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A prática teatral no envelhecimento: um caminho para o autoconhecimento, para a autonomia e para a inclusão social

Introdução:

A expectativa de vida no Brasil cresce a cada ano em razão dos avanços científicos, tecnológicos e da concepção de hábitos saudáveis
adotados por grande parte da população por meio do acesso à informação. A longevidade é uma conquista da sociedade contemporânea e um novo desafio, considerando que o número de idosos está crescendo e que a sociedade não se preparou  previamente para atender essa demanda.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (2005), a proporção de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos está crescendo rapidamente; estima-se que em 2025 haverá aproximadamente 1,2 bilhão de pessoas com mais de 60 anos, aumentando esta expectativa para 2 bilhões em 2050, sendo que 80% dessas pessoas se encontram nos países em fase de desenvolvimento, na qual se enquadra o Brasil.

Com isso surgem políticas públicas que atuam na prevenção e promoção do Envelhecimento Ativo, programa proposto pela Organização Mundial da Saúde que prevê o processo de otimização dos três pilares: saúde, participação e segurança, contemplando assim seus aspectos biopsicossociais que objetivam melhor qualidade de vida à pessoa idosa.

A arte surge neste cenário por meio de oficinas socioeducativas e culturais com a proposta de favorecer a saúde mental e física do idoso, estimulando também a socialização e o protagonismo, e contribuindo na manutenção de sua independência e autonomia, fatores importantes na preservação da identidade e da capacidade funcional do indivíduo.

O teatro é uma das linguagens artísticas que contempla as expectativas de quem atua com esse segmento, sendo difundido em diversos grupos; embora haja pré-conceito por parte de alguns idosos que acreditam ser uma linguagem elitizada e associada a diversos mitos do envelhecimento, entre estes a perda de memória.

Devemos observar as metodologias utilizadas por arte-educadores, considerando em sua prática a contribuição com o conhecimento técnico e a experimentação teatral, visando à qualidade artística e ainda reconhecendo as necessidades de adaptações que atendam as especificidades desse público, desmistificando os conceitos preestabelecidos socialmente.

A proposta deste texto é refletir sobre a importância da prática teatral neste novo paradigma do envelhecer, e contribuir com possíveis construções de metodologias que atendam essas especificidades com uma formação teatral fundamentada e inclusiva, enriquecidas por um processo de autoconhecimento, autonomia e inclusão no envelhecimento.

Arte-educação e o teatro: a linguagem artística

Segundo o estudioso norte-americano Eisner (1972, p. 9), a arte e seus instrumentos e a educação perpassam pelas relações pessoais e sociais do indivíduo, isto é, por meio da criação, experimentação e vivência da arte, podemos re-descobrir nossa atuação no mundo, considerando nosso repertório pessoal.

Entre os conceitos contemporâneos em arte-educação, podemos considerar a abordagem “contextualista” uma possibilidade do ensino de teatro para idosos.

Na educação Paulo Freire enfatizou que o processo educacional pode se tornar um meio de reconhecimento pessoal e da nossa realidade cotidiana, ou seja, descobrirmos quem somos, em qual contexto estamos inseridos e quais os meios de transformá-lo.
Estes são conceitos iniciais para entendermos a importância da arte-educação no processo criativo artístico e social do idoso, considerando a sua realidade pessoal, a sua relação e atuação na sociedade, a cultura em que ele está inserido e o resgate de sua memória histórico-cultural.

A relação entre a abordagem de Eisner com a proposta metodológica de Freire propõe uma reflexão sobre o domínio que os profissionais habilitados em arte-educação devem ter ao conhecer ou re-conhecer as especificidades do público com que atuam, considerar seu território, suas crenças e costumes, sua cultura e a relação desta com as questões contemporâneas, e permitir que os idosos transitem por novos espaços, antes distantes e rígidos por seus pré-conceitos.

No teatro essa proposta se aplica por intermédio de jogos teatrais, exercícios de expressão corporal, improvisações, elaboração de textos e roteiros, na criação de personagens por meio da busca ativa e de experimentações de novos conceitos, culturas e realidades diversificadas, assim como na pesquisa pessoal de reminiscências que levem o sujeito ao encontro do mundo empírico.
No trabalho coletivo as especificidades variam de pessoa para pessoa, podendo ocorrer no mesmo grupo a participação de pessoas com necessidades especiais em diferentes âmbitos, tais como físico, sensorial, mental, social e cultural.

O grande desafio é pensar na prática teatral inclusiva, permitindo que todos possam ser protagonistas de suas ações no processo de construção, da relação entre as ideias pessoais e as ideias coletivas, da importância de sua participação no processo criativo, focando na prática teatral fundamentada e contextualizada, e fomentando um processo de autoconhecimento e de autonomia.

A prática teatral no envelhecimento: o processo criativo artístico

(...) O que é arte pura segundo a concepção moderna? É criar uma magia sugestiva contendo ao mesmo tempo o objeto e o sujeito, o mundo exterior ao artista e o próprio artista (BAUDELAIRE, 2008, p. 73).

A convivência é um dos principais objetivos das atividades socioeducativas desenvolvidas nos serviços de atendimento a idosos. Preservar sua autonomia, independência e estimular sua rede de suporte social3, estabelecendo relações afetivas e vínculos interpessoais que contribuam no suporte cotidiano ao idoso: na amizade, na companhia e, em alguns casos, no auxílio às atividades da vida diária (AVD)4.

Segundo Monteiro (2003, p. 33), a relação humana está baseada em significações que surgem a partir de sua experiência pessoal com o outro, e é no espaço da convivência que se constitui o modo de ser de cada um, acreditando então que não existimos e sim co-existimos, não vivemos, mas con-vivemos.

A relação entre as pessoas dentro da diversidade encontrada nos grupos cria uma espécie de ciclo, o qual, por meio da convivência, permite rever os conceitos pessoais, questionar os conceitos do outro, refletir e favorecer assim uma nova possibilidade de pensar e agir, permitindo que cada um interaja com o grupo e se estabeleça a relação entre os ideais pessoais e coletivos.
A prática teatral contribui por meio de seu processo construtivo ao estabelecer essas relações que são relevantes para a convivência, permitindo que o idoso participante revisite seus conceitos – estabelecidos por regras sociais e/ou culturais –, em contato direto com o outro mediante seus jogos e improvisações. É um processo importante para a atuação nas
especificidades desses grupos, que contribuem com o re-pensar e a desconstrução de ideologias que marcaram um período, como, por exemplo, a ditadura, e que até hoje têm uma presença subliminar nas ações e ideias:

É no corpo que a história dos pensamentos, sentimentos e experiências passadas e presentes deixa sua marca, não permitindo passar em branco, porque toda a sensação sempre possui a promessa de expressão (MONTEIRO, 2003, p. 40).

Carregamos os registros de nossa trajetória em nosso corpo, e estes podem interferir em nossa qualidade de vida ao longo dos anos, sejam marcas como limitações, insegurança, timidez, e demais fatores que podem interferir na relação interpessoal e na sua visão de mundo.

Por meio da prática teatral favorecemos esta expressão, outrora reprimida, permitindo a criação de um espaço de trocas entre os participantes, utilizando-se de reminiscências para o aprender por meio da experiência, termo defendido por Dewey (1944), que adaptado à realidade de uma proposta metodológica teatral contribui para a criação de um teatro inclusivo, possibilitando que se agreguem idosos que possuam características como timidez, insegurança, analfabetismo e até mesmo declínio cognitivo, utilizando-se das referências pessoais e das experiências com o mundo empírico durante o processo de construção, na improvisação ou na criação de um espetáculo.

Para os arte-educadores é fundamental o conhecimento teatral e dos conceitos de teatro-educação; a pesquisa constante de metodologias e experiências relatadas por profissionais da área; o conhecimento e estudo das especificidades do público em questão; o conhecimento básico gerontológico; pois estes são aportes relevantes para a construção teatral que contribuem para a sensibilidade de (re)conhecer quais as expectativas do grupo para aquele encontro, de forma a aproximá-los desta linguagem estética e proporcionar uma vivência diferenciada, que tenha os devidos cuidados e a consciência do fazer teatral.

A prática teatral no envelhecimento também desenvolve o processo de autoconhecimento, que, segundo Ruy Cezar do Espírito Santo (apud KACHAR, 2001, p. 119), “é o processo de desvelamento de si mesmo por meio de sua busca pessoal”, sendo responsabilidade do arte-educador propiciar, mediante sua metodologia, o início deste (re)encontro pessoal.

O conhecer-se e revelar-se são oportunidades pertinentes ao sujeito, no processo de envelhecimento, por meio da prática teatral, contribuindo com sua aceitação pessoal e de sua trajetória de vida, aspectos que estimulam sua autoestima e permitem que este possa sentir-se seguro para se impor no mundo e se manter ativo na busca por seus ideais, desmistificando mitos e concepções que interfiram em sua qualidade de vida nessa fase da vida.

O fazer teatral: aprendizado e parceria

O processo artístico é valorizado na arte-educação contemporânea, compreendendo que estas vivência e experimentação contribuem para o aprendizado, protagonizando a ação do educando e permitindo que o processo criativo parta de suas investigações pessoais e do contato pessoal com os aspectos que formam sua identidade.

O fazer teatral está ligado a ideias sobre exposição pessoal, obrigatoriedade de decorar textos inacabáveis, montagem de um espetáculo e sua apresentação pública. Faz parte de nossa cultura valorizar o produto final das oficinas, seja em exposições ou apresentações, muitas vezes desconsiderando e desconhecendo o processo de construção e desconstrução na criação artística.

Segundo Spolin (1979), quando compreendemos que a história (a ser encenada) é um item, entre os vários que compõem o processo de criação, o resultado é a verdadeira ação dramática, fundamentando que a experimentação permite ao educando penetrar no ambiente, envolver-se organicamente com ele, isto é, atuando nos níveis intelectual, físico e intuitivo.

Consideramos que esses três níveis são contemplados quando utilizamos a prática inclusiva, a partir da realidade pessoal e coletiva, proporcionando por meio dos jogos teatrais os conceitos dessa linguagem, promovendo os momentos de troca na socialização de temas e experiências mediante improvisações e permitindo a relação do saber pessoal e do saber coletivo nas contextualizações com a arte.

A prática teatral perpassa as etapas de conscientização do corpo e sua relação com o espaço por intermédio de expressão corporal e expressão vocal, conhecimentos da técnica teatral, elaboração e contextualização de temas e situações, mediante jogos teatrais, criação e caracterização de personagens por meio da improvisação e montagem do espetáculo, considerando sinteticamente que essas partes traduzem o processo criativo conforme a metodologia utilizada.

Essa prática vai além de seus encontros e ensaios, ela se estende ao cotidiano do idoso, permitindo que este reflita e interaja com os demais sujeitos da sociedade, mantendo-o ativo socialmente na busca por suas necessidades pessoais, engajado nos temas da contemporaneidade, o que permitirá sua socialização com pessoas de outras faixas etárias, de forma a não segregá-lo.

Há o preconceito contra a prática teatral com enfoque social ou de saúde, e com frequência se observam os extremos: por um lado, o arte-educador que faz a arte pela arte, dotado de técnica e comprometido com a qualidade artística e, do outro lado, o arte-educador que não se compromete com a qualidade nem com a técnica, acredita que o teatrinho está muito bom e que os idosos não conseguiriam fazer além do que já demonstram nos jogos, que por estarem ali se distraindo já estão promovendo a saúde.

O arte-educador, antes de qualquer conhecimento específico, precisa acreditar no seu potencial metodológico e acreditar na capacidade de criar e aprender do idoso, na troca de experiências, assim o teatro torna-se inclusivo. É necessário ser comprometido com as técnicas teatrais e reafirmar o compromisso com seu público de atuação: atuar diretamente nas questões relevantes e nas especificidades do idoso é algo que comprova o sucesso no processo criativo, unir as concepções básicas do fazer teatral aos aspectos que atuam na preservação da autonomia e independência do idoso e contribuam com sua melhor qualidade de vida.

Na perspectiva das ações interdisciplinares em seus cinco pilares: coerência, humildade, espera, respeito e desapego, como propõe Fazenda (2001), a arte teatral faz-se aberta à atuação de outros setores para contribuir com uma prática abrangente e transformadora na construção de um novo ideal para o idoso.

O processo da prática teatral no envelhecimento, norteada pela responsabilidade com a pesquisa e os conceitos desta linguagem, provida pelo conhecimento de suas especificidades, corrobora com uma prática abrangente que permite o resgate social e cultural do indivíduo, sua relação interpessoal e convivência, fomentando saberes e contribuindo com o diálogo entre o passado e a contemporaneidade, e permitindo que o idoso se localize como indivíduo no aqui e agora.

A independência e a autonomia são fundamentais para manter os idosos ativos. O teatro possibilita o resgate da alegria de viver e o prazer de refazer os projetos pessoais e poder gerenciá-los em prol de suas necessidades, algo fundamental para dar sentido à vida.

Por meio deste diálogo com a arte é relevante desmistificar o envelhecer e promover, por meio do autoconhecimento, o reconhecimento das características oriundas da senescência5, contribuir com a autoaceitação e estimular a busca por novas possibilidades para o envelhecimento com qualidade de vida.

Vivência teatral: uma nova possibilidade para enxergar o mundo Técnica e emoção.

Na realidade é o que a gente procura na vida, na interpretação, na arte, em tudo, é o equilíbrio entre a emoção e a técnica. Quando você encontra o meio disso, está perfeito (PERA, 1988, p. 39).

Promover meios de inclusão cultural e experimentação por intermédio da vivência de linguagens artísticas pouco exploradas é uma conquista para os profissionais que conseguem contribuir ou resgatar o brilho dos olhos no idoso.

Esta vida transmitida por meio desse brilho emana do prazer de estar atuando, evidencia o idoso mergulhado em sua verdade absoluta, sem racionalizar o certo ou errado, divertindo-se como alguém que experimenta o novo, e goza do prazer de sentir-se livre dos pré-conceitos sociais que limitam seu poder criativo; este é um dos caminhos que contribuem para a aproximação do idoso à linguagem teatral, promovendo ações protagonistas exitosas.

Este é o resultado do domínio metodológico teatral, da flexibilidade e sensibilidade para a construção deste processo e do conhecimento de suas especificidades: a aproximação do arte-educador com a realidade do grupo de idosos.

As temáticas de interesse comum, exploradas por meio de reminiscências coletivas, contribuem com a formação de um novo olhar social desse idoso na contemporaneidade, permitindo que haja novas intervenções em espaços nunca antes evidenciados.

Na qualidade de profissionais comprometidos com a Gerontologia, podemos conduzir essas experimentações para informações que permeiem esse universo do idoso, atuando com temas sobre direitos que estimulem o pleno exercício de sua cidadania, desmistificando mitos do envelhecimento, contribuindo com a prática da relação intergeracional e inclusiva e promovendo informações relativas a cuidados preventivos e de saúde, principais aspectos que preveem os pilares do Envelhecimento Ativo.
A cultura, que abrange todas as pessoas e populações, modela nossa forma de envelhecer, pois influencia todos os outros fatores determinantes do envelhecimento ativo (OMS, 2002, p. 20).

É relevante este entendimento sobre o envelhecimento e sua relação com a cultura, entre o passado e o contemporâneo, é pertinente a promoção do diálogo entre estes para a reconstrução dos conceitos impregnados de mitos que excluem e isolam o idoso nos aspectos de sua saúde, participação e segurança, e para estimular a apropriação social deste novo paradigma do envelhecimento por meio dessas novas concepções de informações.

Por meio da prática teatral possibilitamos o aprendizado de novos conceitos (conteúdos), tornamos próximas essas novas  concepções e permitimos, por intermédio dos jogos teatrais e de improvisações, as experimentações e a vivência dessa prática.

Esse processo de aprendizagem atua em dois grandes grupos: o grupo de atuação e o grupo de espectadores, algo característico do teatro, que contribui com o diálogo.

No processo teatral para idosos podemos pensar em um projeto objetivando: a prática do Envelhecimento Ativo em seus pilares, a quebra dos mitos da velhice e o resgate da memória dos idosos, promovendo por meio desta a preservação da memória cultural, fator pertinente na construção e (re)construção da cultura popular.

Por meio dessa prática, fomentamos a reflexão mediante esta disseminação de conhecimentos e questões oriundos deste novo cenário da velhice, contribuindo com sua desmistificação, com a aproximação intergeracional, fator relevante quando pensamos na inclusão social.

Considerações finais

Os conceitos contemporâneos de arte-educação estimulam a aproximação do educando com as linguagens da arte, favorecendo novas leituras, conceitos e técnicas, permitindo que este aprenda por meio da aproximação com o mundo empírico, no qual a vivência é um dos fatores fundamentais para o processo artístico.

Por este motivo a arte-educação é prevista em oficinas e cursos que são promovidos ao público idoso, atuando em suas  especificidades em prol de melhor qualidade de vida. Diante do novo paradigma social, o envelhecimento populacional, no qual contamos com o aumento representativo de idosos ativos e saudáveis, muitos profissionais que atuam diretamente com este público têm o comprometimento, por meio de suas ações educativas, de estimular a independência e autonomia do idoso, fatores fundamentais para a promoção de melhor qualidade de vida.

O teatro é uma das linguagens artísticas que contribuem com os aspectos relevantes para o envelhecimento ativo, contribuindo com a socialização de temas e suas relações entre passado e contemporaneidade, conceitos e pré-conceitos, a desmistificação da velhice, o resgate e a preservação da memória cultural, além de ser uma das linguagens que permitem a disseminação de conhecimentos pertinentes à prevenção e preservação da saúde e da participação social protagonista, algo fundamental para a garantia do pleno exercício da cidadania no envelhecimento.

A cada dia que passa, com o surgimento das políticas em atenção à população idosa, há uma exigência maior na qualificação desses profissionais de arte-educação para que atendam as especificidades desse público, na técnica, na qualidade artística e na atenção às particularidades, contemplando seus aspectos biopsicossociais, promovendo o diálogo da velhice com a sociedade e favorecendo a inclusão social e a desmistificação do envelhecimento.

Como manter este equilíbrio entre a arte teatral e o comprometimento com os aspectos sociais e de saúde do idoso, sem perder de vista a qualidade de ambos, de modo a promover uma vivência de qualidade artística e de grande significação na (re)construção pessoal para o participante?

A arte e a Gerontologia podem caminhar juntas sem se perderem solitárias pelo processo metodológico?

Estas são questões fundamentais para repensar as metodologias, rediscutir os procedimentos e reavaliar a prática teatral. É possível desenvolver propostas metodológicas focadas no envelhecimento e na arte utilizando-se de ações interdisciplinares, perpassando o processo de autoconhecimento, instigando a educação libertadora de mitos e pré-conceitos e estimulando a leitura da arte, o fazer artístico e sua contextualização; e assim possibilitar, por meio da vivência artística, o processo inclusivo, contemplar as especificidades do público idoso e promover, por meio da inclusão cultural, melhor qualidade de vida nessa fase da vida.

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