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Fórum Qualidade de Vida nas Organizações aborda novos (e antigos) desafios do ambiente de trabalho 

Tratar de qualidade de vida nas organizações, considerando o cenário pandêmico atual, além de necessário, é urgente! Por isso, o Sesc Pompeia apresenta o VII Fórum Qualidade de Vida nas Organizações. Realizado no mês de março de 2021, o evento aprofunda a temática da Humanização nas Empresas e propõe diversas reflexões ao público acerca do assunto. Os encontros são protagonizados por profissionais e gestores das áreas de RH, Psicologia e Terapia Ocupacional.  As palestras acontecem às quartas-feiras de março, sempre às 10h, pelo canal do YouTube do Sesc Pompeia.

Confira como foram os encontros anteriores e programa-se para os próximos!

Bate-papo: Humanização na Gestão de Pessoas (3/3)


O Diretor Regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, introduziu a discussão e os temas do evento, como as consequências do processo de terceirização, o cenário pandêmico, o isolamento social e outras ações que proporcionam uma nova dinâmica de trabalho. 

A importância de discutir a Humanização nas empresas é hoje, segundo Danilo Santos, “permitir uma ação educativa permanente por parte dos gestores”. “Em tempos de pandemia, manter os equilíbrios das relações entre tantas demandas e exigências, a saúde mental e física é uma questão fundamental”, defende. 

Sigmar Malvezzi, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, foi o palestrante do primeito dia e abordou a gestão humanizada. A mediação foi feita por Cristina Madi, gerente de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo (GEPROS).

O conceito de gestão humanizada preza pelo maior cuidado com as subjetividades de cada indivíduo. A ideia é proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável, com maior flexibilidade e em que o colaborador tenha suporte emocional. Segundo o pesquisador, fatores como a virtualização, colonização cultural e enfraquecimento de subjetivação são responsáveis pela desumanização do indivíduo dentro do ambiente de trabalho, e cabe aos Gestores de Pessoas atuarem nos níveis de mudança das relações institucionais. “A transformação humanizadora da gestão de pessoas demanda interlocução, visando a criar competências coletivas cujo vetor é a gestão compartilhada para a busca da reciprocidade, da regulagem compartilhada da relação eu-outro e do reconhecimento do trabalho em seus diversos atos e funções na construção da existência individual e coletiva.” 

Bate-papo:  Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho (10/3)

O segundo encontro do Fórum recebeu Ana Cristina Limongi-França, Coordenadora da FIA - Fundação Instituto de Administração, da Universidade de São Paulo, e abordou a Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho. No bate-papo, mediado por Cecília Camargo M. Pasteur, gerente de Desenvolvimento de Pessoas do Sesc São Paulo (GEDEP), a convidada apresentou reflexões acerca das políticas de desenvolvimento humano, a expansão dos processos de qualidade de vida e outros pontos ligados ao cenário originado pela COVID-19. 

Segundo a coordenadora e professora, “com milhares de aplicações, a qualidade de vida possui em seu interior percepções relativas às condições de vida associada à saúde, estilo de vida, ergonomia, crenças, valores, cidadania e responsabilidade global.”  Essas questões são atreladas diretamente ao bem-estar, felicidade, eustress (realização) e distress (sofrimento).

Para Ana Cristina, em tempo de pandemia e teletrabalho, é de responsabilidade da Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho promover, de forma efetiva, que os indivíduos dentro das organizações ascendam profissionalmente, para que a realização se reflita em sua vida pessoal. Finalizou o bate-papo com uma reflexão. Apesar de estarmos em uma “caverna”, alusão ao teletrabalho, a resiliência é importante, “é preciso olhar lá fora. É preciso caminhar e acreditar que a vida continua.”

Bate-papo: Humanizando o trabalho remoto (17/3)

Na terceira manhã, a convidada foi Júnia Cordeiro, terapeuta ocupacional e consultora em desempenho ocupacional das pessoas e das organizações em seus processos de trabalho. A gestora abordou as consequências da transformação digital, as vantagens e desvantagens desta modalidade, bem como o teletrabalho.  

Para a terapeuta é importante, nas relações de trabalho (presenciais e à distância), que os gestores tenham escuta ativa e trabalhem em equipe. “A construção deste processo é coletiva com o colaborador, com a equipe, com os demais setores da organização. Ninguém tem todas as respostas”, disse.

A medição foi feita por Roberto Pera, gerente de Administração de Pessoas do Sesc São Paulo (GEDEP). Em sua apresentação, ele explanou sobre o papel da Gestão de Pessoas dentro do organograma empresarial e a sua importância na escuta, no entendimento, no compartilhamento e no respeito pela pessoa.

Bate-papo: Humanização nas relações de trabalho (24/3)

A convidada do penúltimo encontro do Fórum foi a psicóloga Maria Aparecida da Silva Bento (Cida Bento), diretora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). Em sua fala, ela abordou a necessidade de equidade de raça e gênero no cenário profissional, onde a exclusão de indivíduos deste grupo minoritário pode gerar silêncio e omissão nas instituições.

Segundo Cida, a ética é um requisito básico para se trabalhar em uma empresa, e é no dia a dia que se percebe o quanto esse comportamento é importante (uma vez que uma relação ética é moralmente correta, constroem-se elos de fidelidade entre os envolvidos). Para a psicóloga, é importante que a instituição realize diagnósticos de equidade racial e de gênero, além de desenvolver ações afirmativas, a fim de construir um ambiente positivo e promover qualidade de vida às suas equipes.

A atividade foi mediada por Érika Mourão T. Dutra, gerente do Sesc Vila Mariana, que destacou um trecho do livro de Cida Bento para conduzir o bate-papo. O trecho faz parte do material de apresentação entregue aos participantes do Fórum e aborda a ética nas relações de trabalho, a discriminação institucional e as políticas de diversidade racial como integrante das práticas de responsabilidade social comprometidas com a ética, transparência e a pluralidade humana.

Bate-papo: Apresentação do Relato de Experiência: Adidas (31/03)

No último encontro do Fórum Qualidade de Vida nas Organizações, que ao longo do mês aprofundou a reflexão sobre a humanização nas empresas, convidamos Tathiana Souza Dantas, diretora de Recursos Humanos da Adidas. Ela compartilhou com o público o modelo de liderança da empresa de vestuário e acessórios. De acordo o Leadership Framework (literalmente traduzido como Estrutura de Liderança) da companhia, o modelo de liderança da Adidas está no centro de todas as ações da empresa, buscando a mudança da cultura por meio da liderança; a mudança do comportamento por meio da cultura; e a mudança da estratégia por meio do comportamento. Tathiana revelou que essa estrutura é posta em prática a partir de valores como organização, colaboração, criatividade e confiança.

A mediação do bate-papo ficou por conta de Patrícia Piquera, Gerente Adjunta de Desenvolvimento de Pessoas do Sesc São Paulo, que em sua fala inicial refletiu sobre os desafios da dinâmica social e do trabalho impostos pela pandemia.

Para se aprofundar: material complementar

Reunimos em um livro digital informações sobre os palestrantes, artigos e programação completa do VII Fórum Qualidade de Vida nas Organizações. Para acessar, clique aqui.

O Fórum Qualidade de Vida nas Organizações compõe o programa de Relacionamento com Empresas do Sesc São Paulo, que busca facilitar o acesso dos trabalhadores das áreas do comércio de bens, serviços e turismo e estimular a participação nas atividades promovidas pelo Sesc, mostrando aos empresários e gestores dessas empresas o Sesc como um benefício aos empregados. Se você representa uma empresa e gostaria de conhecer melhor as possibilidades do programa, pode conferir aqui a lista de unidades do Sesc com seus respectivos contatos ou ainda entrar em contato pelo email credenciamento@sescsp.org.br.