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Feliz ano novo

A primeira edição de 2007 traz algumas boas notícias. A começar pela reportagem de capa, que mostra o caminho seguido por Santa Rita do Sapucaí, um pequeno município do sul de Minas Gerais onde está sediado o mais importante pólo de indústria de ponta do país. Para chegar a essa condição privilegiada, a cidade tomou a decisão, ainda no final da década de 1950, de investir na formação profissional de seus habitantes. Como conseqüência, ostenta hoje a mais alta renda per capita do estado e demonstra, claramente, a importância do ensino no desenvolvimento econômico e social.

Apesar desse exemplo gratificante, no Brasil de hoje muitas pessoas deixam de completar seus estudos, por razões diversas. Uma delas é a dificuldade de acesso físico à escola. Uma iniciativa em andamento, abordada em matéria deste número, traz esperança para aqueles que vivem esse problema. Impulsionada pela facilidade das novas tecnologias, vem ganhando espaço no país a educação a distância, que deverá possibilitar o atendimento de estudantes em praticamente todo o território nacional. Vários programas estão sendo implementados, patrocinados por importantes instituições, e os resultados já começam a aparecer.

Outro assunto enfocado diz respeito à exploração sustentável de nossos recursos naturais. Com a relevância cada vez maior conferida às questões ambientais no mundo atual, assolado pelo aquecimento global e por mudanças climáticas que ameaçam comprometer o futuro da humanidade, ganham importância experiências inovadoras de algumas empresas. Apoiadas em conhecimentos tradicionais e em parcerias com comunidades extrativistas, elas têm demonstrado que é possível obter lucro e ao mesmo tempo manter uma conduta ecológica e socialmente correta.

Por fim, um alerta: nenhuma nação, em especial aquelas que pretendem ser fortes e influentes, pode abrir mão de conservar sua memória. Nesse quesito, o Brasil cumpre mal seu papel. Chega a ser constrangedora a situação de abandono em que se encontram diversas instituições públicas encarregadas de zelar pela segurança e conservação de nosso acervo histórico e cultural. Nos últimos tempos, têm sido freqüentes os casos de roubo e desaparecimento de obras de arte e documentos em bibliotecas e museus mantidos pelo Estado. Infelizmente, falta a conscientização de que melhorias rápidas são necessárias nessa área.

Abram Szajman
Presidente da Federação e Centro do Comércio do Estado de São Paulo
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac