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Ultramaratona sem mimimi

Rodolfo Lucena corre desde 1998
Rodolfo Lucena corre desde 1998

De cara, um novo feito para Lucena: dúzias de corredores inertes.

No último dia 25/3 o Sesc Piracicaba trouxe o jornalista e colunista da Folha de S. Paulo, Rodolfo Lucena, para um papo sobre suas experiências em mais de 30 corridas de longa distância, maratonas e ultramaratona.

Na plateia, participantes do clube da Corrida e da Caminhada e demais ouvintes dispensaram algum tempo da paixão por estar em movimento para apenas sentar-se e ouvir.

Uma a uma, questões sobre o porquê da corrida e de ser um corredor, foram respondidas em contraponto aos slides. A cada resposta, afirmativas se reluziam nos olhares da plateia, não só pela identificação com a retórica de Lucena, mas também pela certeza: Sim! Eu também sou um destes.

“A corrida faz de nós conquistadores. Todo corredor está em busca de algo, de testar ou romper os seus limites”

Colombo ou Marco Polo ficariam com inveja. Lucena já descobriu cinco continentes por meio das corridas e maratonas, experiências que, segundo ele, trazem alguns prazeres como o de estar sozinho apenas numa reta de pensamentos: perna esquerda, direita, esquerda, direita...

“A corrida é também uma vitória sobre o tempo, sobre as tragédias, as adversidades”

O jornalista citou alguns exemplos a respeito das barreiras que o esporte transpõe, sobre pessoas que começaram a correr depois de enfrentar situações extremas, correr em cima de cadeiras de rodas e outras acima dos 70 anos.

“Quem de nós nunca pensou ‘eu sou o cara’ nos metros finais de uma prova? A gente se fortalece para depois se compartilhar com os outros”

Aplausos. Mais uma faixa de chegada aos pés de Lucena.