Sesc SP

Matérias da edição

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Notas da programação


Medeia Negra | Foto: Adeloyá Magnoni. 

 

Longa vida ao tablado

Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto celebra meio século com uma programação diversificada e reflexão crítica
 

De 4 a 13 de julho, São José do Rio Preto se transforma em palco da programação de 50 anos do Festival Internacional de Teatro (FIT). Criado em 1969 com o nome de Festival Nacional de Teatro Amador, foi no ano de 2001 que o evento ampliou fronteiras e assumiu uma dimensão internacional, após parceria entre a Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto e o Sesc São Paulo.

Anualmente, o festival leva a teatros, ruas e espaços alternativos da cidade diferentes diálogos com o teatro contemporâneo. Nesta edição, uma equipe formada pelo dramaturgo e diretor Alexandre Dal Farra, pelo crítico e pesquisador Ruy Filho e pela assistente da Gerência de Ação Cultural do Sesc Adriana Macedo foi responsável por selecionar trabalhos entre os 755 inscritos, sendo 707 de todas as regiões do Brasil e 48 do exterior. Ao todo, serão encenados 28 espetáculos nacionais e 6 internacionais (três de Gana, um do Irã, um da França e um do México).

“Ao estimular eventos culturais de grandes dimensões e relevância internacional, como é o FIT, o Sesc promove a fruição e a formação nas artes, as concebendo como importantes alicerces de cenários diversos e de coexistência, onde o ponto de vista oriundo de cada corpo, contexto sociocultural ou ancestralidade consiste na afirmação de subjetividades criativas, políticas e poéticas”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.
 

Ao estimular eventos culturais de grandes dimensões e relevância internacional, como é o FIT, o Sesc promove a fruição e a formação nas artes

Danilo Santos de Miranda,

diretor do Sesc São Paulo

 

 


As Comadres | Foto: Lina Sumizono. 

AS COMADRES

Neste mês, o Sesc Consolação recebe o espetáculo musical As Comadres, com direção de Ariane Mnouchkine, fundadora do grupo francês Théâtre du Soleil. No elenco, 20 atrizes brasileiras revezam-se em diversos papéis para contar a história de Germana. A protagonista, moradora de um bairro periférico, ganha um milhão de selos premiados e reúne amigas e familiares para colar os selos e conversar. A partir daí, desenrolam-se diversas situações dramáticas cujo pano de fundo é composto por questões como opressão, repressão e desvalorização da mulher.

 

ARTE EM FOCO

De 29 a 31 de julho, o Centro de Pesquisa e Formação recebe importantes nomes nacionais e internacionais para o 2º Simpósio Internacional de Relações Sistêmicas da Arte. Entre os participantes, o pesquisador Néstor García Canclini, professor emérito da Universidade Metropolitana Autônoma do México, e a curadora Mônica Hoff, que coordenou o projeto pedagógico da Bienal do Mercosul de 2006 a 2014. Em pauta, as transformações nas artes visuais que permeiam o fazer artístico, sua legitimação, visibilidade, circulação e acesso.


 

Kintusgi se alinha a uma tendência contemporânea do teatro que busca romper com a representação ficcional e se aproximar do “real”

Paulo Bio Toledo, no jornal Folha de S.Paulo,

 sobre a peça do grupo Lume Teatro, que esteve

 em cartaz no Sesc Avenida Paulista até 23/6.


 


Colonia cratera | Foto: Vitor Wiedergrün.

CHÃO DE ESTRELAS

Olhar para o céu foi uma ação fundamental para o desenvolvimento da agricultura, da filosofia e também de sonhos e utopias. Fascinados pelas alturas e seus limites, os seres humanos (e a cachorra Laika) viajaram para o espaço. Por isso, neste mês em que se celebram 50 anos desde que a humanidade pisou na Lua, o Sesc Campo Limpo realiza uma série de atividades que mira o universo e suas diversas facetas. Na programação de Sob o Céu de Campo Limpo, filmes, cursos, espetáculos e outras atividades voam alto. Destaque para a Observação do Céu com Telescópios, realizada entre os dias 9 e 21 de julho (a depender das condições climáticas).

 


Foto: Divulgação.

Neste mês, o CineSesc recebe a 14ª edição do Festival Latino-Americano de Cinema. Entre os dias 24 e 31 de julho, serão exibidos aproximadamente 106 filmes de 16 países da América Latina e do Caribe. A ficção venezuelana Eu Impossível (foto), da diretora Patricia Ortega, é um dos destaques da mostra.

 


Os Olhos Azuis de Yonta | Foto: Reprodução.

CINEMA DE MEMÓRIA

Em julho, o Sesc Belenzinho dá sequência ao ciclo de exibição de filmes e debates Áfricas: De Áfricas e Diásporas. Cinema de Memória, Cinema de Luta. No dia 20/7, é a vez da projeção dos curtas-metragens Antes de Ontem (Caio Franco, Brasil, 2018) e Travessia (Safira Moreira, Brasil, 2017), entre outros. No mesmo dia haverá o bate-papo Curadoria Afro-Diaspórica, com Amaranta César, doutora em Cinema e Audiovisual pela Universidade Sorbonne Nouvelle (Paris 3); Izabel de Fátima Cruz Melo, pesquisadora associada na Filmografia Baiana; Lilian Solá Santiago,  documentarista, pesquisadora e professora; e Caio Franco, cineasta.

 

EDIÇÕES SESC NA FLIP

Neste mês, as Edições Sesc São Paulo desembarcam na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). Autor homenageado desta 17ª edição, Euclides da Cunha será tema da mesa Os Sertões: História, Cinema e Literatura, na Casa Edições Sesc, dia 13/7. Participam desse bate-papo, que teve o apoio do Instituto Camões e do Prêmio Oceanos de Literatura, a escritora Isabel Lucas e o cineasta Miguel Gomes, ambos de Portugal. Na ocasião, eles vão falar sobre as intersecções da obra de Euclides da Cunha na literatura e no cinema, tendo Os Sertões (coedição entre Edições Sesc São Paulo e a Ubu Editora) como pano de fundo.

 

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