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Retrospectiva em ação

A partir do dia 4 de abril, tem início a 39ª edição do Festival Sesc Melhores Filmes – o mais antigo festival de cinema de São Paulo. No início de 2013, o público e a crítica selecionaram as 40 obras dentre os 309 filmes que foram lançados na cidade em 2012, sendo 17 delas produções brasileiras e 23 estrangeiras. Tal gama de produção cinematográfica que irá compor a programação do festival inclui os filmes vencedores das categorias (que serão divulgados no dia 3 de abril) e também os que não foram premiados, porém receberam uma votação significativa.

As obras serão exibidas no CineSesc e em outras 18 unidades participantes, como Araraquara, Birigui, Bauru, Campinas, Catanduva,
Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio Preto, São Carlos, Presidente Prudente, Santos, São Caetano, entre outras. “Levar esses títulos para tantas cidades faz parte da missão do Sesc de difundir cultura e garantir seu acesso para todos”, afirma a gerente adjunta do Cine-
Sesc, Simone Yunes. “É uma oportunidade de o público ver e rever seus filmes favoritos.”

O vencedor do prêmio de melhor roteiro pela crítica do 38º Festival Sesc Melhores Filmes (por Trabalhar Cansa), Marco Dutra (ao lado de Juliana Rojas), considera importante o dinamismo que marca o festival. “É interessante ver como os críticos pensam, como avaliam a produção nacional e internacional. Dá pra entender um bocado das posições e gostos de cada um através dos votos. Mas é também fundamental que haja uma votação aberta para o público em geral, porque sempre aparece uma surpresa no pacote,  algo que a gente tinha esquecido e que é bom rever. O público lembra.

O melhor da premiação é a mostra que se segue, em que podemos revisitar os filmes (ou ver pela primeira vez o que foi perdido)”, considera. Além da premiação e exibição de filmes, o festival contará ainda com debates, cursos e o Cinema da Vela – bate-papo com a duração do tempo de queima de uma vela sobre os rumos do cinema nacional (com livre inspiração nas noites do samba paulistano). Todas as atividades têm acessibilidade integral, com espaços adaptados nas salas de exibição e demais dependências para atender todos os tipos de público, promovendo a inclusão sociocultural. “O festival exercita a cidadania e promove a acessibilidade de ingressos, além de dar aos deficientes visuais e auditivos uma chance única de conferir esses títulos com audiodescrição [descrição de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos] e legendas open caption [legenda a mais no filme, descrevendo os sons além dos diálogos]”, ressalta Simone Yunes.  Acompanhe a programação pelo Em Cartaz.

Brennand fora de casa

A produção do artista pernambucano Francisco Brennand ganha retrospectiva no Sesc Interlagos – de 2 de fevereiro a 30 de junho –, intitulada Milagre da Terra, dos Peixes e do Fogo. Raramente exibidas fora de seu ateliê – localizado no bairro da Várzea, em  Recife –, as peças de cerâmica foram reunidas com ajuda do museólogo baiano (e também escultor) Emanoel Araújo, que assina a
curadoria da exposição.

Performances clássicas

Um dos principais grupos de performance do mundo, a companhia norte-americana The Wooster Group apresentou dois espetáculos no Sesc Pompeia em março. Hamlet (de 14 a 17) mistura o texto clássico do inglês William Shakespeare (1564-1616) com cenas gravadas de uma montagem da Broadway de 1964 – documentada na época para transformar-se em filme. Vieux Carré, do dramaturgo norte-americano Tennessee Williams (1911-1983), também recebe nova leitura, e passa a ser ambientada em uma pensão de Nova Orleans, onde o próprio Williams se hospedou quando jovem.

50 Anos em 2013

Com o selo comemorativo acima, o Sesc celebra 50 anos de um trabalho pioneiro no país: a ação social com idosos, priorizando a  inclusão social do velho e a criação de oportunidades de convivência entre gerações. Para a comemoração, a instituição programa
uma série de atividades como o Fórum – Perspectivas para Ações junto ao Cidadão Idoso, no Sesc Bertioga, e uma
edição especial da revista “A Terceira Idade”, que o Sesc edita sobre o tema (sescsp.org.br/sesc/revistas/ti).

Produção argentina

O projeto Caros Hermanos, realizado pelo Sesc Vila Mariana durante todo o mês de março, apresentou um panorama do cenário artístico argentino. Do tango – e suas derivações mais modernas – ao rock e a música popular. Apresentaram-se, entre outros artistas, o grupo de pop rock The Nada (7 e 8), a Orquesta Típica Fernandez Fierro (14) e o acordeonista Hernan Crespo Cuarteto (20). Além dos shows, a grade incluiu também a exibição de filmes.

Do melodrama à comédia

No espetáculo Amor Confesso – apresentado no Sesc Belenzinho, em 14 de março –, entram em cena quase 30 personagens, de oito contos do autor maranhense Arthur Azevedo (1855-1908), que falam dos encontros e desencontros do amor. A trilha musical,
executada ao vivo, passeia por diversos gêneros teatrais, como o melodrama, a farsa e a comédia musical. A montagem é da Cia.
Falácia e a direção de Inez Viana.