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Música pra todos os gostos!

A banda Academia da Berlinda toca neste sábado, 20, na Comedoria do Belenzinho
A banda Academia da Berlinda toca neste sábado, 20, na Comedoria do Belenzinho

Final de semana no Belenzinho tem choro, metal, percussão e cumbia! Se liga nas atrações e no podcast com um pouquinho de cada, além de entrevista com Tiné, vocalista da Academia da Berlinda

A gente costuma dizer que, se você quiser aprender um pouco mais sobre música brasileira, deve aparecer no Belenzinho - agora, se você leu "música brasileira" e, por algum motivo pensou num violão ou noutro signo qualquer que remeta aos cânones da MPB, bem, essa matéria está aqui numa tentativa de expandir um pouco sua percepção do termo.

Na sexta feira, 19, a coisa já vai aos extremos - e não estamos falando só do projeto Música Extrema, que traz artistas que têm no trabalho uma concepção de radicalismo técnico ou conceitual, envolvendo gêneros e estilos como noise, minimalismo, concretismo, heavy metal, hardcore e grindcore.

Se já falamos deste extremo, não custa adiantar que a atração da vez desse projeto é a banda Claustrofobia, que iniciou as atividades lá nos idos de 1994, em Leme, uma cidade que hoje tem 98 mil habitantes - imagina como era descer a lenha no metal, lá em Leme, em 1994. Os caras são heróis. A banda apresenta as músicas do disco Peste, de 2012. Inteiramente em português, o disco aborda a mais pura realidade e o sentimento opaco que os cidadãos do Brasilzão sentem nos tempos malucos que vivemos - e não é de hoje, bom frisar. Se liga nos caras tocando o som "Pino da Granada". No podcast tem mais! A banda quebra tudo na Comedoria, às 21h30. Mais informações aqui!

O outro extremo da coisa fica por conta da efeméride dos 50 anos do conjunto carioca Época de Ouro, trazendo o choro para o teatro do Belenzinho, às 21h, no dia 19. O grupo foi fundado por Jacob do Bandolim (1918-1969) e gravou mais de 40 discos, entre eles os premiados: Vibrações e Época de Ouro Interpreta Pixinguinha e Benedito Lacerda, em 67 e 77, respectivamente. Para este show no teatro, Vibrações, Brejeiro, Lamentos e Sofres Porque Queres são os discos que formam o repertório, além de outros sucessos como: Carolina, Carinhoso e Noites Cariocas. Um pouquinho do conjunto no vídeo abaixo e mais no podcast!

No sabadão, o baile esquenta com a Academia da Berlinda, aterrisando na ZL diretamente da bela Olinda! Os caras também celebram a carreira - no caso, 10 anos - em show na Comedoria com a participação do cantor Otto. Mas sobre este show a gente não vai contar muito não: preparamos um podcast com entrevista de um dos vocalistas do grupo, o grande Tiné! Além da entrevista, outro som dos pernambucanos pra você chacoalhar o esqueleto!

Calma aí que ainda não acabou! No domingo, o Belenzinho abre as portas para um vizinho de longa data! Loop B, percussionista das sucatas e um dos pioneiros da música eletrônica brasileira, comemora seus 60 anos de idade com um show especial que celebra diversos momentos de sua carreira iniciada na década de 1970.

Paulistano do bairro do Belém, Loop B cria sua música a partir da junção de samples processados no computador, complementados por teclados, e percussão rústica, em sucata, como tanque de gasolina de carro, perna de manequim e bala de canhão; é uma espécie de primitivismo high-tech. Ou seja, uma doideira animal para você bofetear a pasmaceira do domingo bem na cara!

E aí, deu pra entender o que a gente quis dizer com "aprender um pouco mais sobre música brasileira" no Belenzinho? Deixamos vocês agora com o malucão do Loop B!