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O Gebo e a Sombra, 32º longa do diretor português Manoel de Oliveira, é uma prova do porquê, aos 105 anos, o cineasta é considerado um dos mais produtivos, realizando em média um novo filme por ano. O longa tem um elenco de peso, com astros europeus como a atriz italiana Claudia Cardinale e os franceses Michael Londsdale e Jeanne Moreau.

A história é baseada em uma peça de teatro de Raúl Brandão, conterrâneo de Oliveira, escrita em 1923. A trama não poderia ser mais atual, uma vez que o Gebo retrata a crise econômica europeia sob o viés da ambição e dos valores morais. “Sendo 'O Gebo' uma peça de teatro adequada à atual perda de valores das sociedades e à crise que hoje atormenta a Europa, pareceu-me propícia sua adaptação como um reflexo do que está por aí. E me parece que o mundo está pobre”, declarou o cineasta à época do lançamento do filme na Europa.

O GEBO E A SOMBRA TRAILER from O SOM E A FÚRIA on Vimeo

O longa foi exibido pela primeira vez no Brasil em 2012, durante a 36º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A produção reuniu críticas interessantes, como a do jornal O Estado de S. Paulo, que considera O Gebo e a Sombra “um drama sobre a honestidade, é também uma tragédia sobre a cobiça. Sempre existe essa dubiedade nos assuntos humanos”. 'O Gebo' teve sua primeira exibição no Festival de Veneza e em mais oito mostras em 2012.

Sobre Manoel de Oliveira

Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu em 11 de dezembro de 1908, na cidade do Porto, em Portugal, e começou a trabalhar com cinema no final da década de 1920. Desde o fim dos anos 1980, ele é um dos diretores mais produtivos, e é conhecido por ser o cineasta mais velho em ação, com uma filmografia que se estende desde o cinema mudo até a era digital.