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Notas da Programação


Geração de Ouro

Exposição em homenagem a Rosa Branca, bicampeão mundial e decacampeão brasileiro de basquetebol, valoriza o contato com a cultura com a e a memória esportiva do país

Até 30 de agosto, o Sesc Itaquera oferece ao público uma visita ao período áureo do basquetebol brasileiro. Aberta em abril deste ano, a exposição Rosa Branca e a Era de Ouro do Basquetebol homenageia Carmo de Souza, o Rosa Branca. Além de ser reconhecido como um dos mais importantes jogadores da geração que conquistou o bicampeonato mundial de basquete na década de 1960, o esportista foi por muito tempo parte da equipe da área de esportes do Sesc.

A exposição traz fotos, vídeos, medalhas e artigos de jornais que contam a história do atleta, desde seu nascimento em 1940 até o falecimento em 2008. Ao longo da carreira, Rosa Branca colecionou dez títulos de Campeão Brasileiro de Clubes, dois Campeonatos Mundiais e duas medalhas olímpicas, entre outros títulos. Formado em Educação Física, após se aposentar das quadras, em 1971, manteve-se vinculado ao esporte nas funções de técnico da programação esportiva do Sesc-SP e diretor da Federação Paulista de Basquetebol.

Com curadoria de Kátia Rúbio – membro da Academia Olímpica Brasileira, especialista em estudos olímpicos no Brasil e autora de 19 livros na área de Psicologia do Esporte e Estudos Olímpicos – e cenografia de Albert Sugai, a exposição ocupa a sede social e o ginásio de esportes, que receberá também uma programação paralela com bate-papos, torneios e clínicas especiais de basquete.

“Projetos como este, que têm o esporte como eixo curatorial, são de fundamental importância por proporcionar o contato para além da prática esportiva, articulando novos tipos de intercâmbio, suscitando novas percepções e olhares que o aproximam do público, especialmente daqueles não familiarizados com o tema”, afirma o supervisor da área de esportes do Sesc Itaquera, Mário Augusto Silveira. “A contínua elaboração de ações que reverenciam a cultura esportiva brasileira é um importante instrumento para o exercício da cidadania e para a conservação da memória e da cultura de um povo”, completa.


“PROJETOS COMO ESTE, QUE TÊM O ESPORTE COMO EIXO CURATORIAL, SÃO DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA POR PROPORCIONAR O CONTATO PARA ALÉM DA PRÁTICA ESPORTIVA, SUSCITANDO NOVAS PERCEPÇÕES E OLHARES QUE O APROXIMAM DO PÚBLICO”
MÁRIO AUGUSTO SILVEIRA, supervisor da área
de esportes do Sesc Itaquera

 


NOVO SESC

A Virada Cultural, realizada nos dias 20 e 21 de junho, contou este ano com programações em um novo espaço para a cultura na cidade: o futuro Sesc Parque Dom Pedro II. A área de 9 mil m², situada no centro histórico da cidade entre o Mercado Municipal e o Museu Catavento, reuniu atividades de teatro, circo, música, dança, literatura, cinema e artes visuais. O espaço foi concedido à instituição por meio de projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal e agora está sendo preparado para oferecer ao público todos os programas do Sesc.


“NÃO FAZIA SENTIDO UMA INTÉRPRETE DE MÚSICA NEGRA NÃO FAZER UM TRABALHO QUE TIVESSE OS PÉS NA BAHIA. JÁ ERA HORA”
FABIANA COZZA, em entrevista ao jornal
Folha de S.Paulo. Nos dias 18 e 19/6 a cantora
lançou seu quinto CD, Partir, no Sesc Vila Mariana.


“EM UM MOMENTO DE CERTEZAS ABSOLUTAS, DE DISCURSOS CADA VEZ MAIS AFIRMATIVOS, ESTAMOS A OLHAR PARA UM AUTOR QUE LIDA COM A DÚVIDA, COM A FALHA”
FERNANDO GUIMARÃES, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Entre 22/5 e 28/6 o Coletivo Irmãos Guimarães esteve em cartaz no Sesc Belenzinho com a ocupação Sozinhos Juntos, dedicada à obra do dramaturgo Samuel Beckett.

CULTURA  E PATRIMÔNIO
Em parceria com o Museu da Pessoa, em São Paulo, e o Musée de la Civilisation, no Canadá, o Centro de Pesquisa e Formação oferece o workshop Espaços de Memória e Cultura: Participação e Comunidade. O curso, que acontece entre 27/7 e 1º/8, analisa e debate mudanças ocorridas nos museus – tanto em relação aos espaços físicos como em relação ao público. O workshop compara práticas patrimoniais recentemente desenvolvidas no Brasil e no Canadá, a fim de aprimorar a participação da comunidade de maneira mais inclusiva. Além das aulas teóricas, os participantes têm a oportunidade de visitar instituições culturais.

CORPO EM MOVIMENTO
De 23/6 a 6/12, das 19h às 21h15, o Sesc Vila Mariana oferece o curso Gesto Orientado, no qual os participantes podem aprender a movimentar-se de forma harmoniosa e saudável. A atividade é ministrada pelo professor e coreógrafo Ivaldo Bertazzo, conhecido pelo Método da Reeducação do Movimento e criador do conceito de cidadão dançante. Segundo essa ideia, mesmo aqueles que não são bailarinos podem encontrar uma forma de expressão, reinventando os próprios movimentos. A ideia é que, ao final do processo, em apresentações, o grupo possa revelar um corpo vivo, presente em cada gesto e atitude.

DA MARGINALIDADE AO MAINSTREAM
Durante o mês de julho, o Sesc Santana realiza o projeto Tatuagem: da Marginalidade ao Mainstream, que busca problematizar a tatuagem não apenas sob o olhar da estética, mas também da História, da Antropologia e das Artes. Composto de mesas de conversa, oficinas, performance e uma feira de produtos, o projeto debate as mudanças de significado vividas pela tatuagem. Além disso, propõe uma análise dos percursos trilhados por essa prática artística cada vez mais comum, que pode ser vista como bem cultural e não apenas como mercadoria a ser consumida.

AMAZÔNIA OCUPADA
De 16/7 a 13/9, o Sesc Bom Retiro apresenta a exposição Amazônia Ocupada, com fotografias do artista João Farkas e curadoria de Paulo Herkenhoff. A mostra delineia um percurso histórico da ocupação na região amazônica e seu impacto nas populações e meio ambiente. Ao longo de oito anos, entre 1986 e 1994, Farkas percorreu a Amazônia brasileira e viu de perto as mudanças no local. Nos registros que produziu, o fotógrafo mostra seu olhar sobre as transformações do território no período da corrida do ouro, abertura de estradas, imigração e projetos agropecuários.


TEATRO DO JAPÃO
Levando ao público um pouco das manifestações teatrais mais antigas do Japão, nos dias 1º e 2/7, o Sesc Pinheiros recebeu dois espetáculos: Funa-Benkei (Benkei no Barco), história de autoria de Kanze Kojiro Nobumitsu, e Ne-onguioku (Cantando Deitado), de autoria desconhecida. A primeira peça é um exemplar do teatro nô, conhecido por combinar canto, dança, poesia e música, e considerado uma síntese da cultura japonesa. Já a segunda faz parte do kyoguen, linha teatral que explora temas do cotidiano ou contos populares, revelando os defeitos do ser humano.