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Zambianchi, dos gramados do interior paulista para o Rock Nacional

Foto: Bob Sousa
Foto: Bob Sousa

Recém-chegado à São Paulo, 23 anos, com uma banda formada e contratado por uma grande gravadora. Foi assim que começou a carreira musical de Kiko Zambianchi, cantor e compositor de destaque no cenário do Rock Nacional. Hoje, aos 57 anos, Kiko possui uma bagagem musical extensa, com composições eternizadas nas vozes Erasmo Carlos e Marina Lima. Mas será que a música sempre foi sua única paixão? Como se dá o processo de composição para o Kiko? Descubra agora em entrevista exclusiva que o cantor concedeu à equipe do Sesc Birigui.

O que te dá mais prazer, compor ou se apresentar para o público?
São prazeres diferentes, sensações boas e similares. Apesar disso, tenho minha preferência pelos shows e eventos ao vivo, onde a proximidade com público faz a energia da música composta fazer sentido. Mas é claro que o prazer de compor uma música também é muito grande. Na verdade, não dá para um existir sem o outro.

Você é conhecido por suas composições. Como se dá esse processo para você? É inspiração, rotina, transpiração?
Existem vários processos de composição. Para mim, o que mais acontece é fazer a música antes e a letra depois. Sinto que a música pede uma letra conforme o sentimento que ela produz e, por isso, prefiro escrever a letra depois, já que a música inspira muito mais a letra do que o contrário. Não existe uma regra absoluta, por vezes uso outras maneiras, mas normalmente faço a música antes.

 

“A proximidade com público faz a energia da música composta fazer sentido.
Mas é claro que o prazer de compor uma música também é muito grande.
Na verdade, não dá para um existir sem o outro.”

 

Além do Kiko músico, qual o Kiko as pessoas não conhecem?
Além de música, gosto de fotografia. Mas nunca pensei em ser profissional, apenas
me divirto. Quando era mais novo gostava muito de futebol e cheguei a fazer um teste no Botafogo de Ribeirão Preto, mas já tocava e ganhava dinheiro com música. Além disso, o futebol era bem diferente naquele tempo.

O que é "Bem Bacana Demais" para o Kiko hoje?
“Bem bacana demais”, é poder estar fazendo shows e vivendo disso. Espero que ainda tenha muitos shows para fazer e muitas músicas para compor. O melhor de tudo é estar vivo e depois de tanto aproveitar a vida, ainda ter energia para continuar a se divertir.

 

“Não guardo sonhos para serem realizados.
O sonho que tinha de ser músico e artista conhecido já se realizou.”

 

Chegar aos 57 anos no meio da música te dá uma boa bagagem musical. O que toca no radinho do Kiko?
Praticamente não escuto outras músicas a não ser as que estão relacionadas com trabalho. Acabo escutando músicas de amigos e de pessoas que estão trabalhando comigo. Quando escuto alguma coisa é por que alguém me mostrou ou estou em um show. Não escuto rádio e dificilmente coloco música no carro. Mas isso tem uma razão, geralmente passo o dia cantarolando músicas que saem da minha cabeça.

Quais sonhos ainda há para o Kiko músico realizar?
Não guardo sonhos para serem realizados. O sonho que tinha de ser músico e artista conhecido já se realizou, agora tenho metas. A que mais me empenho em realizar é aumentar ao máximo a quantidade de músicas gravadas por mim e por outros artistas.

Foto da miniatura: Priscila Prade