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JORGE LEÃO TEIXEIRA


Ilustração: Leandro Shesko

Último adeus – Em Lençóis Paulista, a 300 quilômetros da capital bandeirante, assaltantes roubaram uma empresa funerária, carregando um cofre com joias, cheques e dinheiro vivo. A fuga foi tranquila, a bordo de um carro fúnebre, que seguiu em marcha lenta, repleto de coroas, sob os olhares consternados e lacrimosos dos assaltantes, que se dividiram em mais dois carros pelo cortejo.

Coisas da tecnologia – Estudantes colombianos de gastronomia criaram uma musse de maracujá para a terceira idade, temperada com Viagra, condimento à altura da “fruta da paixão”, nome pelo qual a fruta é conhecida em vários países. Lançada num evento culinário em Bogotá, a sobremesa também fez sucesso entre a mulherada, que saboreava cada colherada, dizendo sentir cócegas gostosas.
Já o pessoal de Bin Laden inovou com o lançamento do supositório-bomba – detonável por meio de sinais de rádio ou celular –, que os terroristas consideram ideal para atentados em aviões.

Pinga natureba – A nova onda está invadindo os alambiques, e a produção da “cachaça orgânica” vem crescendo cada vez mais. O município de Quissamã, na zona canavieira do norte fluminense, está liderando essa invasão no território da aguardente, capitaneada pela marca Quissacana.

Argumento – Uma leitora da coluna de Ancelmo Gois contou ao jornalista que ouviu, numa sapataria de luxo, o vendedor dizer à cliente, indecisa entre dois modelos: “Os dois são da mesma faixa etária de preço”. A informação impressionou a madame, que acabou comprando os dois pares...

Rio ri à toa – O senso de humor do carioca continua inabalável, ajudando o Rio de Janeiro a enfrentar as agruras do inesperado. O “apagão” de novembro, por exemplo, se desdobrou em “apagões” de menor porte, durante dias e noites, entremeados pela falta de água, consequência dos colapsos energéticos na empresa concessionária. E foi saudado por vários blocos, que exibiam cartazes com os dizeres: “O último a sair de Itaipu resolveu apagar a luz para economizar eletricidade”. Já a turma das “furiosas” desencavou a velha marchinha que dizia: “Rio de Janeiro, cidade que me seduz,/ De dia falta água, de noite falta luz”.

Homem-aranha em cana – O inglês estava nervoso no Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, de olho em duas malas de couro. Queria, inclusive, que elas o acompanhassem no voo. Pelo sim, pelo não, o pessoal da aduana ordenou que abrisse a bagagem. O homem relutou mas acabou obedecendo: em cada mala havia cerca de 500 aranhas, vivas, de várias espécies, que ele estava levando para vender na Europa. Os espécimes foram confiscados e o inglês detido, por contrabandear animais da fauna brasileira.

Palhaçada – Os pleiteantes ao cargo de vereador já estão caçando votos a todo o vapor, cada qual querendo chamar a atenção dos pobres eleitores. Na Baixada Fluminense surgiu um candidato que disputará a eleição com o apelido de “Defunto”. Ele já tem até o slogan: “Cuidado com os candidatos vivos! Defunto é tranquilo como um mortinho da silva”.

Titanic financeiro – O leilão de bens pessoais do megaespeculador americano Bernard Madoff, que “deu um cano” no montante de US$ 65 bilhões em incautos do mundo inteiro, inclusive brasileiros, contribuindo para agravar a quebradeira sinistra de 2008, foi realizado no mês de novembro último no Hotel Sheraton, em Nova York, com resultados inesperados. Uma jaqueta do time de beisebol dos Mets, com o nome de Madoff nas costas, cotada a US$ 700, foi vendida por US$ 15 mil. Um par de brincos de diamantes da esposa de Madoff, estimado em US$ 9 mil, saiu por US$ 70 mil. Centenas de pessoas estiveram no Sheraton e milhares de investidores lesados pelo fraudador acompanharam o leilão pela internet. No final das contas, cerca de US$ 1 milhão foi arrecadado. Faltam só US$ 64,9 bilhões para aliviar o arrependimento e o vexame dos ilustres náufragos do Titanic de Madoff.

 

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