Informações e ações locais no combate à epidemia
_{Texto: Meire Coelho*}

Os números que envolvem a proliferação do mosquito transmissor, Aedes Aegypti, e de pessoas atingidas pela doença, são cada vez mais alarmantes. Segundo informações da Secretaria da Saúde, só no estado de São Paulo são mais de 195 mil casos em 2024, sendo 60 mortes já confirmadas por dengue, até a primeira quinzena de março, e outros 154 óbitos suspeitos que ainda estão sob investigação. Devido a essa explosão, o governo decretou Estado de Emergência em São Paulo.

Surto ou Epidemia de Dengue?
A incidência de um grande número de casos de uma doença específica em uma região, bairro ou cidade, recebe a denominação de surto. No entanto, há uma quantidade limite para que receba essa definição e, quando ultrapassada, a ocorrência passa a ser tratada como uma epidemia. A OMS – Organização Mundial da Saúde considera que a partir de 300 casos, para cada 100 mil habitantes, já se trata de uma epidemia. E foi essa marca que o estado de São Paulo ultrapassou neste mês: 311 confirmações da doença para cada 100 mil habitantes.

O Que é Estado de Emergência?
Este decreto possibilita que gestores públicos possam dispor e destinar mais recursos, e com muito mais rapidez, para o enfrentamento de uma epidemia, sem passar por processos morosos de licitação, além de receber aportes do governo federal, por meio do Ministério da Saúde. A partir do decreto estadual, os municípios podem fazer o mesmo e obter, para ações urgentes, mais recursos e agilidade para contratação de pessoal e aquisição de insumos.

Agindo localmente
Nesse sentido, vendo municípios, estados e até países inteiros travando uma árdua batalha para tentar derrotar o mosquito transmissor da dengue e seus nefastos efeitos e, principalmente, por se tratar de assunto de utilidade pública, consideramos pertinente contar aos frequentadores do Sesc as ações que a unidade de São Caetano tem adotado para prevenção e combate da epidemia:

• Nosso setor de infraestrutura e serviços tem uma lista de checagem diária e se empenha para identificar espaços e objetos que possam ter acúmulo de água da chuva e age para impedir que sirvam de criadouros do Aedes, como telhas, calhas e até mesmo as cascas que caem dos coqueiros, como a da foto;
• A piscina da unidade, desativada temporariamente para manutenção e reforma, possui uma reserva técnica de água que recebe diariamente o tratamento adequado, o mesmo utilizado quando a piscina está em funcionamento;
• Estão disponíveis a todos os funcionários e frequentadores, nas áreas externas da unidade, inseticidas e repelentes;
• Nos jardins, foram instaladas iscas luminosas que atraem e exterminam os mosquitos;
• Além de todos esses cuidados diários, o Sesc São Caetano segue atento a todas as orientações da Gerência de Saúde e Odontologia do Sesc São Paulo e dos órgãos públicos de saúde.

MAIS SOBRE A DENGUE

Atenção aos sintomas:
– Febre alta;
– Dor no corpo e nas articulações;
– Dor atrás dos olhos;
– Mal-estar;
– Dor de cabeça;
– Manchas vermelhas no corpo.
Em caso de um ou mais sintomas, não hesite, procure uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e não faça uso de medicamentos sem conhecimento médico.

E a vacina?
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) e, a partir de fevereiro de 2024, o imunizante passou a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação . Na primeira etapa da vacinação, foram contemplados 521 municípios distribuídos em 37 regiões de saúde do país. A disponibilização da vacina, no entanto, não pode deixar que baixemos a guarda! O controle do vetor Aedes Aegypti ainda é o principal método para prevenção e controle da dengue e outras doenças como Chikungunya e Zika. Agora é sua vez: faça sua parte, fique atento às condições da vizinhança, às ações do seu município e espalhe a informação. Afinal, esse compromisso é de todos!

*editora web do Sesc São Caetano