JUVENTUDES EXPRESSAS | Arte dá vazão ao potencial de jovens

31/07/2022

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Leia a edição de agosto/22 da Revista E na íntegra

DIFERENTES LINGUAGENS ARTÍSTICAS DÃO VAZÃO À EXPRESSÃO E AO POTENCIAL CRIATIVO DE JOVENS NOS TERRITÓRIOS QUE OCUPAM

Nunca houve um número tão grande de jovens no Brasil. Hoje, nosso país é lar de quase 50 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, ou seja, um quarto da população, segundo dados do último relatório do Atlas das Juventudes, que conta com o apoio de universidades, institutos e organizações não governamentais. Mas, o que esse número quer dizer? Especialistas acreditam que o atual cenário precisa ser visto como uma janela de oportunidades. Ou seja, um momento de grande potencial para o desenvolvimento do país, já que se trata de uma geração de protagonistas que já estão promovendo impactos sobre a sociedade, tendo em mãos a arte como ferramenta de expressão, comunicação e transformação.  

“A arte é a principal expressão dos seres humanos quando esses conseguem se livrar das amarras das necessidades materiais. Ainda que em condições adversas e com menor estrutura, os jovens moradores das periferias urbanas têm realizado um leque imenso de produções artísticas, que revelam muitos papéis possíveis da arte, desde a expressão sensitiva e humana, passando pelo combate à violência, à possibilidade de geração de renda e até como formulação política”, observa Tiaraju Pablo D’Andrea, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/Campus Zona Leste) e da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP).

Autor do livro A formação das sujeitas e dos sujeitos periféricos: cultura e política na periferia de São Paulo (Dandara, 2022), Tiaraju ainda frisa que “por meio de distintas expressões artísticas, os jovens conseguem comunicar seus desejos subjetivos e também denunciar suas dificuldades objetivas”.   

Espaço Juventudes, no Sesc Guarulhos. Foto: Matheus José Maria.
Espaço Juventudes, no Sesc Guarulhos. Foto: Matheus José Maria.

DESCOBERTA E PERTENCIMENTO

Foi assim para a produtora e articuladora cultural Victoria Madeiro, que já realizou curadorias para festivais periféricos, idealizou eventos como o CarnaGeek e o Festival do Passinho, e atuou em outras produções, como o Mês do Hip Hop. A escolha por esse caminho profissional se deu de maneira natural, já na infância, na Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, pela influência dos irmãos mais velhos – músicos autodidatas que tocavam cavaquinho e banjo num grupo de pagode –, e da irmã – passista de escola de samba. “Com sete ou oito anos, eu frequentava espaços públicos culturais, onde fiz capoeira, dança e teatro desde essa idade e aproveitei muito as políticas culturais da cidade, que foram imprescindíveis para a construção da pessoa que me tornei. Posteriormente, me inseri em políticas culturais voltadas para a formação nessa área”, compartilha. 

Para Victoria, apesar da juventude ser considerada uma fase de descobertas e de “encontros consigo e com o mundo”, os jovens são descredibilizados. No entanto, pela arte, há a possibilidade de expressarem sentimentos e inquietações que não são ouvidos ou entendidos. “O fazer artístico impacta de forma individual e coletivamente o ambiente onde esses jovens estão; dá esperança a eles; faz com que eles se sintam pertencentes e protagonistas. Para além disso, muitas vezes esse jovens são aqueles que movimentam a cultura local, a cultura da rua, do quarteirão, do bairro”, destaca a produtora, que é graduanda em Gestão de Políticas Públicas pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), e produtora do projeto Cósmicas – Programa de Lideranças Femininas, do Instituto Tomie Ohtake, na capital paulista.

Tendo em vista esse potencial de reverberar mudanças, Victoria Madeiro ressalta que são muitas as juventudes e os territórios que elas ocupam. “Os jovens da periferia são diversos, a juventude da periferia não é uma e, por isso, as expressões são diversas, o jeito de comunicar é diverso. E essa gama de linguagens artísticas representa essa diversidade. As pessoas estão sempre em busca dos seus pares porque é desse modo que vão se criando coletivos, grupos e, assim, a linguagem ganha força e notoriedade naquele território.”

Cena do espetáculo "Humus Corpos Invisíveis", da Cia. Quadro Negro, de Ribeirão Preto (SP). Foto: @joaoftk_1
Cena do espetáculo “Humus Corpos Invisíveis”, da Cia. Quadro Negro, de Ribeirão Preto (SP). Foto: @joaoftk_1

AMPLIFICAR VOZES

Criada em 2018, no município de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo, a Cia. Quadro Negro é resultado dessa “busca por pares”, de um reconhecimento no outro que também pertence ao seu território para, então, somar forças e talentos. A companhia é composta por artistas negros que já atuavam no teatro junto a jovens artistas negros recém-formados em projetos sociais e no curso técnico de Arte Dramática do Senac. 

“O grupo surge a partir da necessidade de dar voz a pautas negras que não eram discutidas pelas artes cênicas, até então, na cidade. Mesmo com uma vasta produção teatral e sendo um dos polos dentro do estado de São Paulo, a quantidade de artistas negros atuando no teatro [em Ribeirão Preto] era ínfima”, destaca Washington de Paula, integrante da companhia, que também é formada por Camilla Teles, Deise Cardoso, Lorena Ramos, Noah Almeida, Precy e Romã Andrade.

Pelo caminho das artes cênicas, esses sete artistas deram vazão às próprias vozes e a de outras juventudes que também não se viam representadas no palco. E apesar de o grupo ainda “esbarrar na escassez de incentivo público para a realização de ações artísticas e culturais”, segundo a atriz Deise Cardoso, “os espetáculos e demais ações artísticas da Cia. Quadro Negro tiveram muitos desses jovens como público”. Jovens que não tinham o hábito de ir ao teatro ou, como constatou Deise, “não se sentiam pertencentes a esse espaço, ainda muito elitizado em nosso país”. 

Ao longo dos últimos cinco anos de atuação, a companhia vê, na prática, que o teatro é uma ferramenta de transformação social. “Desde então, constantemente nos sentimos motivados a protagonizar uma arte que é denúncia. Os índices de violência não diminuíram, o racismo antes velado está escancarado; essas notícias são usadas e atualizadas no espetáculo Húmus Corpos Invisíveis”, exemplifica Precy. Dessa maneira, complementa, “demonstramos no palco quem somos, não escondemos nossos cabelos, nossa pele, nossos traços, e atingimos uma juventude que pode se enxergar ali, vendo representada sua cultura, seu bairro e suas histórias”.

Integrantes do Slam do Prego, que acontece em Guarulhos (SP). Fotos: Divulgação.
Integrantes do Slam do Prego, que acontece em Guarulhos (SP). Fotos: Divulgação.

LUGAR DE CULTURA

Segundo o professor e pesquisador Tiaraju Pablo D’Andrea, o contexto de violência na década de 1990 fez com que a arte produzida nas periferias ganhasse um impulso “como forma de pacificação e de reativação de um tecido social cada vez mais esgarçado”. “Nesse ponto, cabe ressaltar o papel que o movimento hip hop, os saraus e a literatura marginal tiveram entre o final da década de 1990 e a primeira década dos anos 2000”, contextualiza.

De lá para cá, com ou sem políticas públicas ou recursos privados, juventudes de diferentes territórios periféricos vêm se expressando artisticamente com meios que estão ao seu alcance, a exemplo de redes sociais, como o Instagram e o Facebook, e canais de vídeos, caso do YouTube [leia reportagem Juventudes Conectadas, publicada na Revista E nº 302, de dezembro de 2021]. “Cabe lembrar, também, os impactos estéticos e o sentimento de pertencimento gerados por essa cultura periférica que, de fato, conseguiu mudar a imagem que a sociedade fazia das periferias. Se antes esses territórios só eram lembrados por violência e pobreza, hoje para pensar periferias, há que necessariamente se pensar em cultura”, destaca D’Andrea.

Fruto desse movimento cultural nas periferias, as batalhas poéticas conhecidas como slams tornaram-se espaço de expressão e de trocas entre juventudes, principalmente para reivindicação de oportunidades, como saúde, educação, cultura, e de visibilidade social. Movimento que teve início na década de 1980, nos Estados Unidos, os slams desembarcaram em outros países do mundo, e em cada lugar apresentam suas particularidades, mas mantendo o corpo, a voz e a poesia como ferramentas. 

Esse é o caso do Slam do Prego, criado por um grupo de jovens, em 2017, no município de Guarulhos (SP), atualmente formado por: Monique Helen da Silva (Amora), Victor Emanuel Araújo dos Santos (Nuel), Adams Pontes de Sá (Adams), Vitória Oliveira da Silva (Vicky), Walker Laurentino dos Santos (Duwalz), Wesley Rodrigues dos Santos (Doeste), Rodrigo de Souza Oliveira (Trefego) e Pedro Henrique de Melo Barbosa (Pedro). “O Slam do  Prego é um espaço livre para que os poetas se expressem num cenário de fortes desigualdades sociais. Poucas vezes, grupos marginalizados e sob vulnerabilidade social têm essa oportunidade”, explica Nuel. 

Dentre os versos declamados por slammers que participam do grupo, muitas são as visões porque muitas são as juventudes de Guarulhos, explica Nuel. Mas, diante de um cenário desigual, o verso do slammer Pedro fala por todos: Situação caótica, momento de esperançar/ Sim, a favela vive e o povo vai se revoltar/ Vamos cuidar dos nossos que o nosso dia vai chegar. “Acreditamos ser possível combater a violência e a marginalização por meio da arte e queremos dar uma alternativa aos jovens periféricos, fazê-los acreditar que eles também são artistas”, complementa Nuel. 

Quem também passa esse recado é o youtuber Audino Vilão, que mantém um canal desmistificando conceitos “cabulosos” de filosofia. Em vídeo gravado para o Programa Juventudes do Sesc São Paulo, ele disse: “Ser jovem é você ir na bota do seu sonho, é você correr, é realizar seu sonho. É ter essa ‘responsa’ e consciência de que nós podemos sonhar, perseguir os estudos e alcançar nossos objetivos.” Por fim, complementa o professor e pesquisador Tiaraju: “é inegável o impacto que esses artistas e coletivos trazem no que tange às opções de lazer e de fruição, bem como práticas educativas nos territórios populares.” 

Capa de um dos vídeos do youtuber Audino Vilão. Foto: Divulgação.
Capa de um dos vídeos do youtuber Audino Vilão. Foto: Divulgação.

JUVENTUDE 2030

Além de instituir o 12 de agosto como o Dia Internacional da Juventude, a Organização das Nações Unidas (ONU) vem reforçando entre seus países membros o compromisso com esta que é a maior geração de jovens da história mundial. Em setembro de 2018, a ONU lançou a estratégia Juventude 2030. O objetivo é que seja realizado um trabalho com e para os jovens de todo o mundo com base em três pilares: paz e segurança, direitos humanos e desenvolvimento sustentável em todos os contextos. Anterior a essa ação, a Agenda 2030 das Nações Unidas, criada em 2015, já identificava os jovens como agentes críticos de mudança social, econômica e global, e, portanto, todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) requerem a participação das juventudes, que representam a parcela da população mais afetada pela pobreza, desigualdade, desemprego e mudanças climáticas. Saiba mais sobre essa estratégia.

Jovens representantes de diferentes países parceiros da ONU e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres (ao centro), no lançamento da estratégia Youth 2030 (Juventude 2030), em setembro de 2018, na cidade de Nova York (EUA). Foto: Mark Garten.
Jovens representantes de diferentes países parceiros da ONU e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres (ao centro), no lançamento da estratégia Youth 2030 (Juventude 2030), em setembro de 2018, na cidade de Nova York (EUA). Foto: Mark Garten.
(Por Maria Julia Lledó)

AMPLIAR HORIZONTES

Sesc São Paulo realiza “Juventudes: Arte e Território”, ação voltada à pluralidade das juventudes, territórios e linguagens artísticas 

Criado em 2019, em comemoração ao Dia Internacional da Juventude (12 de agosto), a ação Juventudes: Arte e Território é realizada pelo Programa Juventudes, do Sesc São Paulo, com o intuito de valorizar a pluralidade de expressões artísticas de jovens. A iniciativa marca a presença e a potência das diversas juventudes, apresentando não apenas o seu fazer artístico, mas também trazendo suas vivências e como elas vão expandindo as fronteiras dos seus territórios geográficos e culturais.

“Essa ação tem por objetivo valorizar a produção cultural de adolescentes e jovens, com idades entre 13 e 29 anos, que fazem da arte, em suas diferentes linguagens e formatos, um instrumento para manifestação de seus olhares e vozes nos diversos territórios que ocupam, sejam esses territórios geográficos, corporais ou virtuais”, explica Gabriela da Silva Neves, assistente da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo, no núcleo de Infâncias e Juventudes.

Apoiada nos eixos “Movimento”, “Palavra”, “Som” e “Imagem”, a programação do Juventudes: Arte e Território deste ano realizará atividades presenciais e virtuais nas unidades do Sesc e em suas plataformas digitais durante os meses de agosto a dezembro. Serão oficinas, bate-papos, encontros, batalhas poéticas (slams), espetáculos de teatro e de música, além de outras expressões. Nas redes sociais, quatro jovens irão compartilhar as suas produções artísticas, visões de mundo, realidades e seus desejos a partir desses quatro eixos. “Nos dois últimos anos, essa ação ganhou um outro alcance, pois as juventudes ocuparam as redes sociais do Sesc São Paulo, possibilitando o acesso de outros públicos à arte desses jovens e, consequentemente, provocando novas percepções, reflexões e maneiras de sentir”, complementa Gabriela Neves. Saiba mais e acompanhe as ações do Juventudes: Arte e Território.

Confira alguns destaques da programação:

CINESESC | Mostra Juventudes – Arte e Território
Com uma programação de filmes que revelam a diversidade das juventudes brasileiras, a Mostra Juventudes – Arte e Território leva ao CineSesc produções realizadas por jovens cineastas em início de carreira. De realizadores premiados a jovens em seus primeiros trabalhos no audiovisual, a mostra apresentará um recorte de narrativas ficcionais e documentais cujos temas revelam as inspirações, desejos, preocupações e sonhos presentes na criação de parte da juventude do país que vê o cinema como uma forte ferramenta de expressão e de mudança social. (Dias 24, 25 e 26/11, quinta, sexta e sábado).

Oficina - Construção de Personagens - Companhia Solilóquios. Foto Rayssa Zago

SESC 24 DE MAIO | Oficina – Construção de Personagens 
Com foco no teatro jovem desde 2018, a Companhia Solilóquios atua na perspectiva de presenciar e entender a importância da representatividade e contemplação do universo de adolescentes e jovens. Para isso, essa oficina visa estimular os pensamentos e questões das juventudes de forma a conduzir a construção de personagens e falas que as representem. (De 12 a 26/08, sextas, das 14h30 às 16h)

SESC AVENIDA PAULISTA | Microfone Aberto – Juventudes
Neste encontro para celebrar a linguagem da palavra falada, o mestre de cerimônias Emerson Alcalde receberá os grupos Batalha do Ana Rosa (que existe desde junho de 2017, ao lado da estação homônima do metrô), Batalha Sexta Free (uma das mais antigas em atividade no Brasil, criada com o intuito de fazer os participantes se questionarem e compartilharem conhecimento), e Slam Poesia Racional (que surgiu para que os participantes da Sexta Free tivessem a oportunidade de mostrar seus trabalhos autorais). Palco, praça e rua do Sesc Avenida Paulista receberão convidados e também vão convidar adolescentes e jovens passantes que queiram se manifestar artisticamente. (Dia 19/08, sexta, das 19h30 às 21h30)

Assista também ao Sesc Ideias – A Produção Cultural das Juventudes nos Diferentes Territórios, do qual participam: Artur Santoro, diretor de produção e projetos da BATEKOO, plataforma voltada ao público negro e LGBTQIA+ que mobiliza mais de 150 mil jovens periféricos em diversas cidades pelo Brasil; Thata Alves, artista multimídia que transita entre vídeo, performance e poesia, e já publicou Em Reticências (2016) e outras obras pela Academia Periférica de Letras; e Marcelo Marques, conhecido como Audino Vilão, que compartilha conteúdos de filosofia de maneira objetiva e com um linguajar de gírias em seu canal no Youtube. O encontro virtual, transmitido em agosto de 2020, foi mediado pela cientista social Nathalia Triveloni, educadora do Programa Juventudes do Sesc Avenida Paulista, e está disponível no canal do Sesc São Paulo no YouTube. Assista ao encontro, na íntegra:  

A EDIÇÃO DE AGOSTO/22 DA REVISTA E ESTÁ NO AR!

Neste mês, quando o mundo comemora o Dia Internacional da Juventude (12/08), o Sesc São Paulo promove mais uma edição da Juventudes: Arte e Território, ação que segue até dezembro discutindo e incentivando a potência das produções culturais das diferentes juventudes. Em reportagem desta edição, damos voz a iniciativas artísticas, em todo o estado de São Paulo, que provam que a arte, em suas diferentes linguagens, dá vazão à expressão e ao potencial criativos dos jovens, impactando os territórios que habitam.

Além dessa reportagem, a Revista E de agosto/22 traz outros conteúdos: um texto sobre os desafios e a importância da amamentação para a saúde dos bebês e o vínculo entre mães e filhos; uma entrevista em que a escritora portuguesa Isabel Lucas, que esteve presente na 26ª Bienal do Livro, defende a literatura como um mapa para se conhecer um país; um depoimento de Davi Kopenawa sobre a defesa da cultura indígena e a preservação da floresta; um passeio fotográfico pelos trabalhos de Eustáquio Neves, artista que reflete sobre o lugar histórico dos afrodescendentes e cuja obra será celebrada em exposição no Sesc Ipiranga, a partir de setembro; um perfil que mergulha no legado plural de Flávio de Carvalho (1899-1973), multiartista que protagoniza uma exposição no Sesc Pompeia, a partir do fim de agosto; um encontro com Renato Maluf, pesquisador que aponta os rostos da fome no Brasil; um roteiro por lugares, atividades e intervenções que espalham poesia pela cidade de São Paulo; um conto inédito da escritora Ieda Magri, intitulado “Vida e amores da senhorita X”; e dois artigos que relacionam língua, discursos e diversidade: Gabriel Nascimento escreve sobre racismo linguístico e Dri Azevedo, sobre linguagem neutra.

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