenvolvimento da cultura no país.  As primeiras manifestações musicais reconhecidas como origem da música popular brasileira, por exemplo, eram chamadas de “batuque” ou “samba”, palavras de comprovada origem africana, e ocorriam principalmente no ambiente rural, nos momentos de lazer e festejos dos trabalhadores escravizados.  


Mapa político da África mostrando a área de línguas bantu, delineada em traço preto.

 Com as migrações internas da população negra, escrava, liberta ou livre, os sambas rurais, como o cateretê goiano, o coco alagoano e pernambucano, o caxambu mineiro, o tambor-de-crioula maranhense, o lundu baiano, entre outros, também foram ganhando as cidades, incorporando novos elementos e narrativas. Apesar da música ser o elemento central do debate, ao abordar esse tema o Sonora Brasil busca estimular leituras que possam aprofundar a discussão sobre a influência das culturas de matriz africana no país.  

A partir de 2022, o projeto retomou o formato presencial, com programações realizadas por grupos locais em cada estado participante do projeto. São 37 artistas/grupos musicais de 22 estados e Distrito Federal se apresentam em 40 cidades brasileiras. Isso reforça um aspecto fundamental do Sonora Brasil, que é o olhar, a escuta e a valorização das territorialidades, da diversidade e das memórias, através de expressões sonoras e musicais.  

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