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Aquário temático

A prefeitura de Santos, cidade do litoral de São Paulo que apresenta a melhor qualidade de vida do estado, tem planos para comemorar os 500 anos do Brasil: reestruturar o pequeno Aquário Municipal e transformá-lo num parque temático que mostre a fauna e a flora marinhas e fluviais existentes na Baixada Santista na época do descobrimento. Para tocar o projeto, que tem custo estimado em R$ 15 milhões, a prefeitura pretende contar com a assessoria de arquitetos norte-americanos e formar parcerias com a iniciativa privada. O retorno do investimento se dará na forma de concessão da área para instalação de restaurantes, lanchonetes e lojas, além da cobrança de ingressos.

O Aquário Municipal de Santos, que em julho passado completou 53 anos, é o mais antigo do gênero no Brasil e o ponto turístico mais visitado da cidade, recebendo uma média de 450 mil pessoas por ano. A prefeitura aposta que, depois de modernizado e com padrão internacional, o Aquário Municipal terá condições de atrair até o triplo do número de visitantes.

Pobres parques

O Brasil, classificado pelos cientistas como o país da megadiversidade, por abrigar mais de 10% das espécies conhecidas do planeta, não só conserva pouco, mas conserva mal seus recursos naturais. Legalmente, existem 88 parques nacionais no país, porém 47 nunca foram implantados, ou seja, jamais saíram do papel (na foto, o Parque Nacional de Roraima).

Para se ter uma idéia, as áreas de conservação ambiental brasileiras contam com apenas 583 funcionários para administrar e fiscalizar um total de 16 milhões de hectares. Além de insuficientes, esses funcionários estão mal distribuídos. O Parque Nacional do Jaú, no Amazonas, que tem extensão equivalente à do estado de Sergipe, tem apenas cinco funcionários. No Parque Nacional Serra do Divisor, no Acre, uma única pessoa é encarregada de cuidar de 605 mil hectares.

Essa negligência tem conseqüências não apenas no patrimônio natural mas também no mercado de trabalho e na receita de divisas do país. Por exemplo, o Parque Nacional do Iguaçu, o mais visitado do Brasil, recebeu 878 mil pessoas em 1995. No mesmo período, o parque Great Smoky Mountains, nos EUA, teve mais de 9 milhões de visitantes. E o Sistema Nacional de Parques norte-americano tem receita anual de cerca de US$ 10 bilhões, além de gerar 200 mil empregos.

Nova Vera Cruz

A Companhia Vera Cruz, considerada berço do cinema nacional e grande responsável pela época de ouro da produção cinematográfica brasileira, começou a ser recuperada em agosto passado e deve ficar pronta no segundo semestre de 1999, quando completa 50 anos de existência.

Localizada em São Bernardo do Campo, município da Grande São Paulo, em seus estúdios foram realizados filmes que consagraram artistas que mais tarde se tornariam astros, como Cacilda Becker, Tônia Carrero, Jardel Filho e Mazzaropi, entre outros.

Depois de recuperada, a Nova Vera Cruz, como está sendo chamada a companhia em sua atual fase, contará com 11 estúdios de padrão internacional, equipados com tecnologia de ponta. Numa área de 25 mil metros quadrados, além dos estúdios, haverá instalações para filmagens de efeitos especiais, salas de trucagem e de montagem, laboratórios, estúdios de tevê, camarins, apartamentos para hospedar artistas durante as gravações, depósitos e uma área de serviço que inclui cozinha e lavanderia.

O governo do estado de São Paulo e a Fundação Padre Anchieta estão buscando a adesão de empresas, através dos incentivos da Lei Rouanet, para custear as obras, que foram orçadas em R$ 17 milhões. O objetivo é a produção de filmes em escala industrial - poderão ser realizados até 30 filmes por ano -, mas o projeto prevê também a instalação de um centro cultural, com teatro, cinema, biblioteca e restaurante.

Ligue-se no TOC e peça ajuda

Conhecido como "doença das manias" - preocupação excessiva com limpeza, compulsão de tocar repetidas vezes em algo, necessidade de simetria, etc. -, o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) pode comprometer as atividades de uma pessoa em casa, no trabalho ou na escola. Esse distúrbio foi, por muitos anos, considerado raro, mas agora se sabe que é uma doença mental mais comum que a esquizofrenia, e as estimativas são de que atinja cerca de 3% da população mundial. Diante disso, pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) vêm realizando estudos para atenuar os efeitos do TOC.

Uma das características do distúrbio é que o paciente não perde o senso crítico. Ele sabe que sua ansiedade é infundada, mas nem assim consegue desligar-se ou deixar de fazer algo, na maioria das vezes sem sentido, para aliviar o sofrimento. E como os portadores de TOC não apresentam alterações em testes psicológicos de memória nem são demenciados, muitas vezes deixam de procurar o médico por desconhecer a doença ou por vergonha. Informações pelos telefones (011) 280-9198 ou 3069-6972.

O Brasil em curtas-metragens

A Fiat Automóveis estará lançando no início de 1999 uma série de filmes em curta-metragem denominada "Retrato do Brasil", cujo objetivo é divulgar uma imagem positiva do país às vésperas dos 500 anos do descobrimento. Trata-se do maior trabalho do gênero já realizado no Brasil e deverá ser exibido para mais de 10 milhões de jovens estudantes brasileiros, europeus e dos demais países do Mercosul.

São 24 filmes, com duração de 15 a 25 minutos, divididos em três categorias: dez são de itinerários, compondo um panorama do país; oito são temáticos e focalizam aspectos culturais, econômicos e naturais, abordando também as influências das diferentes etnias na formação da identidade nacional; e seis serão produzidos especialmente para exibição no exterior.

Entre o público-alvo da série estão mais de 5 mil escolas brasileiras, 3 mil européias e 2 mil nos países membros do Mercosul. O projeto teve investimento de R$ 10 milhões, com os trabalhos desenvolvidos pela produtora Cinema-Centro e pela agência de comunicação e marketing La Fabbrica do Brasil. Segundo as previsões, depois de terminada a série, a equipe, que contou com a participação de 83 profissionais, terá percorrido cerca de 100 mil quilômetros por todas as regiões do país e utilizado mais de 100 mil metros de filme.

Café orgânico

O mercado brasileiro de café passa a oferecer um produto que tem o privilégio de ser o primeiro café orgânico no mundo licenciado pela organização ambientalista internacional Greenpeace. Agora os consumidores já podem degustar um café produzido sem agrotóxicos e que no processo de torra dos grãos não recebe água, para evitar a contaminação com cloro.

O Greenpeace Orgânico by Café Ituano, nome comercial do produto, é também certificado pela Associação de Agricultura Orgânica (AAO), uma garantia de que recebe apenas fertilizantes naturais. Outra diferença é a secagem, que segue um processo natural, em terreiros, o que confere um sabor especial à bebida.

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