No espetáculo, seis dançarinos de Pantsula, dança urbana da África do Sul, se voltam para os movimentos que compõem o “praise break”, um momento de intervalo do cultos pentecostais da África do Sul em que a dança adquire um caráter de louvor e ruptura, no qual corpo dançante, voz e música se aglutinam energeticamente e, como resultado, obscurece-se a diferença entre o êxtase e o catártico.

Pantsula é uma subcultura sul-africana significativa historicamente, expressa não apenas como uma dança poderosa – bem conhecida por seu virtuosístico trabalho de pés de alta velocidade -, mas também evidenciada por meio de um código de vestimenta, linguagem, música e de uma filosofia de vida particular que é toda sua. Se trata de uma expressão que durante o apartheid deu voz a toda uma geração. É um Louvor Break, um modo de louvor. Um momento… uma pausa… uma ruptura no contexto do culto cristão da Igreja Pentecostal, onde o corpo dançante, a voz e a música se aglutinam energeticamente e, como resultado, obscurece-se a diferença entre o êxtase e o catártico. O que acontece quando a estética desses dois mundos convergem? O que acontece neste transcendental momento de “quebra”, de “break”? No espetáculo de dança The Ecstatic, seis dançarinos de Pantsula se voltam para os movimentos que compõem o “praise break”, para descobrir e “romper” um novo espaço, só deles.

Jeremy Nedd
Jeremy Nedd é um coreógrafo e performer nascido no Brooklyn, baseado em Basel, Suíça. Seu trabalho foca em processos de dissecar, desmistificar e recontextualizar conteúdos para confrontar definições de validade e contemporaneidade. Nedd coreografou e apresentou suas próprias produções em espaços como ROXY Birsfelden, Tanzhaus Zürich, Arsenic, Münchner Kammerspiele e Palais de Tokyo, entre outros. Nedd foi finalista do PREMIO 2017 (Nachwuchspreis für Theatre und Tanz Schweiz) e premiado no Atelier Mondial Stipendium to South Africa de 2017. Recentemente, Nedd completou um Mestrado em Teatro Expandido na Hochschule der Künste Bern e fez parte do Performancepreis Schweiz 2018.

Impilo Mapantsula é uma rede global de artistas de dança profissionais de alto nível, especializados em pansula, uma forma de dança urbana sul-africana. Eles são uma organização profissional que promove o desenvolvimento da dança e da cultura pantsula, cria padrões formais e atua como um representante no mercado. A organização visa documentar e proteger o legado vivo da pansula e apoiar os bailarinos na profissionalização e desenvolvimento da sua arte. Impilo Mapantsula cria oportunidades de aprendizado e apoia a criação artística e a autoexpressão por meio de atividades educativas, artísticas e programas profissionais, com ênfase na criação de empregos, colaborações internacionais e programas de intercâmbio.

Conceito/Coreografia: Jeremy Nedd & Impilo Mapantsula
Performance/Coreografia: Kgotsofalang Moshe Mavundla, Tommy Tee Motsapi,
Bonakele Mambotjie Masethi, Sicelo Malume ka Xaba, Sello Zilo Midiga, Vusi 2.2 Mdoyi
Técnica e iluminação: Thomas Giger
Palco: Laura Knüsel
Música/Composição: Xzavier Stone & Modulaw
Design de áudio: Fabrizio Di Salvo
Chefe de produção: Suíça Ursula Haas
Chefe de produção África do Sul: Daniela Goeller
Dramaturgia: Anta Helena Recke
Assistência de produção: Kihako Narisawa, Lucas Del Rio Estevez
Outside Eye: Deborah Joyce Holman, Maximilian Hanisch
Coprodução: Kaserne Basel, Arsenic Lausanne, Teatro Tuchlaube Aarau
Apoio: Fachausschuss Tanz & Theatre BS/BL, Südkulturfonds, Pro Helvetia,
Schweizer Kulturstiftung, Migros Kulturprozent, Ernst Göhner Stiftung, Stanley
Thomas Johnson Stiftung, Jacqueline Spengler-Stiftung, Schweizer
Interpretenstiftung, Wilhelm und Ida Hertner-Strasser Stiftung