O racismo estrutural atinge mulheres negras de diversas formas, inclusive na amamentação. Por conta da vulnerabilidade e ausência de rede de apoio, as mães negras acabam amamentando menos do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições.

Além disso, as mulheres negras sofrem mais violência obstétrica, pior assistência pré-natal e recebem menos orientação sobre amamentação. A pele negra tem suas particularidades na identificação de questões que podem atrapalhar a amamentação, como a mastite. Essa roda de conversa pretende abordar os desafios e particularidades da amamentação negra. Bate papo para debater como racismo interfere na amamentação das mães negras e como proteger a amamentação: uma responsabilidade de todes.

Tiacuã Fazendeiro é pediatra formada na Unicamp e na Santa Casa de São Paulo, com pós graduação em pediatria ambulatorial pela Santa Casa de São Paulo, Centro Pediátrico Eludicar e CAEPP (Centro de Apoio, Ensino e Pesquisa em Pediatria), onde acompanhou diversos aspectos dos cuidados a bebês, crianças e adolescentes, portadores ou não de doenças crônicas. Consultora de amamentação com formação pelo Instituto Mamebem e pela Lumos Cultural/Bianca Balassiano. Atua como pediatra no Centro Pediátrico Eludicar, faz assistência ao recém-nascido em sala de parto junto ao Coletivo Aurora, que objetiva a humanização do cuidado neonatal e é preceptora de Pediatria na Atenção Básica na residência de Medicina de Família e Comunidade em São Bernardo do Campo. Estuda o racismo e seus impactos na formação de crianças e adolescentes. É cocriadora do perfil e site Amamentação Negra e da Semana de Apoio à Amamentação Negra no Brasil.