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Amor é tema de mostra no Sesc Ribeirão

Xico Sá está entre os convidados do Amor Diverso
Xico Sá está entre os convidados do Amor Diverso

Programação propõe uma reflexão sobre o amor e suas mutações ao longo do tempo

Que tipo de Amor se estabelece no mundo contemporâneo? O Amor romântico está em crise? É possível amar várias pessoas ao mesmo tempo? As redes sociais tornam a experiência do amor mais efêmera? Como os artistas estão criando suas obras a partir das novas configurações do amor?

De 7 de janeiro a 28 de fevereiro, o Sesc Ribeirão Preto apresenta uma programação especial e intensa sobre as diferentes formas de amor. Intitulado “Amor Diverso”, o projeto é composto por bate-papos, espetáculos de dança e teatro, intervenções artísticas, show musical e exibição de filmes. Nas linguagens presentes, artistas, escritores e jornalistas de vários cantos do país foram convidados a apresentar sua leitura sobre amor na contemporaneidade.

O grupo de Teatro dA MARé, de Ribeirão Preto, abre a programação com o espetáculo “A Maré”, montagem encenada em um apartamento emprestado no qual os atores tornam-se anfitriões, instalando em cada cômodo um jogo de realidades e afetações. 

Os espetáculos “Só Entre Nós”, dirigido por Joca Andreazza, “Arrufos”, com Grupo XIX de Teatro de São Paulo, “4 Estações ou Encontros e Desencontros”, de Vinicius Piedade e “Aqueles Dois”, com a Cia Luna Lunera de Belo Horizonte, completam a programação teatral.

Com direção e coreografia de Alex Neoral, o grupo carioca Focus Cia de Dança apresenta “As canções que você dançou pra mim”, espetáculo que coloca em cena quatro casais embalados por um pot-pourri de canções interpretadas por Roberto Carlos.

Contos de Florbela Espanca, Hilda Hilst, Fernando Pessoa, Maiakovski, entre outros, compõem o repertório da performance sensorial “Paixão”, realizada pelo Grupo Sensus, de São Paulo. Com a plateia vendada, as poesias são declamadas de forma que cada espectador vivencia uma experiência única. “Paredes Externas” , intervenção que une linguagens como teatro, audiovisual, dança, música e arquitetura cênica, também acontece no espaço da unidade.

Na grande tela, produções como “Ela” (Her/EUA/2013) e “Azul é a cor mais quente” (La Vie d’ Adèle/França/2013) e o curta nacional “Poliamor” complementam os olhares sobre o tema.

Para incitar a reflexão, a programação também inclui bate-papos com cronistas e especialistas.  A escritora e doutora em filosofia Marcia Tiburi abre o ciclo de conversas com “Amor: Uma Reflexão Sobre Uma Emoção Essencial”, seguida pelo cronista Fabricio Carpinejar, que discute “A Felicidade Da Insistência Em Tempo De Separações Líquidas”.  Para encerrar os debates, Xico Sá expõe a crise do homem contemporâneo e suas incertezas diante da nova mulher em “O Macho Perdido E A Fêmea Que Se Acha”.

Concebida pela Cia. Excessos, a exposição “Beija-me” permanece em cartaz na Sala de Exposições durante todo o projeto. Videoperformances, projeções e intervenções ultrapassam o limite da unidade e levam, por meio das artes visuais, o tema para vários cantos da cidade.  A Cia Janela do Coletivo traz "Mapeando o Amor", que vai percorrer três bairros - Campos Elíseos, Vila Tibério e Centro - registrando curtos momentos em que se estabelece o amor. O resultado será projetado nos muros e na Área de Convivência do Sesc. Para praças do Jardim Paulista e Campos Elíseos, a artista visual paraense Roberta Carvalho vai trazer suas “esculturas de luz”, com a intervenção “Symbiosis”.

E para falar de amor, não pode faltar música. A paraense Aíla vai embalar os corações com o show “O amor é brega”, que inclui clássicos como "Eu não sou cachorro, não” de Waldick Soriano e “Princesa” de Amado Batista.

Confira a programação completa.