Palmitagem ou paraíso? Um aulão de tatiana nascimento sobre romance interracial e as pedagogias afetivas coloniais nos reality-shows “Dated & related”, “Casa ou vaza“, “Casamento às cegas brasil”, “Verdade ou consequência“. Que pedagogias afetivossexuais têm sido difundidas pelos streamings atuais no boom de reality-shows de romance/relacionamentos que difundem não só a cis-heteronormatividade, mas também a interracialidade, como sendo formas “saudáveis“, “certas” de amar? O que tem de antirracista em produções românticas interraciais que mais parecem tentar repaginar velhos ideais coloniais de mestiçagem, branqueamento, desconexão negra? 
 
Tatiana Nascimento é de Brasília, tem 42 anos, é palavreira: inventa poema, prosa, canção, ensaio, tradução, livro artesanal. Mergulha silêncios, memórias, ruídos pra desarquitetar som y palavra numa reengenharia dos sentidos, especialmente sobre afeto, negritude, cerrado, mar & sua amada filha Irê. Autora de palavra preta (2021); leve sua culpa branca pra terapia (2022); Oriki de amor selvagem (2020).